10 de jan. de 2020

Um morcego entrou pela janela!

Num momento em queu vinha do banho, de berma em quarto meia luz, vejo um alado preto, do tamanho de um palmo, vir do horizonte de estrelas ao cômodo.
O bixo entrou de razante e me intimou pro box; veio pela direita! Ginguei pra esquerda! Quando ele deu com a parede, um golpe de asas deixou-o em slow motion posto ao ar em frenesi, batendo asas, dentro dum duelo!
Toalha em punho, avisto o tail do board embaixo da cama e com um toque ele sai de baixo do móvel do dormitório cúbico, outro pop faz o skate subir no punho enquanto drácula dá vários três meias em uma procura às cegas. Assimilo um plano rápido: ``um golpe relâmpago! Ele nem verá o que o atingiu!``
Quando em um bote rápido ele me dá um murro no peito, o skateboard corta só o vento, meu másculo grito com tremilique o assusta, se bem me recordo, enquanto ele encontra o chão e só corre por terra em direção a entrada do par de Ous, entre o guarda roupas e o pé da cama. ``Seu futuro caixão!`` Grito, calma e masculamente, enquanto pego o board e posiciono o corpo à trás, em uma posição de gangorra, onde um só golpe daria a visão das estrelas ao morcego.
...
''Que que foi exatamente cara?``, avisto-o encolhido em um vibrante temor, pós presenciar notórias habilidades de ginga. ``Seguinte! Eu vou ali pegar uma sacola. Só você não morder que prometo não te matar na truckada, ok?``... Encontro uma sacola grossa, volto e posiciono-a com a boca do Ous, primeiro passo-o do casulo, numa firmeza cem porcento, de maneira segura e sequencialmente aproximo-me da janela; Entre pensamentos soltos de guarda-lo num pote para sempre, chama-lo de ``Melhor amigo`` e trocar umas ideias sobre frutas vermelhas, sei que ele não é bebedor de sangue. Melhor deixa-lo ir, ele pode ter amigos, esposa e família, uma crew de morcegos e desfrutes noturnos. Fecho um pouco a janela metálica, igual colheres, seguro o truck no punho direito de plano B, coloco a mão esquerda masculamente segurando a sacola com o morcego. Movimentos esparançosos tentam livrar o alado noturno. Pra um lado e pro outro! Pra um lado e pro outro! Pra um lado e pro outro! enquanto ele debate-se feito quem deseja voltar pro calçado. Pra um lado e pro outro! Ele e a sacola entram em frenesi! Dá-se um box com as paredes! Pra uma lado e pro outro! Quando ele sai, descarnado e furioso, ganhando a noite e pronto pra brindar a vida, rumo ao bar dos morangos noturnos.

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