30 de nov. de 2010

Teoria do chão



O piso do lugar que você anda pode intensificar seu role ou atrasar. Logo, a escolha do lugar a onde andar faz uma diferença muito grande.

Quando se anda no asfalto, as manobras dificilmente saem, o skate desgasta muito mais e se você tomar um tombo, já sabe.

Percebi através de uns 3flips em solos diferentes, que nem me esforçava quando o solo era liso, e errava quando era áspero, porque na teoria eu fazia o mesmo processo.
Notei também na época que eu treinava em um lugar que o piso era como o de quadra de futebol, o shape durava por mais tempo, ao contrário de um dia de role no asfalto, que o shape pega a aparência de um mês de uso.

Portanto, as vantagens que se tem em andar no piso liso são maiores em todos os aspectos, o seu skate e você não se desgastam, e se cair, está pronto para levantar e tentar de novo.
Ao contrário de outro solo, que pode render ferimentos e gastar suas peças de maneira muito mais rápida.

Não se trata de opção, sim, tem momentos e lugares que não há como escolher, mas, é bom trabalhar a ideia, porque entender isso é melhor do que não entender.

27 de out. de 2010

Teoria da Mini-Ramp



Mini-Ramp é uma modalidade do skate que traz base para diversas outras, desenvolve familiaridade na borda, equilíbrio nas outras bases, facilidade com transições e da um ''gás'' para dar manobras seguidas.

Esta teoria é para incentivar o uso das mini-ramps e dar umas ideias para andar nelas.
Quando comecei a andar em mini-ramp, acabava caindo muito quando tinha que voltar de fakie, foi quando tava formando a teoria do equilíbrio. Você deve dominar um pouco o equilíbrio de fakie para andar na mini, de quebra o switch. Se você tem o privilégio de andar em uma mini de madeira, então aproveite isso ao máximo, vá sem medo, arrisque, porque é fácil aprender manobras em mini, já que ela não te quebra e o medo quase não tem vez quando é esquecido.

Deve aprender as primeiras manobras que são o Rock n' Roll, 50-50 e tail-stop.
Rock n' Roll é simplesmente ter o equilíbrio pra voltar, já que encaixar até sozinho o skate consegue, não é mesmo? Portanto, ter o fakie confiante, equilíbrio, faz você entender por completo, não só essa, mas todas as posteriores.
50-50 é realmente muito fácil, quando você entende o processo. O jeito mais fácil é erguer o nose bem pouco, vai sentir encaixar o grind, baixa a frente e é simples assim. O aperfeiçoamento dessa em especial, partindo disso, tá na prática. O truck de trás travar, só acontece com movimento involuntário ou cooping imperfeito.

Tail-Stop a gente meio que aprende nas primeiras, é quando você volta de fakie e encaixa o tail como se você fosse dropar novamente. Basta empurra-lo contra a borda com o pé de trás, ele encaixa sozinho, depois de alguns acertos, você acerta mesmo sem olhar para a borda.

Essas três manobras você pode facilmente aprender em um dia, eu já vi caso de pessoas aprenderem várias e várias no mesmo dia.

As manobras de Mini-Ramp são ramificações (do street também), você pode aprender 50-50, depois grind, depois flip 50-50 e em seguida flip grind. É bem em ordem sequencial, o importante é não desistir no começo, palavra de quem teve muita dificuldade no começo, mas, agora é a onde eu tenho mais facilidade de andar.

Por último fica aí rapidamente explicado como dropar. Para quem não sabe, não tente aprender com a técnica ''mata barata'' ou coisa parecida. Repare que quando você encaixa o tail e está prestes a dropar, seu peso está todo no pé de trás, o que você tem a fazer é transmiti-lo todo para o pé da frente, não tem segredo, o resto é coragem.

Diversão é fundamental, porque dar um blunt na mini de 1m e em um quarter de 2m são a mesma coisa, mas, é mais por entender que é muito legal e não perigoso.

14 de out. de 2010

Teoria do movimento involuntário



Quando eu estava tentando uma manobra na ‘’asa da savana’’, percebi que não tinha a mesma facilidade do que no solo, e o que me impedia não era especificamente o medo.
Observei que o meu erro estava em movimentos involuntários, ou seja, eu chutava a manobra, ela colava e eu dava um toquinho com o pé que a tirava.

