25 de dez. de 2020

Um último romance


No início de um ano novo, amanheceram na praia, assistindo o nascer do sol, entre conversas e risos, quando só de ver o outro começar a pronunciar já se entendiam. Os olhares de um ao outro são mais do que expresso, gostar!... Amam muito e possuem um reluzir de carinho que parece pedir licença ao eterno, os ares dizem querer que o hoje seja para sempre.
- Sabia que eu já sonhei muitas vezes com você? - Ana diz - Minha mãe sabe. Uma vez nos beijamos e, sem saber que nos meus sonhos, acordei, e ter que abrir os olhos desejando voltar a dormir foi difícil, viu? E não via isso como algo que iria acontecer. Amanhecia, lentamente, enquanto nuvens iam de um lado a outro longe no oceano, o sol brilhava em mel leve, o relógio dizia que tinham todo o tempo do mundo, entre reviravoltas e planos juntos, muitos encontros pela frente.
- Eu também via como algo inimaginável, talvez se eu pensasse muito em nós desistiria logo, e ao invés de fazer tudo certo faria tudo errado; entre nós, amo que estejamos juntos. - Ele sorri, ergue levemente o queixo, o sol entre nuvens ilumina seu rosto, os olhos clareiam a fundo - Talvez eu seja um dos últimos românticos. Espero roubar você por inteira nesses dias, você precisa conhecer a hamburgueria do centro, servem muita coisa gostosa e o Bar temático que quero te levar hoje a noite.
Entre planos os dois não dão margens a quem pretende se soltar, quando não dá para deixar o outro ir, então ele a convidou a almoçar estrogonofe de frango com batatas, o que a fez responder com um sorriso e ``claro!`` Levantaram-se, chaqualharam a areia das roupas, ela reluzia com um sorriso amoroso e a franja de um castanho claríssimo desenhada para o lado do rosto, uma felicidade que não dá para esconder; eram como a realização de um sonho, além da fantasia, ainda sim provavam algo que só melhorava.
Entraram no carro, um skate no banco de trás, aquele simples como o foda-se daquilo que não valia nada e era da hora de dar uma volta. Chegaram com uma aparente saudade de velhos namorados, aqueles que entram pela porta aos beijos, não passam do sofá; e quando deu 11:02, foram aos risos preparar o almoço, com os planos de assistir uns desenhos animados mais tarde, e passar na casa dela, com pelo menos uma hora livre a se verem prontos à noite.
A batata palha parece a parte perversa do prato, o que vem da embalagem para ser o prazer do estrogonofe que, de frango, ficou ótimo. Tudo foi muito bom e a sala tinha cortinas que faziam uma escuridão de cinema, onde riram muito, contaram histórias e enrolaram-se a dois entre almofadas. Tudo continua a ficar melhor do que viver um sonho. Quando já anoite, descobriram que havia anoitecido. Iam sair e ela ligou para casa:
- Oi, feliz ano novo! - Avisou que estava com o namorado - de férias da clínica até fevereiro, ufa, não sei, viu? Passo aí logo. Não tem nada!
Enquanto isso ele foi para a cozinha, preparou um suco de frutas, voltou com um copo e disse ``Vou me arrumar, volto logo.`` Foi ao chuveiro e em meia hora estava pronto. Saíram e foram direto à casa dela, sintonizados em um som ambiente de rádio, enquanto a cidade permanecia com os enfeites natalinos, brilhando sob a noite, conversavam sobre os lugares, sobre bons tempos. Chegaram ao prédio, a casa dos pais dela, os dois subiram, encontraram todo mundo, comemoraram o feliz ano novo. Ela quis logo mostrar os livros, o levou ao antigo quarto, e ao entrar pela porta, ``Uau``. Ela tinha coisa de ler para uma vida, uma estante repleta, transbordando livros e apostilas, enquanto ao canto da leitura um armário, desses de escritório, cheio com tudo que ela já estudou. Enquanto ele balbuciava encantado, ela dizia:
- Eu tenho tudo guardado, até o fundamental, sempre estudei muito. Lia tudo, duas, três vezes e se eu não tirasse dez... - Um sorriso com um levantar de queixo, apertando a boca, entre o orgulho e a timidez - Já volto, vou me arrumar.
Ele ficou ali um tanto perdido, um mar de livros, uma mesa de estudos ao lado, um ambiente de pessoa inteligente, sabe? Exatamente perfeita.
Ela voltou do chuveiro, pediu licença, ele foi ao corredor enquanto imaginava que, se não tivesse andado de skate tanto, tanto, tanto, poderia ter seguido o exemplo que ela sempre foi, o que nessa faixa de vinte e trinta anos é bem maneiro.
Pronta ela abre a porta, roubando um beijo, puxa-o pelo braço, vão à varanda com uma vista natalina, ela levanta o celular e tira uma foto, riem, abraçam-se em um momento de felicidade mansa e ficam por ali.
Seguem à saída, despedem-se com risos, vão ao corredor enquanto ela pára e confere as chaves, entram no elevador e vão ao nível da rua; passam pela entrada do edifício, ela dá uma conferida no espelho, nos dois, seguem ao carro, ele dá a partida e vão sob conversas atoa. Passam pelo calçadão da praia, veem muitas pessoas nas ruas, um ano novo animado; quando os ares não só prometem, mas sim brilham. Assim os dois sentiram-se imersos em uma boa vibe de janeiro.
Chegam ao bar e pegam uma mesa redonda, entre mesas e mesas, ela pede um drink e ele uma cerveja, a música ao vivo toma o ambiente e o lugar está imantado pelos enfeites de natal:
- Não podia ser assim para sempre? Árvores com luzes e o mundo tomado pelo brilho, não?
Ele concorda, dizendo que brilho não precisa ter fim e os enfeites do natal ``são os mais bonitos das épocas.`` Conversam bastante, filmes e músicas, ele conta teorias do universo, enquanto bebem, a noite passa e o ambiente é tomado por instrumentais. No fim da noite os dois que haviam bebido um pouquinho estavam bem alegres, riram muito, levantaram da mesa, despediram-se da noite e foram embora. Ao deixar ela em casa, deram longos abraços e beijos que, antes de muitos e muitos encontros, provavam mais do que gostar.
São um casal perfeito, finais pertencem a contos de fadas.

26 de jun. de 2020

Entretenimento

Filmes:
We are Blood - Mountain Dew
Vida Sobre Rodas
Street Dreams
O Magnata
De volta para o futuro
Paranoid Park
Manobras Radicais
Kids
Ken Park
Uma Skatista Radical
Meu nome é Bagdá
Tito e os pássaros

Filmes de manobras:
Nacionais:
Sem Promessa - Future
AntiHorário volume 1
Supero - Permanent Struggle
Flanantes - Flanights
Flanantes - Sob a aparente desordem
O vídeo da Biscoito
Ous - Gato Preto
Duzento2
Be more human
Plural Skateboard
Sanjah

Gringos:
Define - Primitive
Emerica Stay Gold 2010
Blind Damn
Blind What If Skate 2005
Lakai Fully Flared
Preety Sweet
PJ Ladds Wonderfull
Yesterday Future
Bones Wheels Future Primitive
Primitive Encore
Primitive Nerve
Primitive - Fourth Quarter
Forecast - P-Rod
Santa Cruz Wheels of Fire
Almost Cheese and Crackers
Baker 4
Flip - Sorry
Flip - Really Sorry
Flip - Extremely Sorry
DGK - Kayo its Official
DGK - Kayo Corpory
Almost Round 3

24 de fev. de 2020

Páscoa



Nessau vem saltitante pelas árvores de cacau, saltando rápido como estalos de shape, coleta cacau por cacau e guarda-os em cestos, cestos, cestos que acumulam-se na traseira de uma carreta. Dado momento, com mais um cesto cheio salta com o peso num vão!...

Fim da coleta. Arruma o carregamento e segue ao volante, dar a partida! O coelho Nessau, orelhas felpudas dentro do boné da Future, pilota sobre uma estrada de chão dentro de uma floresta de cacau. Encontra a montanha com acesso a um túnel; um segurança na portaria permite a entrada:

- Pode passar senhor! - Exclama o Coelho Soldado.
O motorista faz sinal afirmativo com a cabeça e segue à estrada cavernosa. No horizonte vai surgindo uma cidade, aliás uma incomum cidade subterrânea de coelhos. Casas em miniatura, automóveis, estradas menores e em todas as direções, uma população cem porcento felpuda.

Sem desviar a boleeia, Nessau segue diretamente à fábrica localizada ao Noroeste da cidade; ``A fábrica de chocolates``; uma fábrica de funcionamento diário, não apenas a datas comemorativas, contudo, estava em época do mais pleno vapor, dias próximos a páscoa!

O coelho estaciona, cospe uma bala sabor mentol pela janela, abre a porta e desce reclamando - ``garganta!...`` - vai aos meninos encarregados de descarregar e diz:
- Esse cacau aqui é todo destinado a Skates de Chocolate.
- Skates? - Estranha o coelho com uma regata escrita ``Black Media`` preta com pouco brilho. Coça o pé da orelha e calcula quantos carrinhos serão precisos.
- Um sujeito fez o pedido de mil Skates de chocolate, um tal de Hawk! Lucan Hawk... - Confirma esse carregamento todinho.

A carreta fica destinada e Nessau entra na fábrica, chama o elevador, vira o boné para trás, faz uma pose de Playboy, a porta abre, há três coelhas, ele pede licença e entra apertando o botão do subsolo. Desce no seu andar e segue alguns corredores até o laboratório da fábrica, encontrar o Malasarte, coelho encarregado das fórmulas de chocolate. Chega à porta do laboratório, uma em verde fraco com maçaneta dourada, abre-a. O sujeito que ali estava toma um susto e, pula, começa a tentar esconder o material que estava mexendo.
Nessau questiona - Porra Malasarte! Cigarros de chocolate?
- É só um projeto; o que, que há meu velho? - O Cientista retoma a seriedade.
Alguns risos de culpa e desculpa tomam o momento, caracterizados pela graça da invenção; o Coelho coletor explica o pedido dos skates de chocolate. Conta a respeito do chocolate ter um amargor característico e sobre a intensidade do cacau e os açúcares ```Precisa ser o contraste mais doce possível, aliás, o mais doce que existe``, além do surreal. O cientista concorda e começa a projetar. Enquanto isso o coelho coletor segue, sai da sala e transita em corredores até o encarregado dos designes de chocolate.

