31 de jul. de 2022

Ciro episódio aula




          Ciro hoje está estudando em um dos melhores colégios do estado. Lá o foco é o estudo científico a fim de prestar vestibular e Enem, ingressando seus alunos nas melhores universidades do país. E ele sempre sonhou em ser metalúrgico.
          Sobre livros se viu apaixonado por Química, o estudo do átomo e da composição da matéria. Uma mesma rotina se mantém, acordando as 6:00AM em um pequeno quarto, onde a janela fica entreaberta com a cortina fechada. Ele acorda e da o primeiro passo fora, pisando sobre o skate ao lado da cama, com a precisão de um felino equilibrado entre o macio e o firme. Segue para o abençoado chuveiro afim de repensar sobre o sonho que teve durante a noite. Esquece as preocupações e divaga entre seus pensamentos e a água, formando um único Som!...
          - Estava em meio a um capítulo de um livro e adormeci. Sonhei que estava fora do meu próprio corpo, olhei pra baixo e notei que estava vestido com umas roupas de skate, moletom e boné. O que é estranho porque eu durmo sem roupas. Embora o ar fosse o de um sonho, percebi que estava no meu quarto do mundo real. Percebi assim que era uma espécie de projeção astral, aproveitei e fui em direção a porta, a puxei por auto, e meu braço a atravessou, então me questionei ``Ué? Eu atravesso a matéria?`` Nesse mundo nenhum átomo atravessa outro átomo. É uma Lei da Física. Se um skate for em direção a uma rampa ele vai rampar, em hipótese nenhuma ele a atravessaria. A verdade é que para cada centímetro de espaço-tempo você está sob a matriz da física. Embora nessa projeção fosse possível atravessar as portas, notei que eu podia reconhecer objetos sem conseguir pega-los, também não era possível sentir a diferença sensacional entre a maçaneta metálica e a porta de madeira. Foi então que percebi que os sonhos vivem dentro do pensamento que pode formar um plano. Mesmo que sonhos estejam sujeitos a lei dos sonhos, que são uma bagunça, muitas vezes ilógicos, duram pouco e não tem nitidez. Lembro que nesse questionei as possibilidades: Afinal eu poderia me teleportar? Eu poderia pegar a velocidade de um jato? Em algum momento eu poderia palpar o mundo real? Eu poderia encontrar algum ser inteligente? Decidi explorar, e mergulhei em direção ao subsolo a 180Km/h rumo ao centro da Terra. Poderia realizar um sonho de infância e chegar ao meio recheado e metálico da esféra planetária. Nesse plano eu poderia dar um mergulho e me divertir sem me preocupar com nada, com nada.
          Retomo que diferente desse sonho a verdade é que a matéria possui uma composição a qual me inclui. Em outras palavras eu sou feito da mesma coisa que as paredes e o chão, e tais circunstâncias eletrônicas semelhantes estão sujeitas às mesmas influências físicas. Existem 118 elementos na Tabela Periódica, cada um é um átomo, o conjunto de átomos forma a matéria, e a verdade é que dentro desse cosmos o planeta é análogo a um aquário preenchido até a borda por átomos. O resto do universo é feito de matéria escura que é resumidamente espaço. É vazio, e não há nada além de gás em chamas, nem direita, nem esquerda, nem cima, nem baixo, nem nada em nenhum horizonte. Se por um lado não há nada no horizonte cósmico, por outro lado, o nosso planeta é uma obra perfeita de matéria atômica. O livro A Gênese do autor Allan Kardec coloca muito bem, no século 19, um estudo da formação do planeta, concluindo que a relação das informações da composição do planeta Terra são uma obra de inteligência. Fato é que ao analisar o que há no planeta Terra e o que há no universo afora, você vai perceber que estamos em um lugar que é tanto rico quanto perfeitamente arquitetado:



          Ele roda a válvula e desliga a água do chuveiro, pega a toalha e vai se vestir. Depois passa na sala e sintoniza a televisão no Jornal News. Segue à cozinha e passa a preparar o miojo de todas as manhãs. Primeiro a panela, segundo a água, terceiro o fogão, quarto o macarrão, e mexer até ficar pronto. Despeja a água, tempera e coloca o macarrão no prato. Vai até à sala onde passam as notícias:
- Guerra na Ucrânia. 2022.

           
Sem conseguir prestar muita atenção, Ciro Korangar come seu miojo pensando a fundo na estrutura do átomo. Recentemente leu o melhor livro da sua vida, Panorama Visto do Centro do Universo escrito por Joel R. Primack e Nancy Ellem Abrams. E assim veio estudando o retrato do átomo ao nível quântico:









          Prato vazio ele vai até a cozinha e joga na louça, pega um copo metálico, enche de suco de uva e toma como um campeão. Ele corre e pega o skate e a mochila, mete o pé na porta e sai pra rua remando, favorecido pela gravidade da ladeira. Segue em sentido ao curso com a calma de um gato velho, fones de ouvido, passa uma brisa fria da manhã, os carros andam preguiçosamente pelas ruas, algumas pessoas praticam esportes, os ônibus cheios de pessoas, e ele enfrenta o asfalto até o centro da cidade. Chega na instituição onde há uma entrada imensa, anda até a sala de aula com o skate embaixo do braço, encontra seu lugar e se senta. Aproveita alguns minutos e dá uma passeada pelo celular:

          Depois reassiste o novo vídeo da primitive DEFINE, onde passa pelos pensamentos:
          - Na parte do Dylan Jaeb as imagens seguem com muita variação das bases. Além de um rolê peculiar o ``andar de Fakie`` expressa o quanto alguém pode desenvolver o próprio nível total através de uma base. Vamos lá que quando ele entra e dá combos de Fakie, você percebe que há fluidez. E a medida que o vídeo passa você percebe que é alguém desenvolto nas quatro bases. A desenvoltura. Taí o que faz o repertório do Dylan tão numérico. Então eu me pergunto ``Por que eu não me amarro de Fakie?``

          O professor de Química, Bolt Edwin, entra em sala e coloca seus livros em cima da mesa. Inicia a aula fazendo uma retrospectiva:
          - Originalmente a Química era uma pseudo ciência chamada Alquimia. No antigo Egito havia um início Alquímico, o que perdurou até a idade média. Em datas próximas ao segundo e terceiro século depois de Cristo, alguns estudiosos deixaram escritos de Alquimia com o pseudônimo de Hermes Trismegisto. Esse era o nome de um mitológico Deus Egípcio e em meio a esses escritos encontraram uma Tabela de Elementos cujo formato parece com o da Tabela Periódica que temos hoje. Em homenagem a esse início da ciência deram o nome Hermético aos potes que vedam o oxigênio.
          A Alquimia focava em 4 elementos: Água, ar, terra e fogo. E também acreditava na existência da Pedra Filosofal que seria capaz de transmutar a matéria. E assim seguem 18 séculos.
          O professor pega o livro do autor Luca Novelli chamado Lavoisier e O Mistério do Quinto Elemento e narra à classe:
          - ''Antoine-Laurent Lavoisier nasce naquele que é definido como o Século das Luzes, quer dizer, luzes da razão que, muito lentamente, vão iluminando o obscurantismo dos séculos precedentes. A Alquimia não tem mais nada a ver com a magia ou a bruxaria. Agora chama-se Química, mas ainda não é a ciência que conhecemos. Até os cientistas mais sérios têm ideias muito confusas sobre a natureza da matéria. Muitos ainda crêem na transmutação, ou seja, na possibilidade de transformação de um elemento em outro: por exemplo, do chumbo em ouro. Outros ainda não renunciaram a procura da pedra filosofal ou do elixir da longa vida. Outros mais, por sua vez, crêem na existência de um princípio vital no ar capaz de restituir a vida às criaturas mortas.
          Serão precisamente os ``ares`` (ou gases) que revelarão a Lavoisier muitos segredos da natureza. As suas descobertas abrirão as portas de um futuro que os alquimistas não tinham sequer imaginado.          Lavoisier nasce no dia 26 de agosto de 1743 em Paris. Ele é considerado o pai da química. Foi Lavoisier quem deu nome ao Oxigênio e quem descobriu seu papel na respiração dos seres vivos. Foi Lavoisier quem retirou o véu do mistério que pairava nos laboratórios dos últimos alquimistas. Foi Lavoisier quem resolveu o enigma do arredio, elemento chamado flogisto.''

        
Bolt Edwin prossegue falando:
        - A primeira coisa que você imagina quando escuta a palavra ''Ácido'' é algo que corrói, né? Ácido é um líquido que possui eletricidade. 
        
Imagine que um copo de água é composto por milhares e milhares de átomos, não é possível ver um único átomo, embora quando os átomos se unem formam uma única substância que é visível, a água é composta por 3 átomos e é um incrível mineral líquido: 


Minerais são compostos químicos. Compostos são substâncias formados com mais de um elemento. Dois ou mais átomos que formam um material.