Não sei ao certo o motivo desses movimentos, suponho que o medo tenha parte da culpa (não toda), entretanto, a falta de convicção na hora da manobra deve ter maior parte. Portanto, tenho que estar certo do que estou fazendo, entender meus movimentos, chutar do jeito que é pra chutar e não deixar que eu mesmo me impeça. Deve-se ‘’rasgar’’ o tênis no chute, não só dar aquele toquinho preguiçoso que gira um flip vagabundo, se a questão é acertar perfeito, acredito que a força bem aplicada não da margem pra os movimentos involuntários acontecerem.

Medo não pode ser o único culpado, afinal, a gente não tem medo de errar uma vírgula, mas erra...

2 de out. de 2010

Teoria da competição pessoal



Há mais à frente a teoria da competitividade sadia, mas, é importante ressaltar por aqui, antes, que o maior obstáculo sempre vai ser você mesmo, a maior recompensa, reconhecível por assim dizer, vai estar em si. Portanto, fazer bem feito de maneira pessoal é realmente efetivo em relação a avanço próprio no skate. Contudo, esse vai ser eternamente seu maior desafio, superar você mesmo, competir com você mesmo.

Será que mais gente compara o skate com tudo na vida?

19 de set. de 2010

Teoria da divisão de peso



Uma noção importante na postura pré trick está na divisão do peso. No switch da pra perceber que o equilíbrio fica bagunçado devido a essa divisão, então, isso serve pra todas as bases.

O peso na hora da manobra deve ficar na perna que vai chutar o skate, mas, não todo ele, basta entender que se você manter 50/50 não vai ter a melhor resposta no pop, e se ficar 60/40 (perna de trás e da frente respectivamente) o skate vai encostar o tail no chão.

Não precisa ficar se entortando, para deixar o peso no pé da frente, basta ficar naturalmente em cima na hora da trick, é natural, e quando não, a gente erra só pela memória de movimento não lembrar, muito menos a atenção, e para você ter certeza que está assim, tem que ser capaz de tirar o pé do tail e ficar equilibrado somente no outro.

Só pra não ter dúvida:
s/s = Switch Stance (base trocada)
Fakie = Andar para trás
Nollie = Ollie com a frente do skate
f/s = Frontside
b/s = Backside

6 de set. de 2010

Teorias para certas manobras

Ollie: É complicado explicar uma manobra tão simples! Aí vai a sequência de movimentos:
Posicionar os pés, o de trás vai na ponta do tail e o da frente fica atrás dos dois parafusos, e se você preferir mais para trás ainda, mas, não leve-o mais para frente.
O peso fica na frente e não atrás, você transfere seu peso para o pé de trás por um instante, em um pulo, não apenas uma batida que seria só o resultado sonoro. Esse movimento saltado já projeta para cima centímetros e o skate ficará em um ângulo de 45º, este é o momento do chute, e quando digo chute não é um golpe, é uma espécie de ritmo, é dobrar o pé da frente e arrasta-lo para cima até o nose, assim você conserta o skate deixando ele no ângulo certo, logo, você espera calmamente voltar até o chão, segura o impacto e já era, o equilíbrio sempre um pouco mais à frente.

Shove-it: O pé da frente não tem muita presença no começo desta manobra. Você deve dar um salto puxando o de trás e aliviar o da frente, ele simplesmente não influencia. Isso permite que o skate gire, enquanto você está no ar, o pé da frente quem busca o varial, é realmente muito simples.
Lembre-se, se o skate não ta girando pro lado que você quer, então ao invés de puxar você tá empurrando, mas, o segredo do giro é o pé de trás, para onde ele vai é que vai determinar para onde o skate vai.

Nollie: Posiciona o pé da frente no nose, calcanhar pra baixo, porque como o aperfeiçoado gera um efeito elástico, extrair o máximo disso, ou seja, um nollie mais alto, é essencial.
É bem parecido com o fakie, o pé de trás no meio do skate, e a repetição até achar o ritmo, afinal, não é o ollie habitual.

360flip:

1 de set. de 2010

Teoria da concentração e respiração



Esta teoria eu criei é resultado de campeonatos, experiências, eu ficava muito nervoso, meu coração passava a ser notável, errava manobras tranquilas e simples.
Aí então pesquisei como se concentrar e acalmar o corpo para conseguir agir tranquilamente.