Mais corredores, mais corredores, mais corredores que parecem labirintos; passa pela ala de chocolates derretidos, onde vale tudo de chocolate, cachoeiras de chocolate caem em bowls e seguem em tubulações que dão em máquinas de servir bebidas, continua e passa pelo bebedouro, onde faz uma pequena pausa... e... Dá seguimento até à sala dos encarregados.
*Tock* *Tock* *Tock*
- Pode entrar! - Afirma uma voz dentro da sala.
O coelho Nessau entra falante, como quem fala com a cabeça cheia de problemas de chocolate:
- ``O pedido é de mil skates de chocolate para a páscoa; a fórmula é amargo com doce e esse papel contém os designes e medições...`` - entrega-o em mãos do coelho encarregado de tridimensional projetos de cacau. Ele pede alguns instantes, enquanto isso, Nessau observa alguns exemplos de projetos prontos:
Uma maquete de chocolate em particular, ``uma pista de skate nessa estilera seria naipe``, chama sua atenção em uma réplica do Egito com pirâmides e múmias de chocolate.
- ``Que delicinha! Como assim? Huuum!`` - Exclama Nessau.
O coelho arquiteto defende que os Egípcios levavam jóias às pirâmides, portanto há brincos de chocolate, anéis, colares e pulseiras, assim como barras, proporcionais as de ouro.
- ``Que época na culinária! Gostosura!`` - O coelho se apaixona reluzindo um desejo pela pirâmide.

O projetor, no computador, abriu o programa de tridimensionar objetos a uma escala comestível... Dentro de alguns minutos deixa pronto em imagem o projeto de um skate de chocolate, Double Deck e do tamanho de um skate de mão. Passa ao pen drive, levanta da cadeira, dá dois passos e leva os cálculos para o computador das linhas de produção; manda uma mensagem ao químico quanto ao ponto da doçura.
Tudo calculado, o projeto segue a linha de feitura.

Após alguns primeiros testes, o primeiro skate de chocolate sai dentro da fôrma, na esteira e o coelho Todi pega-o em mãos, prova-o e determina que no dia seguinte começará a produção em larga escala. Hoje são os ovos e moedas de chocolate.

*No dia seguinte*

Os skates começam a sair em fôrmas pelas esteiras e chegar às mãos dos empacotadores que laçam-os com papéis, metálicos, um lado vermelho, outro prateado e um ótimo laço. O estoque de Skates de Páscoa vai se formando. Tudo andando até o dia comemorativo.




Dex



Amanhã é Carnaval; som pra lá e som pra cá, pesadão e rebolados!... hoje, na saída da facul avisto uma roda de amigos, me envolvo. Falam sobre uma festa Open no bar do Alaska. O Valter, meu irmão, ofereceu o banco do carona, a Adrieli e a Tati no banco de trás do Golf cor leite. Ingressamos, o player do golfão sustentava oito subs; conecto o telefone: [Hi Rez - Pray for me] no último. A nave arranca em alta rotatividade; costurando vias, uma lembrança de Need for Speed assemelha-se ao momento e rola entre luzes e luzes noturnas, passa um, passa dois, fecha pra direita, passa mais um e só vai! A alma ascende o espírito: piloto de notório saber de Drift. A pecinha atrás do volante mostra o valor do braço; no carona, abro uma gelada, as gatas na traseira soltam gritos; aproximamos do escaldante Alaska, chegando em marcha de slow motion; bebidas azuis avistadas, rebolados e rebolados passam lado a lado às janelas, chapinhas na cintura e saias no frio, ``é o lugar``.

Show do Black Alien; uma mini ramp no palco e o time da iOus na sessão. Trombo o Vidau na multidão com uma gelada e uma gatinha. A balada imantada por luzes azuis e rebolados rodando e rodando por todos os lados. Open de cerva e filas métrica e métricas, colares de caneca e papos rolam e rolam. Cumprimentei o Duayne, vi os donos da iOus no camarote, além de umas tricks de giro nas transições do palco. Bar do Alaska, o clima é quente.

Longe, longe, lá entre rodas e rodas de amigas dançando, avisto a Letícia, motivo das minhas insônias e delírios. Sigo a passos em direção a ela, bolando o que dizer entre culpa-la pela superficialidade do nosso relacionamento, você não colabora, (nós não vamos além, só há um querer, o meu); tenho problemas com o seu sorriso, que me faz desmanchar como quem avistou uma deusa e sentiu no peito o calor de um Flip, com efeito de quem sente-se girando e girando, atoa, apaixonado e bobo.

No caminho passa na minha frente um doidão e vomita no chão, desvio e sigo dentro de uma noite alucinante. Vou chegando mais próximo, munido de uma cantada e um belo par de olhos. Quando mais me aproximo, noto ela conversando com as amigas prontas para algum rumo; conversam e saem, talvez sentido ao toalete feminino. Enquanto bebo minha gelada sozinho no pré carnaval; entro em uma reflexão pessoal feito quem espera o tempo sem tanta esperança: será que o Parteum e o Kamau tão por aí? Assim como o Alienígena Preto, estariam entre os skaters profissionais que também são músicos famosos. Aí eu já chamo eles pra trocar uma ideia sobre o refrão da música Dominium, que podia ser ``Domínio! Estrutura atômica, coisa séria, jogo de estudo científico! Domínio! Carga elétrica do átomo! Coisa séria, jogo do acelerador de partículas!`` Talvez eles me deem ouvidos...

Só que não! A noite continua com um DJ pesadão só tocando funk, Bilhete 2.0 com Rashid, e a turma derretendo uma noite da terra do relógio onde o tempo corre sem horas. Skaters, as gatinhas, turmas da faculdade e um palco que eu podia invadir... Chego no time da iOus, feito um desconhecido qualquer, ``Dexter, Iaaae!`` Peço pra fazer um flow na Mini Ramp do palco; o Duayne estende o copo da gelada na mão e diz ``Vai ae men!`` Pego um board entre vários avulsos no canto da Mini, subo e dropo a um fluxo vai e vem; Blunts e Switch Blunts, Flips e Switch Flips. A vibe é uma espécie de tranquilidade sob um ar que vibra pancadões de uma festa inesquecível, sessões noturnas e a night continua...


Kend Kroet



Hoje aqui em barça, além de não ter sido bom, a borda passou mal! Foram altos box de Grinds e os Flips rolaram cabulosamente na borda! Desde combos vomitados até à fluidez de manobras arrancadas na borda sem saída. Equilíbro bem Nose Grinds porque treinava em cima do tapete, travado; toda vez que chovia eu passava mal, ``não tem skate hoje``, sentia uma ânsia na barriga em misto com vontade de vomitar. Logo comecei a colocar o tapete no quarto, nesses momentos levava o skate pra cima dele, equilibrava segurando a parede; se chovesse duas horas eu ficava duas horas... Tapete, sempre tenho aqui!...

Torci o pé e amanhã a sessão vai ser mansa, tem que dar um tempo de recuperação. Andei dando uma olhada nas notícias do Brasa; o presidente todo dia dá entrevista no mesmo lugar? Desde questões simplórias a bomba atômica? Minha decepção vai um tanto além do concreto. Está na distância entre o tempo de pensamento e o tempo de fala. Dizer ``Não vou te chamar de viado! só porque você parece um viado! Não quer dizer que você seja viado!`` É ser infantil e xingar através de um certo: disse pelo não disse. O problema está mais no efeito ser semelhante a alguém muito jovem, criança, os que dividem o tempo entre salas de aula e redes sociais; falar sobre dados sem fontes: ``99% disso! 99% daquilo!`` Resumir todos os problemas da vida em uma só equação matemática: ``99% dessa vida é regra de 3!`` Sem pegar um bom e velho livro, abaixar não só a cabeça, como também o espírito, numa boa cadeira dura assim.

... Vou só terminar de lavar essa louça e dormir, a cobertinha eu trouxe de casa, camuflada, verde e preto. Esse ap de barça é bem naipe, a cozinha tá com todas as peças para a culinária. Cuidar desse pé, amanhã saio mais tarde, enquanto isso passo um tempo assistindo o filme do Tekken, aliás, que filmasso! Já viu o que os animadores conseguem fazer hoje com os personagens de videogame? Eu to ligado porque todo processo de recuperação eu passo muito tempo conectado aos jogos e desenhos. Tem um game chamado ``Skyrim Elder Scrolls``, tão medieval quanto Dom Quixote, tão mágico quanto a Disney, já tem dois anos e ainda não zerei.

Nem sempre dá pra andar de Skate, a gente às vezes divide esse tempo, entretanto, Skate é a coisa mais prazerosa dessa vida. A concepção toma vôo e colapsa entre o dissipar energético e a satisfação das manobras voltadas, é quando você vê o plano do pensamento, sobre rotações, tornar-se uma dobra de realidade satisfatória; compensações do esforço. Do teórico ao prático tem-se o manobrar igual fazer uma receita de sorvete de Creme num dia quente.

[Tiro a camisa]
Louça feita, pegar a cobertinha;(durmo só com o colar, Crucifixo); um sonzinho nos fones de ouvido antes de dormir:
[ Pulso - Kamau; Licença Poética].

Deito no colchão; rolo pra um lado, rolo pro outro; sinto-me ingressando no sonho... ...
Durmo e tenho vários pesadelos; me vi dentro de um zoológico de felinos e acordei várias vezes em fúria no meio da noite.