Agora pegue a Tabela Periódica e observe que cada Elemento nela é um átomo. Entenda que de um elemento a outro a diferença em suas identidades está na variação dos atributos.



          No estudo da composição do Ácido:

Se a substância de Bromo com Hidrogênio: HBr
Entrar na água: H2O
Acontece uma reação química dada pela fórmula: 

HBr + H2O -> H3O + Br

          A reação da mistura dos átomos não está completa nessa fórmula. Mas é visível que o Hidrogênio saiu do Bromo e foi para a molécula de água.
          As moléculas ficam ligadas pelas áreas eletromagnéticas dos átomos, então quando os átomos se desprendem os elétrons passam entre eles. Assim a fórmula completa é: 

HBr + H2O -> H3O+ + Br

          Quando o Hidrogênio sai do Bromo ele deixa seu elétron e sai eletricamente positivo. E o Bromo com um elétron a mais fica eletricamente negativo. A nova substância é um ácido eletricamente carregado. 






          Tudo que perde elétron ou ganha elétron é chamado de íon que se classificam em dois:
Ânions – São os átomos que ficam Negativos.
Cátions – São os átomos que ficam Positivos.

         
 O professor faz uma pequena pausa e vai buscar um refresco. Enquanto isso Ciro começa a refletir:
          - O interessante é que não é algo imaginável. Não é tão fácil e digamos que um copo de líquido tem tanta informação atômica que não cabe na consciência. A consciência não concebe uma palavra, a consciência não concebe um copo líquido. Se for calcular em um cronômetro: Quanto tempo a mente leva pra entender uma palavra? (Íon, Cátion, Ânion, Eletrolítico, Barion, Hádron, Quark). Se diante da informação você tem naturalmente potencial no olhar, o que nos leva a não entender nada? 
          Sei que quando você tem amor por algo, você dá o máximo de energia e é o que resulta no humano compreendendo. Fato é que eu não olho pra um refrigerante com consciência, honestamente eu olho sem me dar conta da quantidade de informação.
          
O Skate é muito importante pra mim. Mas eu imagino uma Escala de Importância e coloco do primeiro ao centésimo lugar aquilo que se encaixa ao mérito da posição. E por Deus em que posição eu coloco a preocupação com a minha capacidade de compreensão? Em outras palavras, o quão complexo pode ser um refrigerante? 



          O professor Bolt Edwin retorna falando:
          
- O conjunto de um átomo de Oxigênio e um átomo de Hidrogênio é chamado de Hidroxila (-OH). A Hidroxila entra nas fórmulas químicas no final, com o nome de ``Ol`` como é notável no Álco[ol]. Seguindo esse princípio imagine uma garrafa de Gin, uma de Whisky, e uma de Vinho. Todas essas bebidas são compostas com moléculas de hidroxíla -OH. Se álcool é a molécula de hidrogênio com oxigênio, talvez seja o próprio oxigênio que configure o estado de chapado.





          O estudo da Base de Arrhenius possui a Hidroxila (-OH) e segue o mesmo sentido:
Uma substância de Lítio e Hidroxila: LiOH
Uma substância de água: H2O

LiOH + H2O -> ?
LiOH + H2O -> Li+ + 2OH

O Lítio deixa seu elétron e passa positivo.
A Hidroxila absorve o elétron e passa negativa.
Perceba que a água é originalmente: H2O, H2O, H2O.
Nessa fórmula é configurada pela Hidroxila: 2OH, 2OH, 2OH.
A nova substância é eletricamente carregada com 2OH e Li+
E essa é uma Base de Arrhenius que é eletrolítica.

          No estudo de Ácido e Base, Arrhenius descobriu que quando se une as duas substâncias elas se neutralizam e se transformam em Água e Sal. 

Misto
(Ácido H3O+ + Br) + (Base OH + Li+) -> 2 H2O + LiBr

Água e Sal. 

          Esse foi o Tcc de Doutorado do Químico Svante Arrhenius que estudou a eletricidade dos líquidos. Ele foi um dos principais cientistas do século XX. E você acabou de ler o trabalho de uma vida.



          Se entrássemos em Bioquímica, no estudo da Química na alimentação, passaríamos pela decepção de descobrir que a glicose não é eletrolítica. Sei que imaginamos que ao comer um caramelo vamos sair correndo que vira tudo energia. Mas a glicose não conduz eletricidade. Os processos Biológicos se dão em um dominó Químico dentro do organismo, ao ingerir a glicose ela passa por várias etapas até ser reservada dentro da célula como ATP. Você precisaria ver as fórmulas e as transformações, mas em resumo a molécula de ATP precisa se transformar em ADP (Adenosina Difosfato). E então a molécula de ADP aquece em uma queima química e finalmente vira energia.
          Perceba que o estranho disso tudo é que, se não fosse assim e não houvessem as etapas, ao ingerir um caramelo e a queima da glicose se desse imediatamente, você em si não teria tempo de existir. Percebe que quanto mais complexa uma reação química, mais tempo você ganha? É como se as informações se justificassem na matriz existencial, assim a informação dá ao tempo cada vez mais propósito.


         
          Por fim o professor cita a narrativa do livro - Mendeleev, Dmitrij Ivanovic (1834-1907) Químico Russo. Descobriu que, ordenando os Elementos segundo o peso dos seus átomos, revelava-se, claramente, certa periodicidade, ou seja, um ritmo. 


          Ao fim da aula em um almejado colégio onde quem estuda tem o futuro garantido. Ciro Korangar sai da sala pensando em Alquimia, e pensa a respeito da Pedra Filosofal, por que ela era tão procurada na idade média? Sobe pra casa andando com o skate embaixo do braço, enquanto da asas à imaginação montando uma divagação do que seria o sonho do século XV nos dias atuais: 

          - A palavra ``rico`` não é suficiente para me definir. Digamos que há riquezas que são indefiníveis e eventualmente a minha influência sobre a matéria me coloca a nível sublime. Depois de muito estudo e reiterados experimentos consegui obter um cristal que é capaz de emitir luz sobre a matéria e a configura no que eu desejar. Consegui forjar A Pedra Filosofal, e agora eu posso transformar terra em ouro. A partir disso seguirei um plano, vou primeiro trocar alguns quilogramas de ouro em algumas centenas de milhares de reais, compro uma casa com um terreno no fundo muito extenso. Essa localidade terá um escritório e uma pista de skate, além de um laboratório de fortunas e deste ponto em diante o céu é o limite. Eu poderia converter terra em um avião! Embora meu desejo não possua todas as informações necessárias de um avião. Dentro da carcaça metálica há uma infinidade de engenharias mecânicas, além de que detalhes nessa grandiosidade precisam ser perfeitos. São fatores que limitam a Pedra Filosofal. Eu ainda posso comprar um avião tendo afinal uma fonte inesgotável de ouro.
          Ao longo dessa história a Pedra Filosofal tem me provado que eu sou uma formiga, entre formigas, em um formigueiro, e penso como uma formiga. Não dá nem mesmo pra materializar um Skate de uma vez, tenho que fazer peça por peça e depois montar. Tudo me convence de que a matéria elementar nesse planeta Terra é tão trabalhada e organizada que é isso que tem valor. Sabe que metais não me valem tanto, embora na forma de avião sim. Converter a matéria passa a exigir muita inteligência, realizar os próprios desejos em si te provam seu próprio nível. Afinal nada é simplesmente puro, a inteligência é algo profundo. Nesse sentido a Pedra Filosofal fica mais útil quanto mais inteligência há sobre ela, mais inteligência, mais alcance.

          -Chegando em casa ele joga o skate ao lado do sofá, vai à cozinha e prepara uma refeição. Volta e liga o jornal no televisor, senta-se e come em silêncio. Sem pensar muito, troca de roupa, pega o skate e sai à rua remando. Faz um quilometro em sentido a uma casa de shows abandonada. Há algum tempo atrás, Korangar passou pelo lugar, invadiu e deu umas voltas até aparecer um segurança. Eles conversaram e Ciro conseguiu convence-lo a deixar andar de skate ali. O segurança não imaginava que o jovem era tão persistente, afinal ele aparecia todos os dias, sem falta e por meses. Diante da intensidade esportiva do jovem o segurança se viu convencido de que era algo sério, e deu uma permissão definitiva ao skatista emprestando as chaves da entrada.
          A sessão de skate era diária, era um galpão do tamanho de uma quadra com chão liso e teto, tinha um palco de 1,5m de altura e uma saída de escadinha. Ao longo do tempo ele colocou dois caixotes e foi montando uma pistinha. A diferença era notável, a tarde ele não esperava mais o sol, aproveitava aquele tempo e andava de skate. Chegava depois do meio dia, tirava uma listinha do bolso com todas as manobras que queria deixar na base. Fazia uma sessão e depois separava algumas horas pra aprender manobra nova. Por fim ele faz umas linhas em um circuito muito acima do nível natural.
          As sessões no galpão eram rotineiras e mesmo esgotado ele iria até lá. Mesmo que fosse pra deitar no chão e dormir na pista. A verdade é que a vontade era maior que as próprias energias. Andava a tarde até a luz do sol baixar, o galpão escurecia, era quando ele fechava e ia andar na pista pública.
          Um belo dia estava em uma sessão nos caixotes do galpão, em um silêncio que faz do skater um tubarão embaixo da água. Quando por um momento ele vê uma menina na porta de entrada, de cabelos brancos e vestido branco. Ele vai até ela que estava muito preocupada com algo. Conversaram um pouco e ela pediu para acompanha-la. Ele a seguiu sem pensar muito.
          Ciro Korangar nunca mais foi visto. E o galpão permanecesse lá abandonado. As pessoas que passam pelo local ainda afirmam ouvir barulhos de skate, mesmo sem ninguém.


