27 de dez. de 2015

Trick na 45



Quarenta e cinco graus é como é chamada uma rampa reta, onde os skaters dão tricks na subida e voltam... É bem fácil de reproduzir uma manobra de giro do solo enquanto sobe, voltar à rampa, e descer de fakie. É uma questão de ritmo, quando for em direção a quarenta e cinco, o skate vai subir, logo você dá a trick enquanto ainda sobe. A manobra é dada antes de parar, afinal quando o skate termina de subir ele para por um instante e desce. Manobrar quando ele pára é possível, igual solo, só que quando você volta ele desce muito rápido. Manobrar quando ele está subindo é tranquilo, igual solo, só que quando você volta ele pára, porque está no tempo de parar ainda, antes do tempo de descer.

Esse instinto espacial fica gravado com o tempo, logo suba na rampa com uma velocidade certa, ele vai chegar num ponto fim de energia e voltar, você marca esse ponto de retorno. Logo lembre desse ponto nas tentativas, e quando for dar as tricks de giro, dê um instante antes desse ponto de retorno. Dessa maneira o fim da trick favorece um pequeno tempo, onde o skate pára, você retoma o equilíbrio e volta.

Já viu o programa da ``Super Câmera``? O Greg Lutzka participou de um episódio, dando um Ollie em uma escada. Na gravação vista frame a frame, em câmera lenta, o Greg vem em movimento de encontro a escada, dá um Ollie, e chega ao chão; ao chegar no chão o skate pára. Os frames mostram que ele permaneceu parado por algum tempo enquanto dissipava a energia de uma manobra no gab dada por um skater em movimento.
As rodas realmente desaceram um pouco quando o skater absorve o impacto de uma trick, o que é usado afim de dissipar energia e manter o equilíbrio. O tempo que se passa no skate é todo de equilíbrio de peso. Entretanto em um manobra no ar não há esse equilibrar, esse equilíbrio vem do começo da trick e do fim, no solo. Logo, quando o skater volta a retomada de equilíbrio utiliza desse momento, tanto no solo, quanto em obstáculos.

5 de dez. de 2015

Evolução



O skate oferece uma biblioteca com livros e livros, qualquer um que você leia traz alguma evolução, desde os mais simples aos mais complicados. Não há um limite no skate em questão, estagnar passa a ser uma escolha, continuar colocando página na história do board, uma outra boa escolha.

Tudo começa nas tricks de solo, mais à frente há os obstáculos, quando começam a haver junções de (solo + obstáculo), o HD das manobras ganha uma multiplicação de número de base de manobras. Há os combos de caixote com (solo + caixote) ou (caixote + solo), a coisa complica um pouco mais em (solo + caixote + solo). O mesmo vale ao trilho (solo + trilho ), passando por (trilho + solo), chegando a (solo + trilho + solo)... Evoluir ganha um caminho enorme a percorrer e estamos ainda em parte do skateboard. Os trilhos em escadas são uma outra visão de um obstáculo simples, assim como as bordas descendo ou despencando.
Sem esquecer das multiplicações de tricks que existem nos quarters de Mini Ramps com margens fluídas e possibilidades infinitas.

Logo, desde aqueles primeiros giros no solo, os primeiros eventos que participo, os talentos que conheceu. Veja o quando percorreu dentro do esporte, o valor que a prancha sobre rodas tem hoje internamente. Mais à frente os problemas da vida vão encher, como for, a história sobre o skate já foi escrita e esse registro tá marcado na essencia do esportista pra sempre.

23 de nov. de 2015

Toques de pista



As vezes, você recebe pequenos toques, pequenos conselhos, que fazem pequenas diferenças... Lembro dos meus primeiros dias de skate, treinando Flip incessantemente, errando todos, uma tentativa caía com o pé da frente fora, a outra caía com pé de trás fora. Chegou do meu lado um skater Amador regional, Ben Hur, e disse ``é só encolher``. Onde estava o problema, pude notar, e nas tentativas seguintes de refinamento chegar mais perto do acerto. Depois de tentar Flip na grama, na grade, parado até aprender. O princípio gravado na memória do movimento, ``encolher``, estava aprendido e presente em todas as outras próximas tricks.

