24 de fev. de 2020

Dex



Amanhã é Carnaval; som pra lá e som pra cá, pesadão e rebolados!... hoje, na saída da facul avisto uma roda de amigos, me envolvo. Falam sobre uma festa Open no bar do Alaska. O Valter, meu irmão, ofereceu o banco do carona, a Adrieli e a Tati no banco de trás do Golf cor leite. Ingressamos, o player do golfão sustentava oito subs; conecto o telefone: [Hi Rez - Pray for me] no último. A nave arranca em alta rotatividade; costurando vias, uma lembrança de Need for Speed assemelha-se ao momento e rola entre luzes e luzes noturnas, passa um, passa dois, fecha pra direita, passa mais um e só vai! A alma ascende o espírito: piloto de notório saber de Drift. A pecinha atrás do volante mostra o valor do braço; no carona, abro uma gelada, as gatas na traseira soltam gritos; aproximamos do escaldante Alaska, chegando em marcha de slow motion; bebidas azuis avistadas, rebolados e rebolados passam lado a lado às janelas, chapinhas na cintura e saias no frio, ``é o lugar``.

Show do Black Alien; uma mini ramp no palco e o time da iOus na sessão. Trombo o Vidau na multidão com uma gelada e uma gatinha. A balada imantada por luzes azuis e rebolados rodando e rodando por todos os lados. Open de cerva e filas métrica e métricas, colares de caneca e papos rolam e rolam. Cumprimentei o Duayne, vi os donos da iOus no camarote, além de umas tricks de giro nas transições do palco. Bar do Alaska, o clima é quente.

Longe, longe, lá entre rodas e rodas de amigas dançando, avisto a Letícia, motivo das minhas insônias e delírios. Sigo a passos em direção a ela, bolando o que dizer entre culpa-la pela superficialidade do nosso relacionamento, você não colabora, (nós não vamos além, só há um querer, o meu); tenho problemas com o seu sorriso, que me faz desmanchar como quem avistou uma deusa e sentiu no peito o calor de um Flip, com efeito de quem sente-se girando e girando, atoa, apaixonado e bobo.

No caminho passa na minha frente um doidão e vomita no chão, desvio e sigo dentro de uma noite alucinante. Vou chegando mais próximo, munido de uma cantada e um belo par de olhos. Quando mais me aproximo, noto ela conversando com as amigas prontas para algum rumo; conversam e saem, talvez sentido ao toalete feminino. Enquanto bebo minha gelada sozinho no pré carnaval; entro em uma reflexão pessoal feito quem espera o tempo sem tanta esperança: será que o Parteum e o Kamau tão por aí? Assim como o Alienígena Preto, estariam entre os skaters profissionais que também são músicos famosos. Aí eu já chamo eles pra trocar uma ideia sobre o refrão da música Dominium, que podia ser ``Domínio! Estrutura atômica, coisa séria, jogo de estudo científico! Domínio! Carga elétrica do átomo! Coisa séria, jogo do acelerador de partículas!`` Talvez eles me deem ouvidos...

Só que não! A noite continua com um DJ pesadão só tocando funk, Bilhete 2.0 com Rashid, e a turma derretendo uma noite da terra do relógio onde o tempo corre sem horas. Skaters, as gatinhas, turmas da faculdade e um palco que eu podia invadir... Chego no time da iOus, feito um desconhecido qualquer, ``Dexter, Iaaae!`` Peço pra fazer um flow na Mini Ramp do palco; o Duayne estende o copo da gelada na mão e diz ``Vai ae men!`` Pego um board entre vários avulsos no canto da Mini, subo e dropo a um fluxo vai e vem; Blunts e Switch Blunts, Flips e Switch Flips. A vibe é uma espécie de tranquilidade sob um ar que vibra pancadões de uma festa inesquecível, sessões noturnas e a night continua...


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