Ciro episode class

          Ciro is currently studying at one of the best schools in the state. There, the focus is the scientific study in order to pre-university and Enem, enrolling its students in the best universities in the country. And he always dreamed of being a metallurgist.
           About books he fell in love with Chemistry, the study of the atom and the composition of matter. The same routine is maintained, waking up at 6 am in a small room, where the window is half-open with a curtain closed. He wakes up and the first step outside, stepping onto the skateboard beside the bed with the precision of a feline balanced between soft and firm. He proceeds to the projected dream in order to rethink the dream he had during the night. He forgets his worries and wanders between his thoughts and the water, forming a single Sound! ...
           - I was in the middle of a chapter in a book and I fell asleep. I dreamed that I was out of my own body, I looked down and noticed that I was dressed in skate clothes, sweatshirt and cap. Which is weird because I sleep without clothes on. Even though it was from a dream, I realized I was in my real-world bedroom. I realized that it was a kind of orientation towards which, I took advantage of it and pulled it by car, and then my arm crossed it and I asked ``Huh? Is this matter?’’ In this world no atom passes through another atom. It is a Law of Physics. If a skateboard goes towards a ramp it will ramp, under no circumstances would it cross it. The truth is that for every inch of spacetime you are under the matrix of physics. While it might even get through the doors, not that I could recognize objects either, the sensational difference between the metal handle and the wooden door. It was then that we realized that dreams live within the thought that can form a plan. Even though dreams are thought to be the same as dreams, which are messy, often illogical, short-lived and lack clarity. Remember that in this one I questioned the possibilities: after all, could I teleport? Can you catch the speed of a jet? Could I ever palpate the real world? Could I find some intelligent being? I decided to explore, and I dove underground at 180 km/h towards the center of the Earth. fulfill a childhood dream and be able to reach the stuffed and metallic planetary milieu of the sphere. In that plan you can take a dip and have fun without worrying about anything, about anything.
           
I repeat that, unlike this dream, the truth is that matter has a composition which includes me. In other words I made the same thing as the walls and the same circumstances, the same electronic things are similar to the same physical influences. There are 118 Tables in the table is an atom, or a set of atoms form a matter, a set of atoms and a set of atoms that are inside a planet and a reservoir of water filled by an atom. The rest of the dark matter universe which is briefly made up of space. It's empty, and there's nothing but burning gas, no right, no left, no up, no down, nothing on any horizon. If on the one hand there is nothing on the cosmic horizon, on the other hand, our planet is a perfect work of atomic matter. The book A Genesis by the author Allan Kardec puts very well, in the 19th century, a study of the formation of the planet, concluding that the relationship of information on the composition of the planet Earth is a work of intelligence. The fact is that when you learn what is on planet Earth and what is out there in the universe, you will realize that we are in a place that is as rich as it is architected:


          He turns the valve and turns off the water in the shower, grabs the towel and goes to get dressed. Then he goes into the living room and tunes in the television to Jornal News. He goes to the kitchen and starts preparing the noodles every morning. First the pan, second the water, third the stove, fourth the pasta, and stir until ready. He pours the water, seasons it and places the noodles on the plate. He goes to the room where the news is broadcast:
- War in Ukraine. 2022.

          Without being able to pay much attention, Ciro Korangar eats his noodles, thinking deeply about the structure of the atom. He recently read the best book of his life, Panorama Seen from the Center of the Universe by Joel R. Primack and Nancy Ellem Abrams. And so he came to study the picture of the atom at the quantum level:







          Empty plate he goes to the kitchen and throws it on the dishes, takes a metallic glass, fills it with grape juice and drinks like a champion. He runs and picks up his skateboard and backpack, puts his foot in the door and pads out into the street, favored by the gravity of the slope. He heads off course with the calm of an old cat, headphones on, a cool morning breeze passes, cars lazily roll along the streets, some people play sports, the buses full of people, and he tackles the tarmac to downtown. of the city. He arrives at the institution where there is a huge entrance, walks to the classroom with the skateboard under his arm, finds his place and sits down. He takes a few minutes and takes a walk on his cell phone:

          Then rewatch the new primitive DEFINE video, where it goes through the thoughts:
          - In the part of Dylan Jaeb the images follow with a lot of variation of the bases. In addition to a peculiar role, the ``floor of Fakie`` expresses how much one can develop one's own total level through a base. Come on, when he comes in and does Fakie combos, you realize there's fluidity. And as the video goes on, you realize that it's someone with all four bases. The resourcefulness. Here's what makes Dylan's repertoire so numerical. So I ask myself ``Why don't I tie myself to Fakie?``

          Chemistry teacher, Bolt Edwin, enters the room and places his books on the table. He starts the class with a retrospective:
          - Originally Chemistry was a pseudo science called Alchemy. In ancient Egypt there was an Alchemical beginning, which lasted until the Middle Ages. At dates close to the second and third centuries AD, some scholars left writings of alchemy under the pseudonym Hermes Trismegistus. That was the name of a mythological Egyptian God and among these writings they found a Table of Elements whose format looks like the Periodic Table we have today. In honor of this beginning of science, they gave the name Hermetic to the pots that seal off oxygen.
          Alchemy focused on 4 elements: Water, Air, Earth and Fire. And he also believed in the existence of the Philosopher's Stone that would be able to transmute matter. And so go 18 centuries.
          The teacher takes the book by author Luca Novelli called Lavoisier and The Mystery of the Fifth Element and narrates to the class:
           - ''Antoine-Laurent Lavoisier was born in what is defined as the Age of Enlightenment, that is, lights of reason that, very slowly, are illuminating the obscurantism of previous centuries. Alchemy has nothing to do with magic or witchcraft anymore. Now it's called Chemistry, but it's still not the science we know. Even the most serious scientists have very confused ideas about the nature of matter. Many still believe in transmutation, that is, in the possibility of transforming one element into another: for example, from lead to gold. Others have not yet given up the search for the Philosopher's Stone or the elixir of long life. Others, in turn, believe in the existence of a vital principle in the air capable of restoring life to dead creatures.
           It will be precisely the ``airs`` (or gases) that will reveal to Lavoisier many of nature's secrets. His discoveries will open the door to a future the alchemists had not even imagined.
           Lavoisier was born on August 26, 1743 in Paris. He is considered the father of chemistry. It was Lavoisier who gave oxygen its name and who discovered its role in the breathing of living beings. It was Lavoisier who removed the veil of mystery that hung in the laboratories of the last alchemists. It was Lavoisier who solved the enigma of aloofness, an element called phlogiston.''

           Bolt Edwin goes on to say:
           - The first thing you think of when you hear the word ''Acid'' is something that corrodes, right? Acid is a liquid that has electricity.
           
Imagine that a glass of water is made up of thousands and thousands of atoms, it is not possible to see a single atom, although when the atoms come together they form a single substance that is visible, water is made up of 3 atoms and is an amazing liquid mineral:

Minerals are chemical compounds. Compounds are substances formed with more than one element. Two or more atoms that form a material.

          Now take the Periodic Table and notice that each Element in it is an atom. Understand that from one element to another the difference in their identities is in the variation of attributes.



          In the study of the composition of Acid:

          If the substance of Bromine with Hydrogen: HBr
Enter the water: H2O
A chemical reaction takes place given by the formula:

HBr + H2O -> H3O + Br

          The reaction of mixing the atoms is not complete in this formula. But it is visible that the Hydrogen left the Bromine and went to the water molecule.
          Molecules are bound together by the electromagnetic areas of the atoms, so when the atoms detach, electrons pass between them. So the complete formula is:

HBr + H2O -> H3O+ + Br

          When Hydrogen leaves Bromine it leaves its electron and comes out electrically positive. And Bromine with an extra electron is electrically negative. The new substance is an electrically charged acid.