...

- ``Acordae men! Acorda! - No travesseiro, ouço a voz de algum inimigo me tirando. - ``Bom dia Kendri; tem queijo quente e café açúcarado, além de chocolate em barra e biscoitos na garrafa.``
Levanto reflexivo, pensando porque esse mundo tem tantas espécies de felinos, onças, leões, leopardos etc. etc. etc. Sonhei com vários e vários desses gatunos.
Vou ao chuveiro e depois à cozinha, de língua de fora e mais contente.
- ``Ontem eu torci o pé no Switch Flip Back Tail... Vou ficar um pouco por aqui, por um saco de gelo, Jogar um Tekken; quando melhorar eu volto no corre da pegada, voltar essa...``
O Rômulo, meu mano, concorda. Enquanto come apreçado seu segundo misto quente e corre encontrar a filmadora e a lente à sessão marcada...
Dou uma conferida em como tá o Brasa pelo telefone e combino de chegar mais tarde, pra ficar só de Filmaker na sessão.

...

Dex



Dexter mais uma vez, arruma a mochila, termina de beber o chá quente, leão, pega as chaves, metálicas!... Sai pela porta e direciona-se ao ponto, esperar o ônibus. Alguns pensamentos pessoais, algumas conexões desconexas, algumas ideias fixas - ``Meu nível de skateboar tá travado faz tempo. Aliás, há tempos que não aprendo manobras novas, aliás volto só manobras velhas, quando não ficaram na base parecem sempre uma primeira vez. Volto manobras difíceis e não fico feliz, tenho sensações de atraso, não é bom.

A sensação de ver um primeiro Flip dar certo é surreal, o esforço torna-se realidade, como mergulhar em uma piscina de prazer e gritar de maneira imcompreensível. Soluções, contudo, agora, abraçar um nível alto de skateboard; Flips em cima da grama não são mais encantadores.

De outra maneira, hoje, se eu pudesse voltar ao passado e montar todo o meu tempo novamente eu montaria outro nível de skateboard, aliás, colocaria um tempo pesadão com tempo de manobras dividido em porcentagens: As exatas manobras simples que dão as manobras complicadas que eu quero; transformar esforços prolongados, os que levam horas, em tricks voltadas em um instantes, sem tentativas, de primeira.
Otimizar o tempo, andar de duas a quatro horas, ``Pra andar!`` - Foge ao pensamento e fala alto no ponto de ônibus - pequenas pausas só, porque ficar só sentado não é skate, é frívolo igual fumaça. Concentrar de verdade está em corpo e mente sã, o cérebro e o corpo funcionando normal, quando coloca-se a mão na consciência aplica-se fórmulas ``bênçãos``, magníficas, mágicas e simplórias: Esforço + Concentração.

Os melhores skaters do mundo são muito concentrados, o O`neill parece só pensar um pouquinho e tentar duas vezes até aprender algo complicado. Por tempo só no caixote, algumas horas, por tempo só no trilho, algumas horas, por tempo só na transição, algumas horas e manter a totalizar uma consciência skateboard ótima.

O contrário eu fico bagunçado, tentar manobras diferentes e não focar em um esforço ao alcance de um objetivo. Dividir o tempo é determinar o tempo; cada um fica no seu tempo, ou melhor, entre gastronomia e skateboard, eu sei como meus dias andam, como ando no meu tempo, como anda os ponteiros do meu relógio. No gabinete do prefeito, o tempo dele corre do jeito que corre a mesa dele, que é diferente, com dinâmica própria, sob frenesis doentios de autômatos dessa vida e bênçãos de dias de sol macio, nuvens verdes e singularidades das regras dessa vida. Aliás, porque não chamar o presente de Matrix?

Matrix é uma metáfora à observação da realidade sob pontos de vista científicos: Se você ver um skater, há muitos movimentos e fatores calculáveis em um mesmo manobrar. Em física, o estudo dos movimentos, há como estudar e tratar cada um dos fatores que estão presentes no esporte. Contudo, cálculos e cálculos a pessoas comuns custam muitos e muitos papéis e canetas, bastante tempo. O manobrar do objeto skate é infinito, algo que para uma vida só parando o tempo!... Frizando em um computador!... Princípios físicos, assim como o movimento de um relógio, segundo e segundo, curvilíneo uniforme!... Um skater quando visto poderia ser calculado em imagem no computador, entretanto, essa imagem ser trocada por cálculos, números, logo veríamos uma imensidão de cálculos que tomam o espaço e preenchem a imagem , igual o filme: Matrix.

Se todos os movimentos que correm diariamente nas ruas fossem calculados fisicamente por um computador, teríamos um gerador infinito de cálculos físicos: Multiplicando!... e multiplicando!... e multiplicando!... Infinitamente. O próprio existir seria numericamente visto em um mundo onde tudo está em movimento. Desde os elétrons que vibram no átomo até às invenções grandiosas feito jatos.

Lembro uma vez de imaginar que entre altos e baixos, tem pizza de banana na Matrix, a gente vive várias experiências; conhece lugares, anda de skate, namora as gatinhas, come um hamburgão e vê o correr do tempo. Há como comparar um universo preto com rochas, metálicas, a um folha de papel tridimensional, capaz de escrever história, recortar o infinito, cultivar futuros, apreciar o tempo, curtir presentes. Quando nessa vida a gente olha pra um lado e pro outro e decide que é melhor andar de skate...

Sim, porque é minha parte preferida desse tempo. A gente vive, se apaixona, passo um tempo encantado pela Letícia; pra não contar que namorei sua foto, converso com você nos meus sonhos e acho que amores de cinema são superficiais demais pra compreender a profundidade do que temos pela frente. Penso em cantadas com estrelas e contar sobre sensações que não existem. Entre sonhos e desejos, surreais e infinitos, possíveis bons dias em manhãs frias sob cobertas, bebidas de chocolate e filmes no escuro; esse tempo não colabora...`` - O ônibus chega.

Dexter, avulso, passa o cartão passagem, segue a um ascento e retoma que nem tudo corre feito planos - ``Há futuros que não correm como planejados, talvez meus sonhos de infância fossem mesmo para dar errado. Aliás, ser skater profissional não deu certo. Quando vejo os meninos hoje nas pistas de skate; sinto a sensação de que o futuro não guarda bons planos. Há marginalidade envolvida e a solução está em separar, o skate: manobrar. Do que não é skate: crimes. O pessoal chega de skate na pista, enquanto há quem chegue sem skate, só com fumo. Fechar o ambiente levaria o nível de skate pra mais alto, quatro paredes e pistas de madeira fariam skaters excelentes, igual Drop Dead ou o que fazem lá na China, ambiente próprio e skaters extremamente habilidosos.

Entretanto, entre teimosias e permanências sob tempos e ares ruins, o tempo é escrito ao longo, dentro de futuros nada promissores. Quase não sei como é feito. Contudo, como é possível determinar anos e anos assim? Notei que as pessoas são um tanto conectadas ao habitual, repetem-se e fazem de maneira automática, é por isso que eu pego ônibus no mesmo horário. Hábitos são difíceis de mudar dentro de uma vida inteira. Parecem pertencer a teimosia em misto com o prazer. Alguns hábitos são recompensadores. Igual aprender que toda manobra de Shove-It é mais fácil de Fakie. Ao longo do tempo você aprende mais rápido do que indo pela base.

Planejar: Varial Flip de Fakie; Varial Heel de Fakie; HardFlip de Fakie; HardHeel de Fakie. A tentativa custa bem menos esforço e você memoriza o movimento, depois é tranquilão levar pras outras bases. - O ônibus vai chegando ao ponto do curso de culinária ao lado da prefeitura, Dexter puxa a cordinha com a mão, futuro chama, a porta abre e ele só vai...

Mil Skateboard



O skate de mil giros
A lixa de mil brilhos
A plaza de mil luzes
A borda de mil slides
A borda de mil grinds
O slide de mil trilhos
Os grinds de mil trilhos
Os trucks de mil grinds
Mil shapes de mil giros
Mil rotações de mil skates
As memórias de mil manobras
O skate de mil contextos
Um skate e mil corações
Um skate de mil rotações
Um skate e mil vôos
Um skate e mil histórias
Um skate e mil futuros
A localização de mil flips
A plaza de mil formatos
O trilho de mil slides
O trilho de mil grinds
A borda de mil manobras
A vela de mil bordas
O trilho de mil velas
A cera de mil trucks
As manobras de mil skates
A dimensão de mil verticais
A fluidez de mil bowls
A MiniRamp de mil combos
A revista de skate com mil páginas