Por Wagner da Rocha
’’A respiração proporciona o dinamismo, a vitalidade e a alegria que necessitamos para obter o sucesso profissional.
A grande maioria da população urbana não realiza esta função adequadamente por possuir sérios problemas respiratórios. A falta de informação sobre a maneira saudável de respirar gera uma ineficiência físico-emocional que atinge vários setores da vida humana.’’

Respirar fundo funciona, relaxa todo o seu corpo. Lá no aquecimento ou caso esteja sendo visto por pessoas que devem esperar a sua queda, respire fundo, desacelere o coração, encare as pessoas, veja que não há nada demais.
Conseguir dominar o seu corpo é um enorme pilar pra mente durante o aquecimento, afinal, não se deve ignorar isso como um exercício.
Respirar fundo para controlar o seu corpo e concentrar-se somente nos movimentos a serem feitos. O que traz a dúvida de como se concentrar, assim como em uma leitura, deve-se por somente em foco as manobras que devem ser feitas e a dimensão do obstáculo, após ter derrubado barreiras como descontrole emocional. Por concentração, entende-se também objetivo. Auto vigilância, deve compreender suas pernas, seu peito, se treme, se o coração bate forte, e em seguida após dominar-se, acredito que terá uma boa melhora na sua volta.

25 de ago. de 2010

Teoria do tênis e roupas



Com base na minha própria experiência, eu notei que alguns tênis me traziam mais vantagens do que outros. Observei, assim como as dicas que recebemos na rua, dos amigos, as vantagens de alguns tênis, aqui estarão às dicas que acredito serem boas para a escolha de um tênis que pode fazer uma diferença grande no seu bolso e no seu role: Tênis de três costuras aguenta pouco mais antes de abrir ainda mais se preenchidos com superbond.
Tênis que façam a forma do seu pé, utilizar aqueles tênis absurdamente gordos, você mal sente o skate no seu pé, ou mesmo o chute, geralmente faz torcer, vantagens estão em um tênis que faz o desenho do seu pé, afinal, o tênis não é nada muito além de uma proteção ornamentar.
Cola quente no lado do tênis, silver tape não, silver tape fica ‘’liso’’ na lixa, e a cola quente protege e adere. Jamais faça sua escolha do tipo ‘’Este, porque vai durar mais’’, não adianta ter um tênis que é pura espuma e só errar manobra com ele.

Calças realmente muito grandes podem ficar pegando no chão, atrapalhando, já ocorreu de prender na roda, travam o movimento, elas atrapalham bastante a qualidade das manobras, por exemplo, quem seria o Mike Mo com as calças do Wade Desarmo? Quem seria o Chris Cole vestido como o Mizurov (mais na antiga)?
Utilizar uma calça que no mínimo não encoste ao chão, que você possa abrir bem a perna, é muito melhor.
Calças coladas eu não usei, acredito pelo que vejo, que elas não deixariam o ‘’menino’’ solto, mas não posso dizer nada...

Na verdade, não importa tanto (reedição 2010 – 2016 mantendo fidelidade ao conteúdo)

23 de ago. de 2010

Teoria do medo



O skate traz o gosto doce de acertar manobras, mas, somente as mesmas manobras nos mesmos obstáculos não são o suficiente. Muitas vezes queremos encarar escadas, corrimãos, mandar aquele hard por cima do buraco da calçada...

O grande problema, o ponto dessa teoria, o nosso psicológico nos impede. Você pode se direcionar remando em direção à escada, e muitas vezes, parar, quase no momento da manobra, ou mandar a manobra e no ar e ejeta-la, o medo invade o corpo.

Aí surgiu a teoria, a mesma manobra que você manda no solo, é a mesma que você deve mandar na escada, com pouca diferença, na prática envolve apenas o medo (também o tempo na volta). Alguns exemplos quando novos como Nyjah Huston, Ryan Sheckler, parecem não medir o perigo, ou ter um domínio dessa tal coragem psicológica ‘’basta jogar e ficar em cima’’. Sinceramente não imagino como ter um perfeito controle disso, não sei como os caras que andam na big air conseguem andar naquela porra.

Tenho alguns métodos para vencer os meus medos, caso sirva pra alguém:
Começar com tricks básicas, se for uma escada, dê um ollie, depois um 180, um nollie, um s/s ollie, depois você começa a girar o skate. Tomar um tombo no pico é o que mais te prova que ele não é tão difícil quanto parece. Quando for para o obstáculo, deixe como prioridade acima de tudo ficar em cima, se você fez tudo certo, não pode ejetar o skate, fique em cima!