Esses pequenos toques funcionam como uma corrente, ocorrem em pistas, são de skatistas com skaters, infinitos e repassados. Por isso todas as vezes que alguém mais jovem pergunta ``Como dá um Flip?``, eu paro e dou a melhor explicação. A pessoa pode não absorver tudo, mas algum toque pode ser essencial, pode ajudar na conquista da trick e ficar para sempre na memória.

O Skate agradece pequenos toques, desde aquele que dá um shape usado, ou aparece com um rolamento a outro que ficou sem.
Muitas vezes o skatista mais experiente não teve ajuda, insistiu tanto que aprendeu, hoje vê de vários ângulos os erros e acertos. Essa experiência não tem um preço, entretanto quando é repassada de algum modo, representa um toque a outro esforçado que também vai conquistar habilidades sem preço.

Ajuda é, às vezes, o reabastecer de combustível a continuar.

24 de set. de 2015

Porque dar as tricks no truque



O custo de força das tentativas geralmente é maior do que o custo de força de uma manobra na base. Quero dizer que quando não sabemos nós exageramos na força ao invés de corrigir os erros. Normal, colocar mais força e não mais mudanças nas tentativas.

Os primeiros 3flips deixam os skaters exaustos, gastam um surreal esforço por tentativa. Dá para ver quando você já sabe, essa manobra não custa tanta energia, só um mínimo estalo. Logo o uso da força de quando se sabe é menor do que quando se tenta, é quando a técnica é mais importante que a força, é quando corrigir a técnica é mais importante do que tentar da mesmo jeito.

O primeiro passo é observar para onde que toda a força tá indo? O skate dá uma volta a mais? O skate voa pra longe? Você vai pra longe do skate?
O segundo passo é colocar a energia no sentido correto, o que deu mais certo na manobra, e os esforços a partir daí são corretores e não desperdício.

Força não é um ponto ruim, aliás é ela quem sobe a manobra e estende a postura do skater. Mas, manobras são truques, e truques corretos são completos e não exaustivos. A memória processual executa os movimentos e quando correto o manobrar fica tranquilo.

16 de set. de 2015

Porque andar de Switch Stance



Uma base é escolhida no início do skateboard, pé direito na frente ou pé esquerdo na frente...
Mais à frente o skater opta por dificultar a prática, inverte a base e posiciona-se de Switch Stance.
A troca de bases amplia o número de manobras, ampliando o limite do skateboard. Representa ganho de equilíbrio fora da base confortável. Remadas de Switch trazem força e autocorreção à postura, e com o tempo essas experiências provam-se diferenciais no manobrar: O vai e vem das mini ramps; os 180 de FrontSide e BackSide; Giros simples, feito flip, de Switch Stance...

A relação com o Switch Stance pode ficar estreita e parecer a sua base. Há skaters que variam muito bem as quatro bases, skaters que são tão naturais nas variações que remam invertido sem que dê pra notar... Com o tempo a musculatura da perna do Switch fica mais forte, a reação de equilíbrio mais instantânea e o nível de skate simplesmente aumenta.

As tricks funcionam com a mesma mecânica, aprendendo em uma base dá para aprender nas outras. Uma manobra que você sabe na base, você tira um tempinho pra tentar de Switch. Caso esteja errando, confere na base e corrigi no Switch.

Tentar é o segredo do acerto, uma decisão de tentativa parte de um ponta pé inicial. Logo fica difícil andar de skate sem Switch Stance, o nível pessoal sobe rapidinho e manobras diferentes surgem com facilidades diferentes em bases diferentes.

Algumas tricks só saem de fakie; algumas tricks só saem de Nollie; No Switch há tricks como o 360Frontside, manobra que roda muito mais facilmente na troca. Heelflips e Shove-Its também simplificam-se, afinal, com inversões as percepções mudam e a diferença simplificam-se e passam a pertencer só a força ou sincronia.

Comer o lado dos dois tênis é um grande orgulho! O quadro de manobras aumenta rápido, multiplica-se, provando evoluções velozes em prazos curtos. Ande nas quatro bases e aproveite o skateboard.