O Míssil



- Eu e o Antena estávamos andando de skate lá no bairro: Corpory Company; esquina: Caixa de ferramentas!... De repente, notamos um objeto estranho no chão, metálico, a gente chegou perto e a imagem era um misto de surreal com inacreditável!
- ``Ialá! Se liga Yellow! Um míssil! `` - disse o Antena enquanto imaginava ter sido um fruto caído de aeronave de guerrilha.
- A gente pegou o míssil, rindo, levamos à quadra e deixamos estilão obstáculo, era engraçado, voltava um Flip por cima, outro dava um Ollie e a sessão prosseguiu... Esquematizada e chavosa; no entanto, no final do dia o apego era muito forte: ``Quem vai ficar com o míssil?`` Perguntei, sem muita pausa a uma resposta: ``Deixa que eu levo pra casa...``
...
- No outro dia os meninos vieram com o arguile antes da sessão, trocar umas ideias por um lado e, planejar viagem a matar saudade, dar alô ao míssil por outro... ``Se liga! O míssil tá aqui ainda!`` e eu busquei no meu quarto, em baixo da minha cama, mostrar pra molecada e ele reaparecer na sessão! Sentia que o míssil era igual um melhor amigo, tinhamos andado de skate juntos; tivemos uma noite do pijama; ìamos às sessões juntos. Mas, o Antena colocou uma questão entre nós: ``Mas... Então... Yellow... Será que não explode?...`` ... Orra, achava que não! Porque depois de tudo: ``Acho que não men! Que ele já levou até porrada; teve Ollie que bateu de assim...`` Mostrei com as mãos - uma vindo por cima da outra assim paralelo até à um emaranhado - e completei ``Portanto, acho que não explode.``
... Debatemos mais a questão, dentro de tanto tempo; era Impossível explodir, não pra mim, até um concluso fim: ``Vamos andar de skate!``
...
Levamos à sessão e o posicionamos de obstáculo a ser pulado com rotações, não haviam certezas, não haviam dúvidas, havia um simples dia de céu azul infinito e skateboard.
-``Vamos chamar alguém e dizer que encontramos``- Antena oferece a ideia com um misto de planinho com hilário - ``Liga lá Yellow! O pânico vai ser certo, a gente observa e tira a culpa da mochila.``
...
Combinamos e no final da sessão ligamos à polícia, esta que chegou prontamente. Desceram da viatura, passos de quem equilibra uma variabilidade de pesos, notaram o míssil, observaram-o por alguns intantes; perguntaram a nós a procedência e respondemos que estava ali. Alguns minutos correram em silêncio, passos curtos iam pra lá, skaters avulsos, passos pra cá. - ``Mantenham distância, pode explodir! Não se aproximem!`` - o policial deferiu as orações a todos presentes, seguiu ao radinho - ``QCL! Uns meninos encontraram um míssil na quadra da Bayblade, bairro Corpory Company! Acho que o explosivo pode explodir!`` ... *Som de rádio*
O tempo foi passando, chegou uma viatura; observaram, conversaram sobre resoluções; mais algum tempo e mais uma viatura, e mais uma, e mais uma. Várias viaturas, dezenas de policiais, um míssil em uma quadra de bola e alguns skaters numa calçada com copos de plástico e refrigerante.
- iaalaá!
...
Passaram-se horas; horas e horas. Isolaram o perímetro e todos mantinham distância; ninguém mais andou de skate naquele dia; chegou um esquadrão antbomba para desarmar o explosivo, vieram de uma cidade distante, cedablioB, a umas centenas de kilometros de distância, dentro de uma sinistra tarde de viagem. A equipe aproximou-se do míssil e o vedou, já imaginamos que tudo iria pelos ares. Após alguns testes, tudo tranquilo, nada de bombar. Guardaram-o no lugar apropriado e foram embora...
...
O pânico foi geral, esse dia foi louco, e minha mãe me xinga até hoje porque eu levei aquele míssil pra casa.


Skate Rap



Um Do It Yourself Bolado de corrimão conecto
Ferro velho e metal prateado forma o aspecto
Ligado ao board, cadeado em corpo e espectro
Um tubo de dois metros reitero, sem demora
Cinco pequenos ferros, quero, são pés, agora
Andar no dia ou no escuro nuvens ou aurora
Combar uns 360 seguros, que a vela colabora
Slides e grinds misturo deslizes a vela namora
Girar outs juro, sessão sem vez pra ir embora
Na pior, acontece, a madeira troca, quebrou
Entre sessões e sessões, o skate se provou
Sessão boa nem vela sobrou, de giro entrou
No out rodopiou, ou, trilho de escada skatou
Com base, no gap marretou, escadaria atirou
Estilão crase, mais com mais, tricks celebrou
Em cena no teatro rodar no palco quadrado
Fluidez de animal aquático, skate acelerado
Surpreender tanto quanto SLSkate atrelado
Reedificar o cenário, deixar o gap estralado
empreendedorismo skateboard compacto
Sessões que vão e veem, de SS e com pacto
Ver skater repreensivo sessando e intacto
Brasil reescreve o que é tirar água de cacto
Imutável, aqui fluidez é de Janeiro a Janeiro
Girando tão rápido quanto o Flip do Ribeiro
Desbancar borda por borda estilão streetero
Linhas no estilo do oliveira, estilo brasileiro
Defensor de olimpiadas, pesadão o escudeiro
Conhecer gatas e restaurantes em fevereiro
Na panela Lemos e tantos formam um canto
Entre sessões e sessões o nível no enquanto
Futuras partes previstas, surreais no entanto
Giros vivem na memória, eternize o encanto
Nesse ``recorte do infinito`` por bom pranto
A turma tá na chuva, tamo junto no manto


10 de jan. de 2020

Skate de Natal



*Trim* *Trim* *Trim*
-Então, o telefone, o telefone tocando! - Diz um Duende para o outro.
``Alô!`` - Duende Fisher - ``Aham... Sim!... É da Fábrica!... Ahm... Sim... Ok!...``
Desliga e direciona-se ao escritório do chefe... ... ``Noel! Pediram uma pista de Skateboard! Foi um tal de Hawk... Lucan Hawk!`` O Chefe prontifica o Duende Engenheiro, preparar o designe, determinar o material e mandar para linha de montagem.

Tudo continua em pleno vapor no Polo Norte, entre uma montanha e o mar, ursos polares e focas bravas, uma indústria de fabricantes de brinquedos. Um ponto preto em um mar de neve branca. Montadores de sonhos aceleram à produção: Skates! ``O ``brinquedo`` mais pedido de lá pra cá`` - DIz o Duende que cuida a lista - ``Esse século exigiu muito esses skateboards. Só essa tábua, shapes, os números são assombrosos!``

Nas esteiras passam rolamentos fragmentados, Duentes verdes montam rápido, chegam ao fim da linha prontos à embalagem. Rodas e Trucks saem do fôrno, ótimos e prontos. Shapes possuem uma sala própria, com prensas e tratamento amansador. Enquanto encarregados preparam papel lâminado e laços aos embrulhos finais.

``A Pista vai ser de pinheiro do bom do Canadá`` - Duende Eng entrega o projeto em mãos do Noel, com impulsos nas laterais e streeters obstáculos no centro, quarters, rampas, caixotes e trilhos. - ``Tudo na medida de um Ollie Flip comum.``
Enquanto Noel colocava o projeto no computador. Mandou uma mensagem de email primeiro à sala dos Duendes Elfos, encarregada da essência do material... Eles encontram, organizam e repassam aos próximos, que cortam e alinham aos Duendes da montagem.

Algum tempo de serviço; um som ambiente imanta o local, plenamente natalino; os duendes partilham bebidas quentes, chocolates e cafés com leite; há meias gavetas com biscotos, doces e bengalas em quatro cantos. O tempo passa e a fábrica pára só no fim do expediente; volta no amanhecer junto com o bocejar os ursos polares.

Alguns Skates mais tarde, separados num saco cúbico para trenó, a Skate Pista do Hawk fica pronta. ``Um dos pedidos mais bem imaginados desse Natal`` afirma encarregado chefe da contagem. Prepara um lugar especial no saco cúbico, amarra no trenó e voltam a preparar o resto dos skateboards de mão e demais pedidos de Natal...

Tudo continua ao pleno vapor de chocolates quentes na fábrica de skates...

Ritmo e poesia do caixote



Que eu vou construir um ótimo caixote
Ir para terra dos combos de passaporte
Chamar base de familiar não só de sorte
A borda chama peitos e Ollies no decote
Entre flutuar sobre skate domínio sem trote
Entre flutuar sobre rodas sessão fita sem corte
Grinds e slides dominados várias tricks de bolso
Onde só caixoteros futuros só fronttail ouço
Comprensados e caibros, ferramentas e tempo
Pra gastar rascunho e tentativa daqui a dezembro
Que Noel ouça, peço da fábrica do escudeiro
Dez shapes e dez trucks, manobrar em fevereiro
Ânimo e empolgações novas tricks e mil combos
Por a chave no desfecho, levantar de mil tombos

Chavoso estilão caixote!
Sessão de borda no box!
Todos os Tails no toque!
Vários Grinds dão choque!
Os Grinds sem bloque!
Sessão box, sessão caixote!

Chame estruturas de simples, desbrave simpliscidade
Deixar pronta uma mini, aperfeiçoar a habilidade
Soldar um bom trilho, metálico, pra alta voltagem
Igual canetas, cadernetas, board e suas margens
Não muito mais que caixotar de bom gosto
Profissionais nascem no caixotinho, tenha isto posto
Porque nosegrinds são mais que sorriso no rosto
Conquistas dão pra chamar: felicidade sem imposto
Satisfação é dar dez mil grinds em dez dias
O custo é de um caixote e o caixote só custa tentativa
Vai lá meu irmão, se anima e arrisca o primeiro
Feito flecha usual no coração do pontual treineiro

Uma rasteira da sombra e um ótimo skater



Havia um skater promissor na cidade das Nuvens, olhos azuis e cabelos de ouro. Inteligente, desbravava os manuais no caixote de um palmo!... Treinava, não menos do que todos os dias, sob o sol ou sob a lua, entre tréguas de chuva e bênçãos noturnas.

Encantava inúmeras garotas, meninas caiam à atrás quando passava; atendentes compravam-o com sorrisos e cantadas; jovens tentavam indiretas com olhares e jogadas de cabelo.

Dinâmico, o skater despistava as trilhas de encantamentos e refinava seu skateboard. Conheceu ótimos skaters, teve ótimos amigos, festejou ótimos eventos e viveu um verdadeiro skateboard.

Os meses passavam, o tempo passava e ele ficava cada vez melhor. Encontrava os erros, corrigia os erros; aprendia uma manobra, aperfeiçoava o manobrar. Doutrinava o skateboard a nível de colocar o objeto a onde quisesse. Conseguia ver e determinar o tempo entre uma primeira tentativa e o aprendizado. As sombras de seus amigos eram talentosas e Lorenzo era um misto de talento com um esforço surreal.

O tempo continuou passando... Quando uma primeira vez provou um cigarro do fumo vermelho. Não era proibido, gosto de fumaça e nada mais. Passou a tornar daquele momento um hábito. Logo passou a comprar suas próprias carteiras, ``O fumo vermelho``, o tempo passava enquanto a fumaça deixava de ser passa tempo, tornou-se simples vício e o fumo vermelho perdeu o gosto e virou um problema.