Finalmente, o que mais me ajuda, é seguir em direção ao obstáculo a ideia é estar preparado, todos os movimentos que eu tenho de fazer, que são poucos, mas, necessito faze-los da forma correta!
Movimentos para skate são sempre os mínimos possíveis, mas, isso fica para outra teoria. Como disse PJ Ladd ‘’Skateboard é simples’’, e P-Rod ‘’Eu vou para o corrimão imaginando como vai ser a sensação de acertar’’.

Ter a base, faz o medo ser muito menor, já não temer, é outra história. Talvez mudando o que se entende por temor.

20 de ago. de 2010

Teoria do acerto



Quando você pega um rolamento, arremessa ele com força mirando em alguém, exatamente entre os olhos de uma pessoa, ela cai de seu ângulo de 90º para 0º, essa então é a teoria do acerto, ok, não, não é.

A idéia surgiu quando eu percebi que em determinados dias ou determinadas manobras, eu tinha mais facilidade, por exemplo: Tentei um f/s tailslide e ele tombava, e tentei um b/s tailslide que encaixava melhor. Era melhor tentar o b/s tailslide, afinal, era menos difícil.

Você pode aplicar a teoria da seguinte forma, tente diversas manobras diferentes, manobras que você não sabe, a que você perceber que foi do jeito mais certo, é a que você deve tentar.
O outro lado dessa teoria, esta com base no ERRO, se você errar somente do mesmo jeito, você não está indo a lugar nenhum, se você errar de maneiras diferentes a cada tentativa, você está subindo o degrau das escadas para alcançar a manobra, e logo encontra um jeito e acerta.

Tem a ver como evolução descontraída, quando algo que você não tá dando atenção podia estar rendendo.

19 de ago. de 2010

Teoria do alcance eminente



’’A PNL - Programação Neuro-Lingüística - descobriu que a maneira como você pensa a respeito de seus objetivos faz uma grande diferença no resultado final. Você pode encarar seu objetivo de uma forma que facilite alcançá-lo ou que o torne quase impossível.’’

Isto faz sentido quando se comparara buscando na memória as manobras aprendidas, a forma como você se coloca em relação a ela, também define quanto tempo falta para alcança-la.
Eu tinha a teoria de que você visando ela como algo que você já acerta ou como uma manobra fácil e que falta pouco para você acertar, pode realmente tornar muito mais fácil e prazeroso treinar para acertar; logo funciona como uma contagem regressiva para você acertar, e depois da primeira vez, a partir deste momento, de alguma forma, o movimento inteiro está gravado na sua mente, e para você tornar á acerta-la, custará bem menos esforço.

Se quando você aprendeu ss flip levou 500 tentativas, depois da 1º faltam apenas 499, não é mesmo?

18 de ago. de 2010

Teoria da seriedade e alimentação



Quando você leva o skate além da ideia de somente lazer, quando você passa a ver que ele funciona como uma droga que você é viciado, você necessita dela, e se você usa sempre a mesma dosagem ou somente às vezes, começa a não ser o suficiente. Aí a evolução com seriedade se faz necessária, você passa a sentir orgasmo quando aprende uma manobra nova, você se delícia com o encaixe de uma manobra na borda, e aqueles momentos como se você estivesse em outro mundo são inexplicaveis!

Seriedade no skate significa agregar um valor, como gravidade entre o skate e o skater, que traduzindo é: você tem que gostar pra caralho e estar sempre melhorando nessa porra.
Então assim como qualquer esporte, a sua sessão também é um treino, como um piloto de corrida anda de carro na rua para ir aos lugares ou só sentir aquela sensação, ele também tem o período de treino que o faz melhorar em relação às corridas.

No skate você vai para a sessão também buscando evoluir, porque evolução traz o êxtase é realmente recompensador, e te agrega muito, quando você olha pra trás e fala ‘’olha onde eu cheguei, posso não ser muito para alguns, mas pouco eu não sou, e eu ralei pra tá aqui, que massa, tem gente que joga vôlei, tem gente que joga futebol, e eu amo algo quase atípico, exatamente aquilo que eu sempre quis conseguir’’.

