9 de abr. de 2016

O pop e a manobra colada



Os primeiros flips não são altos e os giros não são coladões, o desdobrar é capotado, contudo, o passar do tempo aperfeiçoa o flip faz o skatar mais bonito. Entre subir alto e colar alto, subir alto não assegura colar, enquanto, colar o skate sob as solas não assegura altura.

Na experiência a diferença é visível, aquele que sabe um simples Ollie Flip a mais tempo costuma jogar com mais de uma maneira, voltando-o alto ou voltando-o veloz, voltando-o com a altura do rodopiar ou adequa-lo ao encaixe no obstáculo.

A princípio o Ollie é um salto, pular, e quanto mais alto o salto mais alta a manobra, enquanto a sincronia ritmica (pop + chute-lixa) é sequencialmente fluída. A força da explosão gerada no encolher projeta o skate mais alto, entretanto, a sincronia total deve corresponder a mesma força, quando o deslize sobre a lixa coloca o skate na altura desejada.
(A força ao sair do chão + ritmo chute-lixa)

O esforço é um vetor que aponta para um objetivo, simples tentativas de manobras altas aproximam-o mais e mais do domínio, afinal, o fim de uma trajetória é recompensador.
O esforço nas tentativas de pular mais alto, encolher mais, colar mais é o caminho que o faz conhecer a força, aperfeiçoar o ritmo e ter em mente a habilidade.

7 de abr. de 2016

Uma queda é suficiente



Lembro de quando saiu o vídeo Lakai Fully Flared, saiu nas revistas, os amigos recomendavam nas pistas; decorei as linhas e conseguia falar de memória antes do skater voltar manobra. A primeira parte, Mike Mo, era inspiradora e em determinada parte ele brinca com os trucks soltos, nota-se um skate bem mole. Logo, deixei os trucks moles afim de experimentar as vantagens, conseguia salvar muita manobra; conseguiar arrumar o skate contra o obstáculo em menos tempo; era vantajoso em aspectos.

Uma vez fui filmar um amigo de LongBoard em uma ladeirinha rotineira, com o skate mole e uma câmera na mão, confiante... Só vai! Descemos e no meio da rua os skates atingiam entre 40km/h e 60km/h, o skate desajustou-se com a velocidade e reagiu a força, balançou, balançou, balançou e tomei o maior rola da minha vida. Uns tantos kilometros por hora, pude ver em Slow Motion o desastre, tentei proteger a câmera, rolei, parei em um slide de barriga no asfalto. A marca tenho até hoje.

Não cometer o mesmo erro, aprendi. Trucks moles são para manobras, trucks duros são para ladeiras... Entre muitas outras experiências com erros no skateboard; sempre conferir o chão de entrada e saída de uma escada, tirar toda a sujeira para não acontecer nenhuma travada. Não andar em quenias que mais prometem lesões do que manobras, não pule um gap cujo solo da volta, a onde concentram-se os erros das tentativas, é algo que pode causar machucado.

Os skatistas experientes sabem disso, não cometer erros perigosos, um tombo em más condições já é suficiente para aprender na vida. Errar sem se machucar, por outro lado, não é algo ruim, segurança no manobrar é evoluir o skate de verdade.

Economize riscos e aprenda ao invés de machucar-se.