Economizar entre peças e tênis, gatinhas e diversões, resolveu desprover-se de tantas coisas, afinal, ``Largar o fumo vermelho?`` Não lhe parecia opção... As outras opções eram os cigarros estrangeiros, que entre economias, representavam menos ao bolso e mais dano à saúde. Decidiu: ``Menos gastos com o skate, fico com o vermelho.``

O tempo imbatível não parava... O desfruto de cinza em vento o enfeiava no sangue, seus cabelos loiros ficaram sem brilho e os olhos envoltos por um caráter amargo e escuro. Desprovido dos valores que desfrutava na juventude, não mais encantava gatinhas, não mais se importava. Os olhares o atravessavam nos lugares, era um só mais um, talvez largadão demais.

Aprofundou-se mais no amargar do seu eu, ``não há importância em ser bonito``; andava de skateboard todas as noites, economizando manobras em escadas e trilhos, os shapes duravam mais e ele revendia depois. Tomava fôlego ascendendo um fumo vermelho e treinava manuais em um caixote trincado e velho. O tempo maltratava a pista da sua cidade natal. Rampas e bordas se desfazem ao nunca mais, enquanto um evento de melhora era mais raro do que um eclipse.

Afastou-se mais do skateboard refinável, decidiu viver intensamente seus próprios sentimentos, longe das seriedades perto de suas sensações. Tomou viagem e resolveu ver o que a vida tinha a oferecer! Passou perrengues, enfrentou tempestades, correu de cenas de assalto, passou fome e aprendeu a dormir na rua. Aprendeu a fazer artesanato, diminuiu o tempo de skate, abandonou o fumo vermelho, optou pelo fumo estrangeiro. Aprendeu a esconder sua casa em becos e acordar para ver o que a vida tinha para oferecer.

Ele vinha de mais de uma década de skateboard, um futuro como skater ou super modelo. Resolveu abandonar sua condição de abençoado e procurar algo melhor, o que a vida poderia oferecer no desapego. Os anos fizeram Dread Locks tomarem a vez dos bonés, banhos e pastas de dente passaram a ser privilégios, coisas que ele não tinha mais. As refeições eram feitas na rua, no canto, com talheres nunca lavados e fome. Um cigarro de fumo cancerígeno preenchia-o pós refeição e o skate foi vendido há muito tempo.

O tempo continuou passando e Lorenzo continua por aí, remoendo-se em seus conflitos pessoais, sob vícios sombrios. Um ex promissor skater com antigos sonhos e feitos destinados a um triste fim.

Mnemonica e Skateboard



A solução afim de alcançar o máximo domínio do skateboard resume-se em treinar todas e aprender todas. A princípio há uma nomenclatura ordenada (street): Todas as de solo; todas as de grinds; todas as de slides; todas as de manual.

A resposta aparece em uma listagem com manobras enumeradas, desde as mais simples aos combos; manobras de um giro a manobras de dois e três ou mais giros.
Um plano que organize os treinos, do mais simples ao complicado, exige um número grande de manobras em ordem de treino. Após o plano, o treino prático da aprendizagem simplória ou dá junção de duas manobras afim de uma nova. Contudo, durante a trajetórias do domínio do skateboard surgem os problemas e as soluções, o tempo de plano de solução e o tempo de prática.

Logo, só as manobras de solo:

[Base] [Nollie] [Fakie] [Switch]

Flip
Heelflip
Shove-it
Fs Shove-it

Varial Flip (Shove-it + Flip)
Varial Heelflip (FS Shove-it + Heelflip)
HardFlip (FS Shove-it + Flip)
HardHeelflip (Shove-it + Heelflip)

180 Front Side
180 Back Side

180 Front Side Flip
180 Back Side Flip
180 Front Side Heelflip
180 Back Side Heelflip

Double Shove-it
Double FS Shove-it

BS Bigspin (D Shove-It + BS 180)
FS Bigspin (D FS Shove-it + FS 180)

BS Bigspin Flip (Varial Flip + Shove-it + BS 180)
FS Bigspin Flip (HardFlip + FS Shove-it + FS 180)
FS Bigspin Heelflip (Varial Heelflip + FS Shove-it + FS 180)
BS Bigspin Heelflip (HardHeelflip + Shove-it + BS 180)

ThreeFlip (D Shove-it + Flip)
LaserFlip/360VarialHeel (D FS Shove-it + Heelflip)
360HardFlip (D FS Shove-it + Flip)
360HardHeelflip (D Shove-it + Heelflip)

São tantas que exigem uma organização, né?
Para organizar um número grandes de manobras ao treino é necessário papel e caneta.

Sabe como organizar suas manobras? Ao invés de se perder sob viagens em luar de pista, mas, sim, planejar e fazer um treino?! Papel e caneta! Aliás, além dos desprezos quanto ao valor das listas escritas. Canetas nos cheques assinam milhares de dólares. Canetas celam contratos e fecham negócios. Canetas expressam ideias. Canetas determinam futuros e marcam história. Canetas realçam a memória de esportistas que podem planejar treinos mais firmes em nítida evolução... Mas, se não gostar do papel e caneta, que tal memorizar?

Memorizar seus afazeres afim de lembra-los no momento necessário parece confortante, não? Com técnica para guardar uma informação na mente e trazer a informação da mente, por que não por manobras de skate? Memorização Mnemonica! É uma milenar técnica de armazenar algo na memória quando quiser e acessa-la quando quiser.
https://youtu.be/RWEqX706tds (Procura o download)

Às vezes, conseguir planejar uma evolução é tranquilo, enquanto lembrar é problema. Um método de buscar um plano de evolução através da memória é inteiramente válido, quando se planeja uma sequencia de manobras, mas, esquece-a na hora de treino.

Descrições e progressões



Todo mundo tem a mesma chance de andar bem, de ser talentoso no skateboard. Todos possuem os mesmos elementos. Entretanto, é possível medir o uso do tempo, considerando o tempo total desde o início no skateboard até o dia de hoje. O que se fez? Eventualmente todo skater acabou presenciando marginalidade ou passou por épocas que o impossibilitaram de andar.

Todo skater transita perto da marginalidade, certo é que em maior ou menor grau de periculosidade, o skate acaba tendo uma proximidade com esse meio. você amando e preferindo chamar de estilo de vida(a vida skateboard), ainda sim tem-se a ideia de equilibrar o gasto de tempo entre o perder tempo e andar de skate, sem contar as demais coisas da vida. Mesmo que se pense que relaxar muito é ganho de tempo, e não perda, certo é, o achar não importa. Há perda de equilíbrio, há perda de noção espacial, esta que faz você ver o obstáculo e dar a trick no momento certo. Apesar da auto-estima de um skater ser algo que o faz quebrar barreiras na sociedade e no skate, a mesma não possui competência pra manter a cabeça no lugar quando o mundo tá desabando e tudo que você mais quer é voltar no tempo...

A ideia de evolução é certamente preenchida com a consciência, não apenas, considera-se também o esforço a partir do entendimento de como se progride naquela prática. Contudo, subir no board e ir pra pista com tempo pra gastar abre um horizonte de acontecimentos, todos descritíveis. Entraríamos em um mundo entre descrever a manobra que se sabe, descrever o tempo que se gasta, descrever os erros, descrever como poderia alcançar aquela trick, descrever como deixar a trick na base e até descrever o jeito melhor de dar o laço no cadarço.
Sequencialmente seria trabalhar a prática daquilo que se concluiu descrevendo, não é falcatrua. Trata-se em teoria de alcançar a conquista, fase final, entendendo como um processo, este considerando-se todos os procedimentos desde a busca do entendimento, os erros da prática até a satisfação da conquista do objetivo. Isto é, tentar, pensar e tentar de novo até acertar.

Quando o objetivo é aprender uma manobra nova ou acertar novamente uma manobra que se está deixando na base, há sempre uma repetição de um mesmo processo: A tentativa e a volta ao ponto inicial afim de mais uma tentativa.
Após a tentativa, quando se erra e o skater se embaralha/enrola/bagunça com o obstáculo e o board, o mesmo retoma a postura e volta ao ponto inicial. Nesse período de poucas remadas ao ponto inicial há um determinado tempo onde você pode avaliar os erros da última tentativa. O interessante dessa prática tem haver com determinado exercício de paciência, onde o repensar da trick é o melhor modo de tentar a próxima de jeito mais correto. Há um sentido nesse equilibrar do tempo, considerando que tentativa sobre tentativa, esforço sobre esforço conta muito mais com a sorte, com correção instintiva do que com a certeza de como se volta aquele backside tailslide. Entre o erro de uma tentativa e outra surge um provocar de emoções, seja raiva ou tristeza, desgosto ou medo, qualquer variável que prejudica a reflexão da volta ao ponto de partida, onde se volta muita rápido afim de tentar novamente, com receio pensado em desistir. Certamente o melhor sempre será a retomada do fôlego e a teimosia no avaliar da última tentativa, novamente.

Pode-se deixar de lutar por aquilo que exige que se tenha luta afim de determinada conquista, isto é, no skateboard, manobras! Desistir sem ter conquistado pode acontecer por fatores reais, baixa auto-estima, quebrar peça, medo, nunca ter tido um objetivo ou desistência temporária.
Não ter conseguido acertar a trick até então pode não necessariamente ser desistência, custa só mais esforço e tempo afim de sobressair-se ao erro, acrescentar alguma melhora nas tentativas ou executar as tentativas de um outro modo. Certamente, entre os dois acontecimentos, errar e acertar, os erros possuem maior variabilidade.

Se você notar, há erros que não são superáveis, feito tentativas de bluntslide em caixote sem vela, afinal não era o modo certo de se tentar. Há também erros que se superam quando falta apenas corrigir a postura, a posição do pé ou a força.