Mas, a gente acorda de todo o sonho, e para alcançar uma evolução contínua, para olhar para atrás, tem que fazer o agora, e não adianta você ir pra balada na sexta e ir andar de ressaca no sábado que você tá fodido. Pode curtir, mas, reconhecendo. Também tem o fator que aconteceu comigo ‘’você come só besteira, anda todo dia um absurdo de horas por dia, e chega um dia, você não agüenta ficar de pé’’. O correto seria ir a um nutricionista, e eu aconselho, mas, shape é dinheiro, é difícil abrir mão. Então, para ter mais energia dentro da ideia de ser leigo, é melhor se observar e entender o que te deu resultado, como o pão de ontem antes da sessão ter feito mais efeito do que a ausência dele hoje.

Seguindo um treino regulado, levando com mais seriedade, suas habilidades melhoram e consequentemente vem êxtase de acertar manobra.
Você só tem a ganhar.

Atenção no que se faz talvez seja mais essencial que fazer. Apesar de que praticamente não caber dúvida nessa frase.

17 de ago. de 2010

Teoria da caminhada: Uma manobra leva para outra



A ideia da caminhada é de começar pelo simples, ao contrário de nem saber flip e tentar 360flip o dia inteiro, o que é comum por aí.
Quando você ingressa no skate, sem saber muitas manobras, é bastante influenciado pelo que vê, e dificilmente você verá o que é apropriado para o seu nível, ainda mais em vídeos. Quando você vê um cara jogando um flip lipslide em um corrimão, e você não sabe nem dar o flip, não se deve tentar o que foi visto, afinal será um jeito mais fácil de beijar, cheirar, sentir, esfregar a cara no chão.

Deve-se sempre encontrar o seu nível, tomar consciência do que você sabe, e o próximo passo a aprender. Para quem começa andar de skate, o primeiro passo sempre será sair do chão (leia-se ollie), logo terá o próximo passo shove-it ou flip, seja lá qual escolher, deve-se treinar até dominar, depois outra trick e mais outra. Se você escolheu shove-it, você abre portas para o 360 shove-it, para o bigspin, para diversas outras manobras, e estas são os próximos passos, sempre visando o realismo. Quando você aprendeu, segue então pra algo dentro do possível, não é também ter aprendido e já ir lançar numa escadaria, não é mesmo?

Você gradua o que lhe da base para à próxima manobra, exemplo: Aprende-se b/s 50/50, para treinar o b/s grind, o que pode nunca ter fim ( que é bem legal), aperfeiçoando pra aprender b/s tailslide, depois a criatividade com a maestria conta muito, como por flip no b/s tailslide etc.

Para um skater mais aplicado, parece complicado encontrar seu próximo passo, mas é somável e exige muito mais concentração, por exemplo: Você sabe Nollie Heel e Nollie f/s Tailslide, você pode unir as duas e acertar um Nollie heel f/s tailslide, aí dominando isso, aplica variações, extremamente concentrado, como nollie f/s 180 heel s/s crooked ou nollie shove-it b/s nosegrind reverse out. Mesmo pra alguém experiente, é preciso dedicação, e nessa dedicação, algo motivacional como estar sendo divertido. Sendo possível, aperfeiçoar a prática é tão prático que briga com o entendimento superficial de psicológico.

Concentração é tudo, caso você vá para a pista da sua cidade pensando ‘’Vou treinar nollie noseslide’’, chegando lá você tenta dez vezes e passa pra outro obstáculo, isso é falta na determinação, o que dificulta a aprendizagem da manobra que seria ‘’O próximo passo’’. Mas, também se você tentar duzentas vezes e a manobra não sair, deixa pra amanhã, com a cabeça fria.

A questão sempre foi e sempre será um passo de cada vez.

16 de ago. de 2010

Teoria da influência



Quem nunca assistiu o vídeo preferido antes de sair pra sessão?
Isto é bom, é ótimo, é inspirador, traz expansão do horizonte na hora de desbravar obstáculos, porém é maior do que isso.

Percebi ao longo do tempo, que skatistas bons eram influenciados por skatistas bons, ou seja, se um cara tinha um estilo legal e manobras boas, ele costuma ter influência de alguém que tem um estilo como aquele e manobras como aquelas, sendo pessoalmente ou por vídeo.

Visando isso, pode-se ter uma visão ampliada de vídeos, não são só propagandas de marcas, ou manobras loucas para você falar ‘’wow’’ e fim. A influência é avassaladora, eminente, atinge praticamente todos os skaters com acesso a estes materiais, quanto mais alto o cara mira, mais ele se desenvolve no skate. Se alguém idolatra skatistas que destroem na borda, este passa a destruir na borda, se ele idolatra um skater ‘’radical’’, ele absorve boa parte disso.