          Everything that loses an electron or gains an electron is called an ion, which are classified into two:
Anions – These are atoms that become Negative.
Cations – These are atoms that become Positive.

          The teacher takes a short break and goes to get a refreshment. Meanwhile, Ciro begins to reflect:
          - The interesting thing is that it is not something imaginable. It's not that easy and let's say that a glass of liquid has so much atomic information that it doesn't fit into consciousness. Consciousness does not conceive of a word, consciousness does not conceive of a liquid cup. If calculating on a stopwatch: How long does the mind take to understand a word? (Ion, Cation, Anion, Electrolytic, Barion, Hadron, Quark). If in the face of information you naturally have potential in your eyes, what makes us not understand anything?
          I know that when you have love for something, you give it the most energy and that's what results in the human understanding. The fact is that I don't look at a soda with conscience, honestly I look without realizing the amount of information.
          
Skateboarding is very important to me. But I imagine a Scale of Importance and I put from the first to the hundredth place what fits the merit of the position. And by God, what position do I place concern for my ability to understand? In other words, how complex can a soda be?





          Professor Bolt Edwin returns speaking:
          
- The set of an oxygen atom and a hydrogen atom is called hydroxyl (-OH). Hydroxyl enters chemical formulas at the end, with the name ``Ol`` as is notable in Alcohol[ol]. Following this principle, imagine a bottle of Gin, a bottle of Whiskey, and a bottle of Wine. All these beverages are composed of hydroxyl -OH molecules. If alcohol is the molecule of hydrogen with oxygen, perhaps it is the oxygen itself that sets the high state.




          The study of the Arrhenius Base has the Hydroxyl (-OH) and follows the same direction:

A substance of Lithium and Hydroxyl: LiOH
A substance of water: H2O

LiOH + H2O -> ?
LiOH + H2O -> Li+ + 2OH

Lithium leaves its electron and goes positive.
Hydroxyl absorbs the electron and passes negative.
Realize that water is originally: H2O, H2O, H2O.
In this formula it is configured by Hydroxyl: 2OH, 2OH, 2OH.
The new substance is electrically charged with 2OH and Li+
And this is an Arrhenius Base that is electrolytic.

          In the study of Acid and Base, Arrhenius discovered that when the two substances are joined together, they neutralize each other and transform into Water and Salt.

Mixed
(Ácido H3O+ + Br) + (Base OH + Li+) -> 2 H2O + LiBr
Water and salt.

          This was the Doctoral Tcc of the chemist Svante Arrhenius who studied the electricity of liquids. He was one of the leading scientists of the 20th century. And you've just read a lifetime's work.

          If we went into Biochemistry, into the study of Chemistry in food, we would go through the disappointment of discovering that glucose is not electrolyte. I know that we imagine that when we eat a caramel we are going to run away that everything turns into energy. But glucose does not conduct electricity. Biological processes take place in a chemical domino inside the organism, when ingesting glucose it goes through several steps until it is reserved inside the cell as ATP. You would need to see the formulas and the transformations, but in short the ATP molecule needs to transform into ADP (Adenosine Diphosphate). And then the ADP molecule heats up in a chemical burn and finally turns into energy.
          Realize that the strange thing about all this is that, if it were not so and there were no steps, when you ingest a caramel and the glucose burn occurs immediately, you yourself would not have time to exist. Do you realize that the more complex a chemical reaction, the more time you buy? It is as if information were justified in the existential matrix, so information gives time more and more purpose.




          Finally, the professor quotes the narrative of the book - Mendeleev, Dmitrij Ivanovic (1834-1907) Russian Chemist. He discovered that, by ordering the Elements according to the weight of their atoms, a certain periodicity, that is, a rhythm, was clearly revealed.

          At the end of class in a desired college where those who study have a guaranteed future. Ciro Korangar leaves the room thinking about Alchemy, and thinks about the Philosopher's Stone, why was it so sought after in the Middle Ages? He walks home with his skateboard under his arm, while he gives wings to his imagination by setting up a digression of what would be the dream of the 15th century in the present day:
          - The word ``rich`` is not enough to define me. Let's say that there are riches that are indefinable and eventually my influence on matter takes me to a sublime level. After much study and repeated experiments I managed to obtain a crystal that is capable of emitting light on matter and configuring it as I wish. I managed to forge The Philosopher's Stone, and now I can turn earth into gold. From this I will follow a plan, I will first exchange a few kilograms of gold for a few hundred thousand reais, I buy a house with a very large plot of land. This location will have an office and a skating rink, as well as a fortune lab and from this point forward the sky is the limit. I could convert land into an airplane! Although my wish doesn't have all the necessary information of an airplane. Inside the metal housing there is a multitude of mechanical engineering, and details in this grandeur need to be perfect. These are factors that limit the Philosopher's Stone. I can still buy a plane having an inexhaustible supply of gold after all.
          Throughout this history the Philosopher's Stone has proved to me that I am an ant, among ants, in an anthill, and I think like an ant. It's not even possible to materialize a Skate at once, I have to make it piece by piece and then assemble it. Everything convinces me that the elemental matter on this planet Earth is so crafted and organized that this is what counts. You know metals aren't worth that much to me, although in airplane form they are. Converting matter starts to require a lot of intelligence, fulfilling your own desires proves your own level. After all, nothing is simply pure, intelligence is something profound. In this sense, the Philosopher's Stone becomes more useful the more intelligence there is on it, the more intelligence, the more reach.

          Arriving home, he throws his skateboard beside the couch, goes to the kitchen and prepares a meal. He comes back and turns on the newspaper on the TV, sits down and eats in silence. Without thinking too much, he changes his clothes, picks up his skateboard and goes out paddling. He makes a mile towards an abandoned concert hall. Some time ago, Korangar passed by the place, invaded and walked around until a security guard appeared. They talked and Ciro managed to convince him to let him skate there. The security guard had no idea that the young man was so persistent, after all, he appeared every day, without fail, and for months. Faced with the young man's sporting intensity, the security guard was convinced that it was something serious, and gave the skater definitive permission by lending the keys to the entrance.
          The skate session was daily, it was a shed the size of a court with a smooth floor and ceiling, it had a 1.5m high stage and a stairwell exit. Over time, he placed two crates and built a little track. The difference was remarkable, in the afternoon he didn't wait for the sun anymore, he took advantage of that time and went skateboarding. He arrived after noon, took a list out of his pocket with all the maneuvers he wanted to leave at the base. He would do a session and then set aside a few hours to learn a new maneuver. Finally he makes some lines in a circuit far above the natural level.
          The sessions in the shed were routine and even exhausted he would go there. Even if it was to lie on the floor and sleep on the dance floor. The truth is that the will was greater than the energies themselves. I walked in the afternoon until the sun went down, the shed got dark, that's when it closed and went for a walk on the public lane.
          One fine day I was in a session on the crates of the shed, in a silence that makes the skater a shark under the water. When for a moment he sees a girl at the front door, with white hair and a white dress. He goes to her who was very worried about something. They talked a little and she asked to accompany her. He followed her without much thought.
          Ciro Korangar was never seen again. And the shed remained there abandoned. People who pass by the place still claim to hear skateboarding noises, even without anyone.


Um episódio que cheira a panetone!

          Ciro Korangar andou de skate todos os dias do ano, não faltou um único dia, skatando em feriado, skatando na chuva, dando um jeito de skatar seja lá qual fosse a ocasião. Andou tanto tempo de skate que pagou o preço por isso. Quando foi chegando dezembro, Ciro foi tomado pela comoção, já estava chegando o Natal. Ele se deu conta de que não havia planejado uma festa, e relembrou que as pessoas costumam preparar enfeites e organizam uma ceia. Embora ele soubesse no fundo que a data não passaria em branco, comemoraria tomando uma cerveja com os amigos.
          Chegou dia 25 de dezembro e passou-se um dia normal, saiu com os amigos anoite, mesa de bar e cerveja, e voltou pra casa, bêbado. Os dias seguiram, passou a festa de Réveillon. E ele que não fez nada demais, percebeu com o passar dos dias de que desperdiçou datas especiais. O natal é um dia esperado o ano todo, existe toda uma temática, as pessoas enfeitam as casas, há pisca-piscas e bolinhas em todos os lugares, e os ares tomam uma vibração mágica. É um período insuperável, os doces são recheados com frutinhas, as paredes ficam verdes e vermelhas de tanto enfeite de planta e meia. Há um desejo no fundo do imaginário que espera a meia-noite, abrir os presentes em embrulhos metálicos e laços borboletas. Quando ele olha ao redor e questiona o fato de não haver enfeites, se pergunta ''por que'' muitas vezes, e não encontra respostas. Perturbado pela fajutes decidiu tomar a iniciativa, determinou que deixaria pronto o próximo natal!
          No mês de julho do ano seguinte já avisou os amigos, o natal seria em sua casa. Começou a preparar a festa e planejou detalhe a detalhe. Aprendeu tudo que pôde a respeito da temática, conheceu as lojas e até desenhou no papel um plano de enfeites. Prontificou um drink de natal simples:

Adrenatalina de Natal
********** On The Rocks cheio de gelo.
********** 100ml de Gin
********** 50ml de Groselha

Pode enfeitar com um guardachuva comestível, e depois é só correr pro abraço.