Errar porque se tentava errado como tentar dar a manobra com o pé no lugar errado do shape. Tentar dar manobra com o chute errado, quando a direção que você põe a força tá errada. Quando se tenta dar trick que não serve pro obstáculo, feito trick de grab em caixote. Tentar coisa que ali é realmente impossível como hardflip fs tailslide, tem-se o reconhecimento da impossibilidade e a troca daquela tentativa seja pra uma outra trick ou outra forma de faze-la. Dispensa-se aliens que dão combos com lipslide em borda subindo ou bigspins flips com slides.

Quando há a decisão de se aprender uma trick, o sentimento leva o skater pra prática, há um otimismos quando o skate tá deslizando bem e parece totalmente aceitável tentar um combo de grind novo. Entretanto, encontra-se na dimensão infinita de tempo, este não para de correr, mas em meio a vida de qualquer ser teríamos de dividir os proveitos com o skateboard, este que por sua vez em esforço físico e mais difícil do que muitas feitorias. Isto porque conta com um horizonte de tricks, calculáveis sim, mas onde cada uma é ``difícil pra caralho e custa tempo pra caralho`` e pra você ter nível e base exige esforços sem cálculo, isto é, o primeiro flip pode levar uma semana ou um ano. Deixar o nollie flip na base pode levar um mês ou mais tempo

Já a conquista, por sua vez, descrita em procedimentos no tempo exigem o cumprimento dos procedimentos. O desistir seria o final do trabalho sem a conquista da trick, e se a troca foi feita por motivo raso, isto é, pegar o tempo que era pra andar de skate e gastar com outra coisa, logo não se tem a manobra.
A ideia é sempre repensar como se faz aquilo e tentar de novo.
Nessa área de tempo que se anda de skateboard, aprender trick nova é realmente trabalhoso e objetivo de skatista, mas há o rolê que já tá consolidado e de fato que depois de torcer muito o pé nessa vida, há dias que merecem só nollie crooked.

Teoria da produção de vídeo



Produzir vídeos faz parte da cultura skateboard, contudo, uma parte de vídeo boa possui padrões mínimos de níveis.
Os vídeos grandes oferecidos pelas marcas vem com skaters habilidosos, video makers habilidosos e editores habilidosos. O investimento é pesado, as filmadoras são de boa qualidade, a edição é profissional.

Uma vídeo parte possui uma música inteira e todas as imagens são feitas com uma mesma qualidade.
Os lugares onde as imagens foram feitas possuem padrões: Imagens só a noite; Imagens só na europa; Imagens só em praças...
Na edição tudo é combinado com a música em um concluso estilão.

O nível de manobras possui um mínimo padrão: combos.
Vídeo partes são além de bonitas, possuem alto nível de skate. Logo, as imagens não costumam vir com menos manobras do que:
[Giros + Obstáculos]
Giros e Bordas
Giros e Trilhos
Giros e Manuais
Escadas e gaps
Corrimão descendo

As partes começam logo com uma entrada de giro caindo em um grind complicado, seguindo a inúmeras imagens com variações de giros e obstáculos.
Contudo, há representações do desafio, portanto, corrimão muito extensos e perigosos e escadarias muito altas são alvos de manobras mais simples. Quando o desafio é muito grande, a manobra desbravadora é representada de maneira ``artistica`` com uma dificuldade própria. São exemplos de manobras simples em obstáculos dificeis: NoseGrind em corrimão extenso e redondo; Flip em escadaria imensa; Grind em borda over the grand quenia.

Para expressar o nível comum de vídeo partes comerciais: O Skater Miquei Daedra começa uma linha de HardFlip Bs TailSlide no banco, uma manobra de giro mais encaixe e deslize! Arranca-o e continua remando, rema, rema, segue frente a um segundo banco e dá um Fs NoseGrind Nollie Flip Out! Encaixou um deslize e girou na saída!...
Combos de níveis assim são o normal em vídeos de marcas.

Os trilhos não ficam por menos, os corrimãos descendo também são alvos de giros e deslizes. Filmakers registram vários e vários skaters que colocam Flips em encaixes próprios de trilhos como SmithGrind e FebleeGrind. Às vezes, saídas de 180 reverse ou saídas de Flips. Corrimãos difíceis são mais que simplesmente desbravados, são desbravados com manobras difíceis.

Os gaps e escadas são os principais alvos de giros em vídeos, aliás, quando trocar de base ganha uma liberdade na escolha dos Flips, podendo optar por uma variabilidade maior de escolha nas rotações complicadas em um só salto nesses obstáculos maiores.
Você escolhe a manobra: [Nollie BS 180] + [Flip ou Heelflip].
Coloca ela na escada: Nollie Bs Flip simplesmente...

Os vídeos possuem uma mesma época, tempos de gravações próximos, afinal, o nível de skate pertence àquele período, a qualidade de imagem e o lugar gravado.
As imagens são harmonizadas em uma mesma ideia retratada com uma conexão Filmaker e Editor. De quebra, na hora de finalizar a vibe tem que estar bem colocada e maneira!

O macarrão salgado!



Um dos campeonatos de toledo, marcados pelo encontro dos skaters das cidades vizinhas; reencontraram-se amigos, o Japa, Matheus, Diego, Lorrane, Bruno e uma turma inúmera... O sol sempre maltratava, aliás, a pista localiza-se em um lugar sem árvores, sem iluminação, destinada a luz do dia e sem sombra comum.

O cheiro de protetor solar era comum e a empolgação fazia a gente mais brincar e gastar energia do que ter qualquer preocupação; andava de skate; filmava uma trick; treinava uma volta; observava os oponentes; tomava açucar engarrafado e travava-se reiteradas batalhas de game of skate.

O japonês era um adversário conhecido, aliás, de familiares tricks de bolso: 3flip de toque e front foot, nollie heel em fluxo e bs tailslide com entrada de flip ou saída de flip, além de dar out de giro dos nosegrinds ou voltar as variações feito varial heel ou hardflip tranquilão.

O Matheus era um campeonaterinho de fifhtys pegando os caixotes inteiros, grinds over the gran quenia e flips de rápidos chutes, além de skaters feito o Dieguinho com hardflip tailslide escondido no bolso.

A gente costumava chegar de manhã e almoçar marmita do restaurante da esquina, colheres de plástico na embalagem de alumínio, tristeza que matava a fome. Mas, dessa vez preparados ao almoço, a mãe do japa disse que havia muito macarrão, não havia problemas, era só almoçar, pratos e talheres, direito de repetir e na faixa; só mencionou um perdão, ter errado no sal na hora do preparo. A gente não pensou demais, lógico que sim! Pensar nos talheres de plástico do restaurante era desanimador e repetir em um campeonato é igual ganhar um presente, é sempre bom e faz feliz.

Na sombra de um guarda sol em toledo, comemos um macarrão ótimo, fôrma de fio e molho de tomate; copos de refrigerante amarelo e a fome de jovens leões...
Depois de devorar o macarrão, onde o sal parecia ser mais um tempero, não um incômodo, talvez a promessa de que iriamos reforçar os goles de água e o desmanche em hidrolise.

Foi muito skate durante uma tarde em que a tortura é sentir-se bem sob tanta simpliscidade e marretadas de skaters pra todos os lados; alguns dos amigos pegaram podiuns e a gente voltou pra casa conversando muito e brincando muito.

Muita coisa fica e ficou marcada durante a viajem, os amigos, o manobrar, a volta importante, o pódium, as brincadeira... Mas... Até hoje quando a gente relembra esse dia, não dá pra esquecer do macarrão com sal da mãe do japa!


Certo é que sempre alguma coisa registra a memória!

Kendri Kroet

*Entrego a passagem*
-Uma boa viagem! - Sorri a gata do embarque.
Os shapes da reserva já foram no despacho; mochila e livro chavoso: Dom Quixote - Aaedra. Destino no desfecho: Barça! Sessão cera no mármore.
Noto várias pessoas enquanto passo pelo corredor, ``um skater malucão de férias em fevereiro`` devem imaginar...; Enquanto malas resumidas e gravatas correm em engrenagens; gringos de olhos e cabelos claros, mochilões e passeios; velinhos e crianças bagunçam e tomam os corredores.
O acento 32 parece tranquilão, um pequeno monitor na frente, um teto com luzes e o corredor ao lado.
-``Se liga, dá pra por um vídeo!``.

* Esquadrão Aqua Teen*

- Os caras são boladões, já imaginou o skate dominar o mundo? Só se descesse o Nyjah Huston do pódium! Estive observando as linhas dele no Street League, todos os skaters tem um mesmo tempo, entretanto, todo mundo dá de sete a oito manobras, o Huston dá dez! Ele sempre dá um número maior de manobras do que os outros!... Ele dá giros simples em obstáculos complicados![Flip over the grand quenia]... Ele dá combos complicados sem giros![180 + SS Nosegrind]... Fica difícil errar né? e... A velocidade que ele mantém o skate é maior!...
Mas, eu to na pegada cinematográfica, vídeos! Macba vai presenciar o brilho de um skater pesadão representando o caixote da varandinha! O HardHeel NoseSlide do caixotinho é o mesmo das bordas famosas, habilidade na base é a questão. Aproveitar aqui e por um som no MP3, chega de Aqua Teen:
*Selecionar*
[Sinopse - Bom Dia]
``*...Pra variar, meio litro de leite com chocolate pra ficar pronto pro combate desse dia bom...*``
Engraçado, não sei o que o Marcos anda escutando, mas ele sempre foi bom, de lá pra cá, tá melhor...