Conclui-se que se você tem consciência das influências, você pode embalar o seu rolé, ciente de que seu caminho é pro lado que alguém já foi, existindo vários. Mire alto, vise skaters bons, diferentes skaters, se um cara tem facilidade para dar Hardflip, observe como ele joga, use a observação a seu favor.

Esse ritmo de produção do skate é positivo, se relaciona com o consumo, no skate consciente faz total diferença.

Teoria do treino para flip



Quase todos que ingressam no skate, após acertar o ollie, começam com dificuldades para acertar o flip, o que é normal, mas pode tirar o incentivo de novos skaters. Visando essa dúvida comum, vista repetitivas vezes, forjei uma teoria de treinamento que pode focar um caminho para manobra, decorrente de várias pessoas que mal sabem flip, e tentam em escadarias ou querem aprender sem saber por onde começar.

1º Certifique seu Ollie: Deve-se ter na base, para acertar a onde e quando quiser. Se você não tem o domínio do ollie, deixe por enquanto o treino do flip e vá pular meio fio, skates, não tenha pressa, skate é lazer.

2º Flip está entre os primeiros passos, logo, não há tanta confiança no equilíbrio, e aprender flip pode resultar em muitos tombos. Melhor começar a treinar com segurança, parado. Segurando em alguma grade ou em cima da grama (eu aprendi na grama), ela não deixa você escorregar, então quando o skate girar e você cair em cima, pronto, tá feito.

3º Transformar o ollie em flip, tá na compreensão mais o treino, ou seja, sabe-se que se chuta a concave com a ponta do tênis, logo, a força e o ritmo é pego com a prática.

Interessante ter um caminho, sem atropelar nada, a pressa muitas vezes custa o dobro do tempo.

Teoria do equilíbrio



Diversas pessoas sofrem à falta de equilíbrio em cima do skate: Arruma o pé para mandar certa manobra e começa a tremer, desce uma ladeira e não controla o skate, sobe em cima do skate ou acerta uma manobra e escorrega nele, indo o skate para um lado e você para o outro.
Isto se tem devido ao equilíbrio, a teoria se fortifica da seguinte forma: Com exceção dos ambidestros, todo ser humano tem uma perna ‘’preferida’’, e um braço ‘’preferido’’, sendo os canhotos e os destros. Uma mesma pessoa pode ser destra com as mãos, mas, canhota com as pernas, e vice versa.

O problema do skate, é que não é como escrever, que você pra sempre só uma mão, mas, é necessário um meio termo entre as duas pernas, as duas devem ter equilíbrio. O que acontece é que muitas pessoas tem muito equilíbrio em uma só perna, fatalmente jogam todo o peso do corpo na mesma quando vão andar de skate, resultando em dificuldade, tombos, ficando muito mais difícil praticar o skate.

Exemplo: O João anda com a perna esquerda na frente, mas, ele é destro de perna, logo o equilíbrio dele fica na perna direita, ou seja, na parte de trás do skate. Isso vai fazer com que ele caia muito pra trás ou reme com a perna da frente, também pode tremer em cima do skate durante uma tentativa de trick ou ladeira. Porque ele é obrigado a jogar o peso para a perna esquerda que não tem tanto equilíbrio.

Aí está claro o problema, a confiança em apenas uma perna, anulando quase que totalmente a outra, tendo uma consequência tão grande que pode afetar a sua confiança durante execuções de manobras. Gerar tombos repetitivos e não preciso nem falar da ausência de uma evolução contínua.

Para melhorar esse equilíbrio, pode ser um trabalho meio enjoativo, uma pequena mudança que pode te trazer muitas vantagens.
Quem rema com a perna da frente, treme para mandar as manobras, passe a remar com a perna de trás, isso vai melhorar a velocidade com que você se arruma para mandar as manobras, o equilíbrio, a perfeição na execução.

Para todos que sofrem de falta de equilíbrio em situações normais, a melhor dica que existe, é remar de switch stance, seja para ir para a pista, para o pico, para a casa do vizinho, remar de switch stance traz um equilíbrio entre as duas pernas, uma segurança maior, facilidade em aprender manobras de switch, faz uma mudança imensa no seu rolé.

O objetivo é ter equilíbrio igual nas duas, senão uma debilita a outra.