          Organizou uma playlist de Jingle Bells, uma ceia típica, e tudo em um ambiente natalino digno, há meses do natal. Então fez convites mais formais aos amigos, afirmando que a festa estava pronta e coroava uma data incrível.
          
Finalmente chegou o dia 25 de dezembro. Ele abre os olhos e acorda em um sonho vendo as luzes de pisca-piscas, sentindo o cheiro de cerejas, desejando açúcar e panetone. Vai até à cozinha e toma um café da manhã perfeito. Dá um play no celular e recebe a notícia de que um amigo havia cancelado. Algo decepcionante e tranquilo, abriu um livro e ficou a ler. Um segundo amigo manda mensagem avisando que precisava cancelar. Algo desanimador, ele come um pão e percebe que o silêncio de uma terceira amiga também indicava um cancelamento eventual. Foi quando ele olhou ao redor e viu um natal mágico ecoando, e percebeu que a festa, mesmo pronta, passaria sem ser festejada. Ele liga o televisor onde passa um clássico de natal, e pensa ''não sei o que fazer agora''. Pensa um pouquinho, olha para os lados, vê as garrafas de Gin, decide pisar na jaca, então toma um shot e prepara um Cocktail. Liga os Jingle Bells na caixa de som, acende todas as luzes natalinas, e começa a dançar sozinho em cima do tapete, tomando Adrenatalina e rindo. Fica uma lição nesse natal, não há nada melhor do que as sensações internas. Ele liga o X Box e dá play no Skate XL ouvindo Merry Litmas bêbado:

Ciro in an episode that smells like panettone!

           Ciro Korangar skated every day of the year, he didn't miss a single day, skating on holiday, skating in the rain, finding a way to skate whatever the occasion. He's been skateboarding for so long that he paid the price for it. When December arrived, Ciro was taken by the commotion, Natal was already approaching. He realized that he hadn't planned a party, and he recalled that people inquired about details and organized a supper. Though he knows deep down that the dice wouldn't go unnoticed, celebrating over a beer with his friends.
           He arrived on the 25th of December and it was a normal day, he went out with his friends at night, at a bar and beer, and returned home, drunk. The days followed, the New Year's Eve party passed. And he, who didn't do anything much, realized as the days went by that he wasted special dates. Christmas is an expected day all year, there is a whole theme, people decorate the houses, there are flashing lights and polka dots everywhere, and the air takes on a magical vibe. It is an insurmountable period, the sweets are filled with berries, the walls are green and red with so much plant and sock ornament. There is a desire deep in the imagination that waits for midnight, to open presents in metallic wrappings and butterfly bows. When he looks around and questions the fact that there are no embellishments, he asks himself ''why'' many times, and finds no answers. Disturbed by the fajutes, he decided to take the initiative, determined that he would have the next Christmas ready!
           In the month of July of the following year, he already warned his friends, Christmas would be at his house. She began to prepare the party and planned it detail by detail. She learned everything she could about the theme, got to know the stores and even drew a decoration plan on paper. She prepared a simple Christmas drink:

Christmas Adrenataline

********** On The Rocks full of ice.
********** 100ml of Gin
********** 50ml of Blackcurrant

You can decorate with an edible umbrella, and then just run for the hug.

           He organized a Jingle Bells playlist, a typical supper, and all in a dignified Christmas atmosphere, months before Christmas. Then he made more formal invitations to friends, stating that the party was ready and crowned an incredible date.
           
Finally, December 25th arrived. He opens his eyes and wakes up in a dream seeing the twinkling lights, smelling cherries, craving sugar and panettone. He goes to the kitchen and has a perfect breakfast. He presses play on his cell phone and receives the news that a friend has canceled. Something disappointing and peaceful, he opened a book and read. A second friend texts him that he needs to cancel. Something disheartening, he eats a loaf of bread and realizes that the silence of a third friend also indicated an eventual cancellation. That's when he looked around and saw a magical Christmas echoing, and realized that the party, even ready, would pass without being celebrated. He turns on the TV where a Christmas classic is playing, and thinks ''I don't know what to do now''. He thinks for a while, looks around, sees the Gin bottles, decides to step on the jackfruit, then takes a shot and prepares a Cocktail. He turns on the Jingle Bells on the speaker, turns on all the Christmas lights, and starts dancing alone on the rug, drinking Adrenaline and laughing. Here's a lesson this Christmas, there's nothing better than internal sensations. He turns on the X Box and plays Skate XL listening to a drunk Merry Litmas:

Ciro em brasa num episódio fantasma




          Em seus vinte e poucos anos Ciro viveu experiências que compuseram uma bagagem profunda. Imagine que há na vida um sistema de desafios estruturado em fases, onde a medida de suas conquistas o coloca em uma escala de graduação de consciência interna, e quanto mais alcance nesses níveis conscienciais, externa-se um potencial incrível desde o reconhecimento sólido da matriz existencial, ao perfil de sujeito forte e hábil frente a realidade. Ser humano é como ser uma pedra mineral, destinada ao refino até tornar-se uma esmeralda de joalheria. Não é possível fugir disso e viver em um outro mundo de flutuação e moleza. Embora passar por fases seja difícil e nada prazeroso, Ciro Korangar conta a respeito de uma difícil fase da vida:

          - Eu vivia uma vida normal como todas as outras pessoas, o problema é que o pano de fundo da minha história não continuaria imperceptível, se expressou e precisou ser decifrado. Vou recapitular que as histórias dos livros não costumam ser contadas em perfeita linearidade, talvez não sejam notadas as steinheggers das árvores que compõe o conto, talvez se descarte, ora, por hora, a descrição a respeito da densidade dos planos dos personagens. Contar a profundidade dessa história vai exigir o embarque em um carro do tempo programado para 5 anos atrás, e fazer uma viagem para o passado:
Voltando no tempo...

          
Estou passando pelo luto da última pessoa que me restava, minha mãe lutou contra o câncer por dois anos e faleceu. Nos primeiros dias eu não conseguia falar nem ver, permaneci em estado de silêncio por semanas até que os hábitos fossem retomando-se aos poucos. O silêncio nessa casa é muito intenso, o ambiente possui um mesmo ar de concentração sem fim, e muitas vezes eu perco a noção do tempo e sobre os livros muitos dias passam. A rotina é persistente e normal, vindo de anos de leitura, passo cerca de 10h lendo e quando dão altas horas da noite, levanto da cadeira e dou uma volta. Vou às escadas de incêndio e me sento nos degraus enquanto deixo a mente flutuar e dizer tudo o que quer dizer.
          Em mais uma noite parei sentado e quieto nos degraus daquela escadaria sem nada além de uma fraca luz de emergência. Foi quando algo vindo da escuridão pronunciou palavras claras. Procurei a origem da voz e não encontrei, foquei em um canto escuro e percebi o formato de uma pessoa, embora estivesse invisível era um ser perceptível. A figura não possuía nenhuma solidez material, era de um aspecto enevoado na penumbra, uma espécie de holograma sombrio. Era possível sentir que ele estava ali, sentir o formato, sentir que emitia alguma consciência, continuava possuindo a leve densidade de um Fantasma! Falei diretamente com a sombra pra ver se respondia. Depois passei a mão pela área da entidade e a impressão foi que aquele ser já havia passado por ali, trazendo a ideia de que havia uma diferença de tempo entre nós. Então percebi que o instante em que ele falou não foi o instante que eu ouvi, o instante em que ele passou não foi o instante que eu percebi. Ele não estava sendo descoberto, a verdade era que a manifestação desse ser era intencional. Quando se pronunciava, por vezes, não parecia confiável e suas intenções davam um salto para o caráter perverso. Resolvi ignorá-lo e deixar o assunto no esquecimento, fui pra casa e liguei o televisor, sentei no sofá, assisti o jornal JG e fui dormir.