O avião decola vôo, algumas horas rumo ao destino dos sonhos! Logo, logo! mas, eu conheço o destino dos sonhos... Os skaters que passam prolongadas temporadas nos países europeus, são os mais talentosos do mundo, além de reconhecidos são muito bem tratados pelas marcas que os projetam. Eventualmente são mal vistos em terreno estrangeiro; skatam nas ruas, câmeras e equipamentos estranhos os acompanham, destinados a produção de filmes. Diferente de esportes mais fechados, o skate estar ruas traz uma visão turva aos espectadores terceiros. ``O que são eles?`` Voam em prancha de rodas, namoram a gatinha da praia, almoçam pães e sucos, além de não aparentar riqueza profissional maior do que o brilho das indumentárias. ``Vândalos, criminosos e inimigos!`` Veem os demais, contudo, jogadores da NBA andam em carrões, pessoas da mídia aparentam ter dinheiro. Skaters? Tem amigos... Entretantos, são eles os skaters que manobram um esporte jovem em qualquer lugar; desbravam perigos imaginários das ruas; são vencedores em vender exemplos através das marcas... e não sujeitos a alvo de rasteiras e ataques. Os problemas que hoje pertencem ao skate são de um histórico contextual maior, onde correções são feitas em recontextualização, não com ataques. Eventualmente skaters são uma espécie de inovação positiva, tanto em esporte como no escrever de novas histórias. São os sujeitos que desbravam incontáveis habilidades, desde a juventude, desafiam a si mesmos e vencem, lutam contra giros e maestram o board de maneira magnífica, com o tempo tomam a aparência de vitoriosos! Quanto ao desfrutar das ruas, são sim ótimos, singulares e gloriosos. Quanto ao mal trato cotidiano, incluindo o estrangeiro, há infeliz intensidade.

*turbulência contra nuvens*

Essas pedras de algodão são mesmo oxigênio e hidrogênio? Água é algo extremamente maleável; um copo de água respeita tanto a gravidade que quando há balanço, a água dentro do copo permanece na horizontal, por mais que balancem o copo. O equilíbrio do skater é assim, o skate pode balançar que ele se ajusta; um pouco de água dentro do cérebro cumpre o papel de detextar os balanços e levar a mensagem elétrica de equilíbrio; gravidade e água se dão muito bem... Ciclos são doideras, o planeta dá um 360 na terra em 365 dias, bateria de força magnética; enquanto os seres biológicos buscam atender necessidades animais, comer, igual imã e geladeira. O funcionamento dos mares e ventos parece seguir os mesmos gigantescos balanços magnéticos; geral entra pro estudo magnético, galáxias, planetas e seres... Às vezes, penso em como seria uma pista eletromagnética, cuja as bordas pegam e soltam os trucks, além de outras pirações feito quarters que dão aceleração ou projetam aéreos. Tranquilo, por hora o vídeo game faz isso.

- Deseja água, suco ou refrigerante senhor? - Uma aeromoça de peitos redondos me surpreende, um pequeno instante em que eu me apaixono e sequencialmente desisto de imaginar nosso futuros juntos, tento voltar pra realidade de um sujeito elegante.
- Uau! Claro! Me dá um sucão de frutas vermelhas!
Ela pega o copo de plástico, despeja o suco da embalagem e serve. Afirma logo trazer o lanche, pergunta o desejo e recebe uma resposta afirmativa. Saí a lentos rebolados com um carrinho de serviço de bordo; volta em alguns minutos e traz um sandúichao natural e umas bolachinhas.

*Nham Nham* [Mastigo as bolachinhas]
Da maneira que a coisa tá, eu me apaixono algumas vezes por dia; *Nham Nham*; um anormal bem normal, aliás amei as bolachinhas... *Nham Nham*
A viagem continua... Esses dias liguei a televisão e vi uma criança cantando um funkão. Me perguntei ``ele compreende a letra?`` Concluí com lógica que além do não o menino não tinha um outro melhor exemplo. Os meninos estão com péssimos exemplos ou sem exemplos. Os exemplos costumam ser os irmãos mais velhos ou os amigos mais velhos. Hoje a mídia também oferece alguns: músicos, atores e esportistas. Os jovens veem, entendem como se faz e repetem; igual manobras de skate em vídeos, aliás, os exemplos em vídeo são grandes projetadores do esporte... A juventude ver o funk como algo maneiro e bonito, parece movimentar a engrenagem do gênero músical, contudo, o objetivo resume-se em trazer estímulos sexuais a juventude que toma como engraçado? Se música é mensagem no prato, mensagens são informações que alimentam, algumas músicas são só uma bala de menta na colher, nada com real valor substancial... Skaters são exemplos, vendem um esporte com estilo de vida, nota-se que a profissionalização é como tornar-se vitrine, dentro de um aspecto que o estilo de vestir do skater e as peças do skateboard são muito revendidos. Além do jeito, repetições de posturas e manobras, day in the life e tudo que é mais... Ser influência parece maneiro, contudo, ao levar pros outros, o que seria errado?... É engraçado os atores não atingirem os jovens, aparentemente, jovens se mais na dinâmica do que acompanhar capítulos de novelas; aí a gente vê que tá ficando mais velho, no aspecto de reservar horários aos filmes e sentar na cadeira dura pra ler um bom livro do Sérgio Rodrigues.

A aeromoça passa, uma postura de arco e cabelos longos que ultrapassam a cintura. Se eu pedir o telefone dela, será que ela me dá um DDD lá da onde o gato perdeu as botas? Ou ela me responde ``...Oh! Não acredito que você disse isso!`` Imagina a aeromoça dando curto circuito com um skater malucão em pleno vôo?... Foda-se, chegando em barça vou procurar um hotel com restaurante, pelo menos uns primeiros dias, não falo espanhol e minha habilidade de sinais também não diz muita coisa. Um lugar com internet e contatar todos do time, tenho uma lista de manobras pra voltar em uma lista de lugares famosos. Uma borda do mármore, um grind; outra borda chavosa, outro combo. Fazer as imagens além de querer reviver as fotos sequências...

*Som de vôo de avião*
Vou abrir o livro do Aaedra... Mas, relembrando a questão de exemplos, os meninos parecem ser os mais problemáticos, não é? Sei que no skate as meninas são muito bem influenciadas! Há meninas que andam muito bem e, a Letícia é uma gata, dão manobras altas nos obstáculos assustadores! A velocidade que o Street League exige, faz dos deslizes da Letícia nascerem em ollies tão lindões que à atrás resta só névoa. Só queria dizer que entre giros prontos e deslizes ótimos, loiro é sempre mais bonito gata... Entre tombos sérios e campeonatos pesadões a gente pisa na jaca e chuta o balde mesmo, o sangue de skatista ferve mais alto e o que se vive nessa vida é dança no palco do tempo.
...Entre tanto exemplo feminino, fora do skate elas são mais leitoras do que os meninos. Igual o skate, tudo que exige esforço oferece resposta, extrair informação da leitura é igual absorver cem porcento do conteúdo, enquanto extrair informação de um monitor pode ser igual a nada. Vou dizer o que? A vida exige que se pense! Se fosse mágico, a fórmula seria ler o papel, Né? Pra formar na faculdade basta ler alguns livros... Sabia que isso se faz em semanas? Sempre penso que o tempo de semestres anuais significa só cobrança, resumidamente. Coisa de lê, trás cá que a gente lê! 2039 páginas e você forma em direito, consegue fazer um plano? Custa só isso lá...
Uma vez... No início da vivência skateboard, meu melhor amigo deu um Nollie Varial Flip, assim do nada! Eu, entre o assustado e o surpreso, perguntei como ele conseguiu e a resposta foi ``Tentar! Tudo que eu tento, depois de algumas... consigo``. Tentar? E eu tava esperando pra tentar essa... Esperando... Por que? Logo, minhas tentativas começaram a virar realidade e compreendi o que era amadurecer no skateboard.

*Campainha*
-Estamos passando por cima de uma tempestade... - O piloto.
Pela janela as nuvens tomaram outra cor lá embaixo, parece que o encontro dos elétrons vai transomar-se em ``gran quenias`` elétricos... ... [Abro o Dom Quixote] ...
E a viagem foi ótima, chegamos a noite; depois de pegar as malas dei umas remadas dentro do aeroporto; o taxista compreendia o linguajar brasileiro e me deixou num hotel com tudo, desde internet, restaurante e bom preço. Mandei mensagem pros meninos do time e amanhã a sessão começa peso pesado e chavosa!

Os deslizes



Deslizar em trilhos e bordas é muito bom, aliás, uma das melhores sensações do Skateboard.
Não há um muitos deslizes em números considerando o objeto skate: A frente Nose; O meio do shape; a traseira Tail; e os dois trucks do Nose e Tail.



Uma maneira de compreender essa parte de variações:
O Crooked é uma variação com Nose Grind + Nose Slide
O Salad é uma variação com Five-O + Tail Slide
Smith Grind uma variação com Slide 50-50 + Lip Slide
Feblee Grind uma variação com 50-50 + Lipslide

(Um acréscimo:
BS Smith = Bs 50-50 + Fs Lip;
Fs Smith = Fs 50-50 + Bs Lip;
Considera-se parte das duas;
Considera-se a entrada do 50-50 e o vetor do deslize do Lip Slide;
O mesmo vale ao Feblee Grind.)

Há as variações dos mesmos deslizes com mudanças de direções:
Ant Smith Grind
Ant Feblee Grind
Over Crooked
(São os mesmos deslizes com entradas diferente e direção diferente)

As manobras de deslizes podem ser chamadas de ``manobras próprias``, assim como o Flip é uma manobra inteira e completa, um 50-50 é uma manobra inteira e completa.
Há maneiras próprias de dar as manobras de giros, enquanto há maneiras próprias de dar manobras de deslizes.
Contudo, uma manobra de deslize exige uma posição de encaixe inicial, de frente (Front Side) ou de costas (Back Side). Depois do encaixe o skate desliza (Slide;Grind) e sequencialmente a saída (out).
Um ``Back Side 50-50 Flip Out`` no trilho é = Um skater que chegou de costas no trilho, encaixou os dois trucks e deslizou, no salto de saída deu a manobra Flip.

