28 de out. de 2019

Os simples macetinhos dos campeonatos comuns!



Os dias de campeonato são sempre semelhantes, brilham de maneiras marcantes sempre: Há o DJ com sua aparelhagem ao lado dos organizadores, desde àqueles que montam, os que ficam de juízes e o narrador. Às vezes, duas ou mais tendas, às vezes, venda de itens feito camisetas e shapes; entrega de panfletos com comerciais ``Estude na nossa universidade!`` pelas mãos de uma gata de cabelo pranchinha e uma calça apertada.

Há os skaters que chegam realmente muito cedo, junto com a organização, sete horas da manhã com um arsenal de bebidas: Refrigerantes açúcarados, guaraná em pó com água na garrafa de garotade ou garrafas de tererê dessas de quatro litros e meio.

O ambiente vai enchendo de terraqueos, gatas de óculos escuros e a busca por sombra fica intensa; o sol brilha incandescente, definitivamente escaldante, igual pato na chapa, ultrapassa o aquecer e chega ao tostar... Protetores solares nas mochilas dos skaters amadores, mais experientes e sabidos, ao lado do energético monstro e os dez pila do prato de refeição caseira, lógico. O ambiente é hostil, vinte reais podem se transformar em mil de peça num campeonato simples de final de semana.

Começam as voltas sem cobranças, antes mesmo dos aquecimentos, os skaters de fora experimentam os obstáculos e vão montando sua ideia de volta, contra skaters locais que repassam suas tricks comuns.
Inicia-se o evento e um regular do uso da pista, determinando a vez por categoria de skaters; enquanto as inscrições ficam rolando, sob as tendas, até o último minuto da volta das categorias.

Os skaters ignoram o sol, voltam suas voltas, participam do aquecimento; fazem o que sabem quando seu nome surge na caixa de som, onde o coração acelera e o minuto seguinte entende-se pertencer a encher o pulmão de ar, satisfeita e lentamente, afim de acertar cada manobrada durante aquele tempo.

Entretanto, há sempre os skaters campeonateros, aliás, embolçam a maioria dos troféus e medalhas, marcam presença em todos os eventos e sempre possuem uma volta encaixotadinha na base.

Basta saber que correr um campeonato é mais simples do que o plano da imaginação:
Você precisa saber manobras que percorrem os obstáculos da pista, desde caixote, quarters e trilhos em básico; Conseguir dar um sentido a uma volta , a manobra que sai do caixote, segue a uma manobra destinada ao quarter, saindo do quarter sentido a outra trick, sempre combinando a sequência das manobras com o tempo.

Os skaters que se embaralham acabam empolgando-se no plano da imaginação; há sempre aquele que decide jogar uma trick que não aprendeu, imagina que vai acertar no momento da pressão, durante a volta, no vamo ver. Há skaters que não planejam nada e improvisam a volta quando chega a vez, ou, que travam por alguma razão seja timidez ou cãimbra; não controlar a respiração sempre dá vez ao acelerar do peito.

As melhores voltas resumem-se sempre em:
Tricks simples feito fifhty fifhty ganham um flip, aquele exato;
O básico noseslide ganha um flip, rápido e certo;
Feblee na postura, encaixa sentindo a trava;
Backside grind no quarter, sem deslize e com certeza;
Manobras que travam na borda feito Crooked, sem vez ao tempo de se ficar equilibrando ou tentar algo destreinado...

As melhores voltas dentro de pequenos tempos dos campeonatos comuns são tricks simples em junções com tricks simples, sem panelas ou preferências, trata-se de domínio claro da habilidade: ``A skater Letícia Kroetkov ingressa dropando o quarter, segue ao corrimão e!... feblee!... Travadão na descida!... Faz a volta de grind no quarter, segue à hubba e dá um flip fifhty fifhty veloz e automático, girou! Fifou! Foi! Um fifhty stop no quarter, dropa e dá flip noseslide na reta, sem problemas; aquele repetido tantas vezes em treinos que agora é igual o noseslide, só que tem o flip, né?... Vai, volta, e trava um crooked no trilho, sem vez pra tentativas, só acertos.

No final as melhores voltas são as acertadas; as melhores das melhores são combinhos; os mais habilidosos sonham um pouco menos e deixam claro que o domínio da habilidade é o que realmente tem valor na hora de fazer o que você ama.

Aos ciclos de intros de camps, queimaduras de luz dourada, noites com Djs em pistas de skates com skaters e cuecões; troféus e skates em sacolas; cheques concorridos e categorias diversificadas, tem-se planejamentos prévios nos bolsos dos skaters com vitórias e histórias a contar!

Os bons sempre são treinadinhos...

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