          Outro dia sigo a mesma rotina até o anoitecer. Por volta das 22:00hrs vou até as escadas, sento nos degraus e deixo ecoar as ideias que transbordam.
          - Você vai lá amanhã? - Algo vindo das sombras incontestavelmente se manifesta. Uma frase inteira e inteligente, ainda que consciente sobre afazeres pessoais. Ao canto das escadas era visível o salto de uma figura que havia passado por ali. Fiquei por ali até que então ouço um som sobre o teto - uma cadeira arrastando em uma sala. - Mas sobre o teto da escadaria de um edifício o que há são escadarias, não existe essa sala. Ué, então passei a questionar se eramos do mesmo mundo. Essa entidade estava brincando comigo? Como eu poderia saber o nível de alcance dele sendo invisível e pertencente a um tempo diferente do meu. Pressupus que as escadarias pudessem ser um local que é ponto de relação entre o meu nível material, e o desta entidade pensei que fosse um espaço espiritual.

          Indefeso naquele instante, voltei pra casa ao passo de 9 metros/s! Repensei tudo que se passou observando o passar dos minutos de um relógio. Logo recapitulei alguns fatores: você consegue se lembrar dos Ghost Busters? Existe o filme e o programa de televisão, onde os Caça Fantasmas vão até os locais mal-assombrados. Trata-se de uma profissão real e as equipes vão aos locais muito bem preparadas com equipamentos, usam medidores eletromagnéticos constatando se onde há a manifestação há oscilações elétricas sobre o espaço. Também levam amplificador de áudio onde captam o som ambiente e quando repassam aumentam o volume nos headfones, conseguindo muitas vezes captar falas que eram imperceptíveis. Usam câmeras de vídeo e máquinas fotográficas afim de registrar qualquer encontro fantasmagórico. Além de tudo as equipes possuem Walkie-Talkies, termômetros, e diversos equipamentos. O trabalho deles é localizar a entidade, compreender a razão das manifestações, e por fim conseguir fazer com que o lugar deixe de ser assombrado. Essas caçadas são reais e perduram com milhares de encontros que vão desde fantasma de animais a Orbs fantasmagóricas que passeiam conscientemente por locais mal-assombrados.
          
Um dos casos mais emblemáticos foi o da Brown Lady, que seria o espírito de Dorothy Walpole que permanecia vivendo na casa da família Raynham localizada na Inglaterra. Após o conflito de um casal do século XVIII, o marido trancou a esposa em um dos quartos de Raynham, onde ela veio a falecer de varíola. Tempos mais tarde, por volta de 1936 dois fotógrafos de revista foram a mansão preparar uma matéria imobiliária. Ao entrarem na recepção avistaram na escadaria a figura de uma mulher se materializando e descendo os degraus. Quando um deles preparou a câmera rapidamente e fez a famosa foto da Dama de Castanho:



          Joshua P. Warrer em seu livro Como Caçar Fantasmas cita a Brown Lady de Raynham entre outros casos de registros fotográficos documentados. O tema pode ser contestado e a palavra ''Fantasma'' pode ser mal compreendida. Existem outras obras que estudaram o tema, mesmo que sob os limites de seu tempo. Ligam-se obras que são respeitadas pelo início do estudo e que são desprezadas pela imaterialidade das provas científicas. Considera-se ainda que estudos iniciam-se superficialmente como foi a Química pra Lavoisier. Embora a experiência pessoal seja a prova mais intensa para alguém. Vou contar uma experiência pessoal e depois classificar apropriadamente a palavra Fantasma.
          Estava eu entre afazeres pela casa, e na cozinha planejada há uma estante de três alturas, onde no segundo andar estava um litro de Qboa, água sanitária. E quando eu entro na cozinha aquele litro de Qboa se arremessa frente ao meu peito, não como a simples queda de um objeto, mas como se alguém tivesse atirado a Qboa com a mão em um notável cinético afronto. Para a vista Pessoal, a mensagem foi muito clara naquele momento, então peguei a agenda e relatei o acontecido descrevendo-o mesmo que parecesse irreal. 

          
No livro do Joshua há uma classificação de fantasmas que evita confusões entre os relatos. Havendo portanto, Foco! Desse modo se avalia assombrações caso a caso: 

 
Impressões
          ''Entidades são normalmente algum tipo de vestígio de uma criatura viva. Mas e quando há fantasmas de objetos inanimados? Um exemplo clássico é o Holandês Voador, um agourento navio-fantasma. Por cerca de dois séculos ele tem trazido desgraça para aqueles que o veem.
          De acordo com a lenda, o cruel capitão do navio era um homem rígido e destemido. Quando ele e sua tripulação navegaram com a fantástica embarcação pelo cabo da boa esperança, abaixo do extremo meridional da África, uma tempestade escura e aterrorizante surgiu. A tripulação, assustada, implorou que o capitão navegasse para um porto seguro. Ele, totalmente bêbado, vociferava. Então gargalhou de maneira demoníaca enquanto gritava para Deus: ``Você não tem poder para afundar meu navio!`` Não é de surpreender que a embarcação tenha afundado.
          Até hoje, o Holandês Voador é visto navegando pelas águas inquietas. Conforme a tempestade se intensifica, ele emerge, como de uma névoa, e então boia pelo mar escuro uma luminescência espectral brilhando em todo o seu contorno. Depois, o navio desaparece em uma distância imprecisa. Acredita-se que alguém que observa essa visão deve aportar imediatamente.
          Esse barco é obviamente o que pode ser considerado uma coisa sem consciência. Na verdade, até onde nos diz respeito, ele nunca teve consciência ou vida para começar. Você pode ver como uma aparição dessas entra em conflito com nossas ideias sobre entidades. [b]É verdade que todos os objetos, até mesmo navios, têm um corpo de energia eletromagnética.[/b] Mas, se não estamos falando de mais nada além de um ''navio de energia'' que pode boiar por aí da mesma forma que um navio físico, por que ele flutua pra longe ou vai pra terra firme? Por que ele sempre é visto na mesma área geral sob as mesmas condições gerais, navegando da mesma maneira geral?

          Algumas vezes, fantasmas não parecem conscientes. Eles ignoram completamente os observadores, e sempre olham e agem da mesma maneira quase como uma gravação exibida de novo. Na prática, o fenômeno não é muito diferente de um curta-metragem em grande escala. Falta a eles a sensação de espontaneidade e interação encontrada em uma entidade.
          Por exemplo, se um assassinato cruel ocorre no quarto de uma casa, durante anos testemunhas podem ver o assassinato específico reencenado na cama. Cada incidente será idêntico, e o assassino e a vítima não se comportarão como se estivessem sendo observados. É como se o evento gerasse no ambiente uma impressão que fosse de alguma forma registrada.
          Estive em vários locais assombrados por espíritos de índios. Eu mesmo ouvi as batidas baixas de tambor que se deslocavam pela noite. Na verdade, minha equipe foi até mesmo capaz de gravar esse fenômeno. Por incontáveis anos, as batidas de tambor ressoavam nas colinas e vales. Ora, o ritmo espiritual delas está literalmente impresso sobre a área? Em algumas ocasiões - as ocasiões certas - ele emerge de novo?
          Quando parece que um evento significativo ou persistente foi impresso no ambiente, isso é chamado, de maneira bem apropriada, de Impressão. Já que também se referem a esse fenômeno como uma ''assombração de memória do lugar'' ou ''assombração residual do lugar''. Aliás, alguns parapsicólogos usam apenas o termo assombração ou assombrado para descrever o fenômeno. Você deve perceber que, neste livro, as palavras ''assombrado'' ou ''assombração'' são usadas no seu sentido mais geral, aplicado tanto a impressões psíquicas como à atividade de entidades conscientes. Para nós, um local assombrado é um lugar onde a atividade de fantasmas de qualquer tipo persiste por mais de um ano.
          Impressões são quase sempre vistas, e algumas vezes ouvidas. Em casos raros, uma impressão também pode ser sentida. Isso equivale a dizer que, se você vir uma impressão de um veículo acelerando em sua direção, ele vai normalmente passar por você. Por outro lado, existe a chance de ele não passar por você. Em alguns casos, uma impressão é mais do que apenas uma experiência auditiva e visual. Neste caso, você pode se machucar. Uma presença física real pode ser reproduzida quando a impressão se põe em movimento. Embora seja conveniente pensar em uma impressão como um filme curto gravado naturalmente, você deve se lembrar de que esse filme é capaz de registrar alguns ou todos os aspectos de uma experiência realista, integral e tridimensional. No entanto, eles apenas reproduzem alguns segundos, até um minuto, e só são vistos quando atendidas algumas condições desconhecidas. Mesmo as ''impressões de aniversário'', vistas em uma certa época todos os anos, nem sempre são confiáveis. Alguns observadores as veem e outros não. Esses atos gravados podem se reproduzir apenas quando certos fatores ambientais estão presentes. Eles podem, portanto, ser influenciados pela presença de íons eletrostáticos, pelas mudanças magnéticas da terra, por padrões do clima ou por qualquer número de variáveis atualmente desconhecidas. Isso significa que, virtualmente, qualquer um pode observá-los se as condições forem atendidas. Por outro lado, a capacidade de observar impressões psíquicas pode, em vez disso, residir no olho do observador. Se essa informação é retida em uma forma que apenas algumas pessoas podem ver ou sentir, um observador que inconscientemente tem essa habilidade pode ficar surpreso em observar um incidente que os outros não veem ou não podem ver.
          Mas por que um acontecimento imprimiria a si mesmo no ambiente? E como? Albert Einstein uma vez disse: ''A distinção entre passado, presente e futuro é apenas uma ilusão, no entanto persistente.''