Entretanto a parte deslize possui costumeiramente um pequeno tempo, ou seja, a manobra toda em três tempos possui entrada, meio e saída. A parte do meio, deslize, costuma ser curta. Este tempo de deslize significa experiência ou tempo de prática, logo, quanto mais se permanece deslizando, mais você aperfeiçoa o escorregar nas manobras de grinds e slides listadas.

A parte e equilíbrio das manobras de bordas e trilhos pode ser exercitada. O aumento do tempo de deslize aumenta o equilíbrio. Logo, entre manobras e manobras, coloque os Grinds e os slides simples no caixote e no trilho... Equilibre e divirta-se! Depois há como incluir variações de combos!...

A vacina e o vô memória de elefante

Na Mini-ramp do quintal eu voltava combos flipados, além de grinds extensos e giros na transição. A sessão colaborava todas as manhãs, ao mesmo que tempo que o vô Edwin, ao lado no quintal, cuidava da jardinagem.

-``Meu colega de todas as manhãs, paralelo ao horário, pode me prestar um favor?`` - Vô Edwin pede de modo educado, uma tesoura em um punho e regador no outro, 06:00hrs da rotina.
- ``Só dizer`` - responde Eduardo, tranquilamente.
- ``Me acompanha em uma consulta médica hoje?...``

Ele queria ver a questão da sobrancelha que, sempre no espelho, estava sempre com mais pelos... Compreendido, sem problemas, ''algo que deve ser feito'' pensou Edu, ``vamos lá!`` Concordou e saiu correndo ``Vou lá rapidão pegar a calça de sair!`` Rumo a porta esquerda do guarda roupas ao lado da cama, último quarto.
O vô, enquanto isso, entrou na cozinha e preparou um café de grão moído e pouco açúcar. Na volta do neto, Edwin encontra-se na cadeira sem espuma, afirmando ``Toma lá!`` Oferecendo uma xícara preta de um vulcânico café.
Pós conversa frívolas, Edu pediu licença para arrumar o carro; abriu as janelas e retirou as peças do acento do passageiro. Enquanto o vô esperava com o telefone, o telefone em mãos. Uma buzina surpresa surge nas costas do vô seguindo da exclamação ``Vão bora vô! Tá na hora! O pânico é pra agora!`` chamada que ascende o íntimo corredor do velho ancestral que... Levanta da cadeira.
Seguem pelas avenidas mais calmas, entre trocas de conversas e histórias políticas...

Chegando no posto de saúde, estacionam frente um cartaz imenso ``Tome vacina!``
- ... Não sei como funciona essa coisa das vacinas, vi na televisão que um sujeito perdeu as pernas e os braços por não ter tomado a do tétano! - Relembra Edu frente ao cartaz do postinho.
- Perdeu as pernas e os braços?
- Sim, ele nunca havia tomado a vacina , e quando contaminou, o que era pra ser uma agulhada virou uma amputada...
- Mas é de graça rapaz! - Defende o vô - só vir aqui!

Entraram pela porta da frente, o ambiente estava com muitas cadeiras e vazio; Edu vê uma escadinha flipável de poucos degraus numa porta de canto. O vô segue até a atendente confirmar o horário marcado, enquanto isso o neto senta-se disposto a qualquer infinita espera... ``Senha 5!... Ninguém? Senha 6!... Alguém?...`` Grita uma moça na porta de uma sala com a escrita ``Vacinas``. O skater vai até lá, pergunta qual o procedimento para tomar vacina, a moça branca de cabelos escuros respondeu prontamente que bastava pegar uma senha. Ele vai até o balcão, vazio, recolhe uma senha e volta. Entra na sala, depara-se com a mesma mulher espreguiçando-se, busto elevado, apaixona-se... Entrega a senha e recebe o pedido da carteirinha de vacinação, ``não possuo...`` e ela confere no computador ``nada registado por aqui também... Você vai ter que tomar todas!`` Ela surge com uma cartela cheia de quadrados com nomes: Febre Amarela; Hepatite; Tétano...
Explicou a respeito das datas, o tempo que leva entre uma e outra, deixou tudo anotado e buscou três seringas em uma geladeira nos fundos. Voltou ao rapaz elegante, esterelizou o braço e colocou a ponta metálica da seringa no ombro... e... o espeto pontiagudo de duas pôlegadas atravessa a carne... O ombro prova reconhecer o gosto de ferro em um misto com o agudo. Sensacional, coisa de instantes... Ela fez isso mais duas vezes e marcou a próxima para trinta dias.

Volta da sala e depara-se com o bravo vô.
- É coisa de velho só! - Exclama com um forte sorriso.
- Ótimo!... Também me apaixonei pela moça da vacina...
- Vamos passar no mercado, quero umas mandiocas para o almoço - Prontifica Edwin quanto a seus planos culinários, equilíbrio de pratos e talento nos temperos...

Sobem no carro e Edu liga um som instrumental chamado Corthexiphan, um instrumental calmo que imanta o ambiente. Troca marchas e saem em direção ao mercado, quando o rapaz aproveita para contar uma história sobre guaraná em pó: - Uma certa vez... O Eli estava empolgado com um campeonato que ia rolar no final de semana, à cidade de charmander, chamamos o Surfista que foi ao volante e o Japonês sob suas primeiras aventuras de skateboard. Às cidades vizinhas sempre haviam competições e a gente sempre desmanchava por lá!

Combinado no sábado, Gol preto, surfista na boleeia e a namorada no acento ao lado. O resto no banco de trás. O Eli na genial noite anterior, talvez pela empolgação, preparou alguns litros com guaraná em pó, contudo, misturas com sucos diversos e várias garrafas.

Saímos à estrada sob uma discussão quanto a potência do guaraná em pó, ressalvo em diferentes pontos e razões: Eli afirmava que a bebida não dava vez ao cansaço e a preguiça ia embora; eu costumava defender que não sentir desânimo bastava, energia por energia até leite com chocolate...; O resto da turma interpretava como algo mais forte do que café e a questão tratava de vencer as funções de um dia que começa de manhã e termina a noite.

Só que na noite de sexta eu dormi na casa do Surfista, a pegada era limpar o carro de balada e jogar um pouco de vídeo game, mas só jogamos. Saímos cedo no sábado com os pés em cima de latas de heineken amaçadas, sujeiras diversas e peças de skate.

Entre estrada e risos, chegamos! A pista era atingida pela força maciça de um chá de sol, condensados skatistas dentro de um bowl de rampas imensas. Guaraná em pó pra dentro! Skatamos o resto da manhã, almoçamos algum lanche, voltamos contra esperados momentos de competição, no meio termo: mais guaraná em pó...

Todo mundo participou, chegou no momento do pódium, fui chamado ao segundo lugar pelo locutor ``O menino que parece pertencer a categoria de amador 1, Eduardo!`` Sigo ao locutor com a pose de campeonatos semanais. ``Ladrão de premiação!`` Amigos soltam sonoros reconhecimentos. Houve amadores bolados circulando o lugar, amizades feitas, amizades reencontradas, escureceu e pós conversas e goles de guaraná, seguimos à viagem.

O Eli encontrava-se estraladão; a empolgação tomava conta, passava mal de tanto zoar! Não calava-se e recontava os acontecidos, o carro transbordava papos sobre manobras, sobre planos pensados, sobre a organização e sobre a premiação... Mas, o menino Eli não acalmava-se; comparou eventos; contou histórias de skate na infância; Relembrou curiosidades; comparou seu skate atual com skates de qualidade, o menino que era quieto estava tomado pelo guaraná! Manteve-se extremamente alegre! Contou sobre cola no tênis; sobre experiências pessoais; e falou... Falou... Falou...

Os risos não cessavam e Surfista estranhou:
- Você tomou mesmo todo aquele guaraná?
Foi quando o sentido tomou a vez em um grito conjunto da turma:
- ...Pior!...
O efeito energético da manhã estava mostrando atuação àquelas horas da noite.
- Foram três litros! Vocês tão normal e eu to estraladasso! Fiz várias garrafas e tomei o dia todo, depois participei da vaca de energéticos e dos refrigerantes...
Talvez a sensação fosse de intoxicação com super ânimo!

Ocorreu uma espécie de cálculo sobre onde foi o erro: a quantidade de guaraná misturado na água ou a quantidade de garrafas? Um dia daqueles era possível com menos energéticos? Será que dá pra dormir depois do que deveria ter sido cansativo?... Eli continuou sorridente e falante naquela noite, viagem pela Br, gol preto e risadas...

...

- Seus amigos são doidões! Que memória de elefante! Coisas dessa vida... Eu já dei essa pisada na bola! Uma vez quando plantava lá na fazenda... - Vô ri e compara na memória sua ressaltada experiência...
Chegam ao mercado! Na procura da vaga... Vê um quadrado, estacionamento, entre dois carros; imagina uma manobra de drift, ao lado do vô que reconheceria tamanha habilidade!... O menino coloca o carro paralelo aos outros, manobra a manivela de câmbio, calmamente, encaixa o veículo e puxa o freio de mão.
- A máquina de sorvete voltou a funcionar! - sai correndo cego pelo açúcar, enquanto o vô fica le esperando...
...
Fazem os compromissos do mercado e voltam, sob histórias diversificadas, contos de terror perto do meio dia; previsões de crescimento das flores do quintal; skateboard e histórias otimistas...

O pop e as manobras de Out



Ao deslizar com o skate em um obstáculo, a manobra de saída (out) é só de um toquinho.
Após todo um percurso equilibrado, a manobra de saída não precisa subir tanto e faz proveito da altura.

O equilibrar oscila a posição do skate, no final da manobra o skate é alavancado no pop, essa manobra de out cumpre o papel de joga-lo ao lado ou joga-lo à frente. Sem tanto compromisso de encostar o skate no obstáculo, onde um toquinho é suficiente para girar um Flip.

As condições de saída de manobra não exigem muito pop, a manobra de out mais dá sequencia a todos os fatores.