 Distorções
          ''Muitos investigadores tradicionais de fantasmas estudam apenas entidades e impressões, que são a base de 90% dos locais assombrados. No entanto, agora iremos nos aprofundar nos extremos da pesquisa paranormal. Vamos começar com o mais complexo de todos eles.
          Se um local é assombrado por uma entidade, certas marcas de identificação são exibidas. A atividade será espontânea, errática e interativa. Se for uma impressão, será não consciente, previsível e não prestará atenção no que a rodeia. Algumas vezes, você pode encontrar um lugar com ambos. Mas e quando você encontra um lugar que inclui outras coisas além desses dois tipos de atividades?
          Minha equipe e eu investigamos uma propriedade onde um número impressionante de ocorrências paranormais tinha sido relatado. Havia entidades conscientes que amarravam fisicamente os donos da casa, deixando cortes e machucados nítidos. Partes da casa e os veículos da propriedade explodiam em chamas sem explicação. Com frequência os visitantes ficavam doentes ou sofriam de ataques surpresa de dores e enjoos. Um bombardeio de impressões pulsava pelo terreno, e os donos captaram milhares de imagens anômalas em vídeo ou em fotos. Houve até mesmo uma ocasião em que alguém na casa virou-se para se descobrir diante do que parecia ser outra dimensão: um lugar horrível e surreal, com nuvens em redemoinho e atividade perturbadora. Então, ela desapareceu. Pequenos objetos, como talheres e canetas, transportavam-se para outros locais. De modo geral, qualquer tipo de manifestação fantasmagórica era possível, algumas vezes ocorrendo por meio de sincronicidades extremas e negativas.
          Até o momento, a atividade que estivemos abordando é causada primariamente por eventos extraordinários que podem ter afetado qualquer local. No entanto, algumas vezes parece que o próprio local tem algo a ver com a atividade fantasmagórica. A terra não é uma esfera perfeita. Na verdade, ela tem uma forma semelhante a uma pêra. Por causa disso, ela vibra em seu caminho de órbita. Basicamente, ela está longe de ser um corpo perfeitamente equilibrado no espaço. O campo magnético da terra corresponde à forma física do planeta. O campo tal como ela, não é equilibrado. Parece lógico que alguns lugares no planeta sejam sujeitos a atividade geomagnética incomum, maior ou menor que no restante da terra. Isso nem sequer leva em consideração os campos magnéticos causados por estresse físico nas falhas geológicas. Partes diferentes da superfície são também afetadas de uma maneira única com base em sua posição em relação ao sol. Este lança rajadas maciças de radiação na terra, e alguns lugares são mais, ou menos, afetados por isso também.
          Há lugares na terra onde as leis da física parecem ser distorcidas, e a realidade algumas vezes se comporta de maneiras não familiares, criando efeitos fantasmagóricos. Esse tipo de local é o que chamamos de distorção. Eles são raros, mas, quando um deles é localizado, em geral torna-se popular bem rápido. As pessoas ficam entusiasmadas com a ideia de ir para um local onde quase tudo pode acontecer. Uma das distorções mais populares é o Triângulo das Bermudas.
          Pensar no Triângulo das Bermudas normalmente evoca imagens de navios afundando e aviões caindo. Realmente, desde 1900, mais de mil pessoas desapareceram sobre as águas entre as Bermudas, a Flórida e Porto Rico. Ainda mais convincente do que o número de desaparecimentos é a maneira como se manifestam. Por exemplo, considere os cinco aviões da marinha que desapareceram ao mesmo tempo em 5 de dezembro de 1945. Um pedido de socorro foi enviado pelo líder: ``Não podemos avistar a terra... Tudo está errado... Estranho. Não podemos ter certeza de nossa posição. Parecemos estar perdidos. até o mar não se mostra como deveria``. O contato foi então perdido e enviaram um avião de resgate logo em seguida. Ele também desapareceu prontamente. Nenhum traço dos seis aviões foi encontrado até hoje.
          Pilotos frequentemente comunicam interferência com os instrumentos na área, como ponteiros de bússolas girando. Além disso, raios e bolas de luz misteriosos são vistos voando rapidamente por certas regiões. A primeira pessoa que registrou tais iluminações foi Cristóvão Colombo, em 1492. Ele escreveu sobre elas em seu diário de bordo. Não faltam contos de fantasma na área, incluindo aparições, impressões e ``deslizamentos temporais``.
          Nos anos 80, Rick Stratton - um técnico de equipe de televisão com cerca de 20 anos - e um amigo alugaram um chalé bem no interior da Nova Inglaterra. A casa isolada foi construída por colonos morávios no século XIX. Ele achou bom morar lá por várias semanas e não vivenciou nada fora do convencional. Uma noite, ele entrou na cozinha para pegar uma bebida. Quando passou pela porta, foi imediatamente surpreendido. A cozinha parecia completamente diferente. A sala inteira parecia ``antiquada``. O mais estranho de tudo: um homem estava sentado à mesa comendo, e uma mulher estava parada em frente à pia. Eles estavam vestidos com roupas antigas. O homem e a mulher, idosos, olharam para Rick e seus olhos saltaram de surpresa, como se estivessem vendo um fantasma. Rick os encarou por alguns segundos, cada pessoa sem fala. Então eles sumiram, e a cozinha voltou ao normal.
          Esse tipo de experiência não é um simples caso de uma entidade. A sala inteira estava diferente. Também é uma impressão, já que o homem e a mulher estavam conscientes do observador e reagiram a sua presença. Então a onde isso nos leva? É o tipo de fenômeno que podemos chamar de ``deslizamento temporal``. Pareceu que dois momentos no tempo, um no século XIX e outro no final do século XX, deslizaram e se combinaram por um período curto. Tal fenômeno pode ocorrer no local de uma distorção. Você pode ver porque ele ainda é classificado como fantasmagórico - ele demonstra atividade que nos permite observar algum resquício do passado, ou ao menos pensar que podemos observar.
          As distorções exemplificam as questões mais complicadas com que a ciência se depara hoje. Esses são os lugares onde a realidade não é apenas afetada por uma anomalia, mas onde a própria realidade se comporta de uma maneira anômala. Elas podem distorcer todas as suas ideias sobre como a realidade funciona. O que é em cima pode passar a ser embaixo, e dentro pode virar fora. O tempo pára, se inverte, corre para a frente, ou não tem nenhum senso de direção. Você pode ter alucinações, ou descobrir que o ambiente a seu redor mudou por um período imensurável. Pode haver uma quantidade inacreditável de energia eletromagnética, ou, surpreendentemente, nenhuma energia. Basicamente, as distorções são pontos ativos amorfos de fenômenos fantasmagóricos e atividade paranormal em geral.
          É difícil definir as distorções, já que o âmbito de suas manifestações pode ser completamente estranho e imprevisível. Elas são uma espécie de miscelânea paranormal. Por essa razão, é fácil, para alguns, olhá-las com desdém. Elas são difíceis de definir. As distorções não são ativas o tempo todo, e as condições necessárias para despertar sua atividade são um mistério.
          As distorções são com frequência cheias de entidades - algumas vezes centenas ou milhares. Talvez por distorcerem o espaço/tempo elas consigam criar portais naturais. Esses portais são ``entradas`` pelas quais uma entidade pode ser capaz de se materializar, ou ganhar algum tipo de acesso físico, mais facilmente. Em geral, essas entidades também são capazes de gerar mais força devido ao ``véu rarefeito``.

          É raro achar uma distorção forte. No entanto, se você encontrar, ela pode fornecer toda uma vida de material de pesquisa. Muitas vezes acredita-se que locais sagrados sejam distorções, especialmente aqueles escolhidos pelos antigos celtas e egípcios. Alguns até acreditam que as pirâmides foram feitas para criar distorções. A ideia é que tais estruturas, pela natureza de seu projeto, manipulam energias.
          Qualquer que seja o caso, nosso planeta é, em muitas maneiras, superior a nossa tecnologia. Capacitores (dispositivos para armazenar, reforçar e manipular cargas elétricas) não tinham sido ``inventados`` até 1745, quando o cientista alemão Ewald Georg von Kleist desenvolveu a primeira jarra de Leyden. No entanto, por bilhões de anos, a terra tem sido um capacitor natural. O chão é um eletrodo, a atmosfera superior, outro, e o espaço entre eles, um isolante. A vida na terra era movida a energia solar bem antes de Einstein explicar o efeito fotoelétrico. Muitas e muitas vezes nos descobrimos imitando a natureza, mas nos dando tapinhas nas costas como se o conceito fosse originário dos humanos. Por outro lado, há ainda uma porção de fenômenos incríveis produzidos pela natureza e que o homem nunca aprendeu a duplicar para propósitos práticos.
          Você pode ter lido sobre buracos negros. São áreas de massa tão densa que até mesmo a luz não consegue escapar. Durante anos, os buracos negros foram considerados frutos da imaginação. Agora, cientistas confirmaram que eles realmente existem. O famoso físico teórico Stephen Hawking. Trata-se de uma emanação de energia que pode indicar a presença de um buraco negro. Ela é baseada na ideia de que algumas partículas podem escapar de um buraco negro - aquelas lançadas de volta ao espaço conforme o buraco negro lentamente se dissolve com o tempo. Dentro de um buraco negro está um ponto chamado de ``singularidade``. É o ponto no qual as leis da ciência falham e não podem ser aplicadas.
          É possível que, algumas vezes, algum tipo de fenômeno limitado semelhante a uma singularidade possa existir em alguns lugares na terra? Normalmente, a atividade de fantasmas trata de um aspecto do passado que ainda representa um papel paranormal no futuro. Uma distorção é um lugar que pode essencialmente turvar as distinções de passado, presente e futuro. Quando você encontrar uma dela, esteja preparado para tudo.
Distorções são:

1. Áreas onde as leis convencionais da física podem falhar.
2. Lugares onde o tempo linear nem sempre se aplica.
3. Locais infestados com entidades, impressões e uma porção de outras atividades paranormais.
4. Áreas imprevisíveis que podem distorcer as percepções além do entendimento da lógica.''

 Arauto
          O espaço e o tempo são relacionados de modo que um passo espacial tem um calculável significado temporal, logo o espaço é o tempo. Segundo a Teoria da Relatividade de Einstein a matéria curva o espaço-tempo. Nesse sentido quando um planeta está se formando o espaço ao redor curva-se, e esses arcos espaciais moldam a matéria em uma bola, formando um planeta. O arquejo espacial dá movimentos circulares a esfera que é o planeta fazendo com que esse habitat de espaço tenha seu próprio tempo cíclico.
O Arauto é o fantasma que em seu plano pisa na realidade e também transita pelo tempo vagando entre o passado e o futuro sem restrições temporais.
A verdade é que um número muito grande de obras relata futuros longínquos, feito que é muito similar ao potencial do Arauto. O que é visível em Dom Quixote de Miguel de Cervantes, com citações do que será o videogame, entre os séculos XVI e XVII. Há outras obras muito próximas da figura do videogame, como a obra de Joachim Patinir no Século XVI, o traço do quadro Crossing the River Styx é muito próximo do desenho de jogos.

Poltergeist
          São resumidamente espíritos que se manifestam com alguma materialidade. Os relatos são de cadeiras que se movem, e leves contatos com o mundo real. 

          
Ciro Korangar concebe que o fato de ter tido uma ligação com a entidade não era um bom presságio. Vamos lá que essa comunicação intermediava espaços distintos. Em outras palavras, de que modo a mente humana atende uma onda sonora sobre o espaço partindo de algo imaterial? Seria possível um objeto nesse sentido? Uma caixa de tênis ou uma bola de futebol? Veja que é até menos assustador do que um programa de terror, afinal na escadaria havia um ser vivo de inofensiva manifestação. A questão gira em torno do fato dele poder conceber esse plano, isso faz dele o que? Eventualmente Ciro leu os livros religiosos e leu os livros científicos, e passou por lições que lhe mostraram fase a fase que era algo, a princípio, difícil à mente palpar, e virtualmente, também normal:

          - Eu voltava àquelas escadas no final das noites, passava o tempo refletindo, e as manifestações avulsas da entidade que transitava por ali eram inicialmente bem leves. Mas com o hábito e o passar do tempo ele começou a falar mais, o que não se transformava em uma comunicação, ele costumava por auto dizer coisas desvinculadas da realidade do meu espaço-tempo, tendiam a ser ofensas muito intensas e muitas vezes sem pé nem cabeça. Ouvir seus ofensivos assuntos aos saltos sobre outras pessoas, significava ser envenenado pelo ouvido e ter o meu tempo reflexivo estorvado pelo excesso de interrupções. Logo percebi que as claras intenções da entidade eram perversas e, portanto deveriam ser ignoradas. O que levou pelo menos alguns meses em que fui adoecendo em virtude da atenção dada à entidade, fases não são exatamente como nós gostaríamos que fossem, e se por fim a entidade deve ser ignorada, por outro lado chegar a essa conclusão levou algum tempo de experiência. Há um quadro de Agnolo do séc XVI, Vênus e Cupido, que expressa a época:



          Resolvi ignorar essa entidade por completo, não ouvindo nem uma palavra. Posso dizer que continuei a mesma rotina normal, dando uma volta de Skate na pista pública, afundando em livros, e vivendo a benção que é viver.
          
Sempre jogo videogame, costumo acompanhar os jogos que estão pra sair, e zero os favoritos muitas vezes. Recentemente encontrei um jogo vindo da empresa Bloober Team, uma desenvolvedora Polonesa, e rapidamente descobri que todas as obras eram excelentes. Sobretudo o último jogo me cativou muito, e por isso está entre os meus favoritos. A obra se chama Médium e possui uma história muito complicada que assim se resume:



          Marianne Severo cresceu em uma casa que é o segundo andar de uma funerária, o imóvel pertencia ao seu pai adotivo Jack. Um homem com uma respeitosa bagagem de livros, é notável pelos cômodos da casa onde há estantes repletas, incluindo livros bagunçados com destaque para o único livro de interação, 1984 George Orwell o qual ela descreve como interessante. Jack criou sua filha com muito amor a partir da adolescência, até ele falecer. E a história começa com ela responsabilizando-se com o velório, enquanto anda pela antiga casa comentando como é crescer em cima de uma funerária, o que a ajudou a compreender seus poderes.
          Ela segue até a funerária e arruma o corpo de seu pai, e quando se despede o ambiente se manifesta, as luzes começam a piscar, e ela anda pela funerária até entrar no escritório que está todo bagunçado, e lá está Jack. Ele está preso em suas preocupações com o trabalho e procura um caderno. Um momento em que ela reconheceu seu estado espiritual e, sensibilizada pelo encontro, lhe dá um último abraço. Pede que Jack desapegue daquele mundo e despede-se de seu pai.
          Mais tarde ela recebe o telefonema de um sujeito chamado Thomas que, afirmando conhecê-la e fazendo afirmações impossíveis, pede que ela vá até um Hotel abandonado. Niwa Workes Resort, o local é conhecido por uma lenda urbana ''O massacre de Niwa'' onde, ilogicamente, uma revolta tomou o lugar em um enlouquecimento geral, resultando em uma chacina.
          Resumidamente Marianne Severo vai até Niwa a procura de Thomas, que seria o antigo gerente. Ela anda pelo local encontrando muitos quadros, e desenhos, referenciais a uma bailarina chamada Viviane. E eventualmente encontra muitas manifestações sobrenaturais incluindo um espírito peculiar. A medida que ela caminha pelo Niwa vai passando por impressões que narram que algo terrível aconteceu com uma garotinha chamada Liliane. A compreensão do quadro é perfeitamente retratada com Marianne sentada em uma cadeira de rodas ante a uma árvore demoníaca e melódica chamada ''Richard'', seguindo por um projetado desdobramento de cenas que contam uma história. Cita o crime de Richard, e revela que Thomas é o pai de Liliane e o pai de Marianne. Ela levanta da cadeira de rodas lembrando desse passado e retomando a história.
          Pelo terreno do hotel ela segue entre impressões até finalmente encontrar o espírito de Henry, um soldado soviético. Henry surge na história cobrando Thomas por feitos acontecidos na guerra. E esse soldado soviético aparece na história de Niwa tentando matar Thomas e suas filhas, sendo a segunda tragédia da história. Embora tenha falhado e morrido, Henry incendiou a casa da família o que gerou inúmeros efeitos sequenciais. E o espírito de Henry nessa cena faz referências a uma terceira tragédia responsável pelo final de Niwa Workes Resort. Após esse confronto, ela segue pelos arredores do hotel passando pelas ruínas da casa, até finalmente encontrar uma casa subterrânea onde é surpreendida. Surge, a projeção espiritual, do espírito de Thomas, em sua pessoal consciência. Trata-se de uma, assombrada e complexa, difícil história que ela reconta. Por fim ela descobre que Liliane está viva e vai ao seu encontro seguindo ao final da incrível obra de videogame.