28 de out. de 2019

Kendri Kroet



Algumas vezes, eu passo por períodos que eu não me sinto motivado a levantar de manhã, aliás, sei disso quando meu motivador é o café. O café de algum modo simboliza o tempo, é azedo e açucarado, leva um tempo de preparo e é bebido lentamente; acordar e não abrir os olhos sempre pede a lembrança do cheiro do grão. Geralmente eu vou cumprir minhas obrigações profissionais de maneira comum: fazer o treino do dia; passar na marca ver o model de tênis novo com meu nome ``Kendrick Kroetkov``; sessões de autógrafos ou viajens por fotos, além de contratos e reuniões.
Contudo o gosto do arroz e feijão enjoa na lembrança, normal, fazer e comer. As mesmas paredes parecem sempre dizer queu sou prisioneiro do meu eu, naturalmente. Entretanto, desanimar só diz que ao invés de feliz eu não enumero pontos a favor, ânimo é felicidade e de manhã quem toma o ânimo é o café.

O café além de ser um energético, não tão caro quanto o combustível coloridos em latinhas, é feito à mão, ou melhor, com um pouco de leite líquido ou em pó com colheres de açúcares variados: grãos finos, grãos maiores, originais das frutas ou das canas de açúcar.
O tempo de proveito, entre um afazer e outro, sempre é preenchido com um certo amor, aliás aprecia-se esse tempo até sob situações ruins; as circunstâncias podem ser horríveis, realmente, e o café ainda ser bom. Logo sempre são animadores de momentos, aliás nesse momento, eu tomo café.

Descobri com o tempo que entre uma sessão e outra, noturna ou não, o café sempre vai ter sua vez, entre água ou o misto quente, um sucão de frutas vermelhas e um frango na chapa, pra não falar da complexidade de um macarrão ganguero no molho branco com queijo e tudo que há pra complementar...

Skate, em simples, não oferece tudo que você precisa nessa vida e eu aprendi isso com o passar do tempo; andava sempre mais horas do que os outros e qualquer trégua no dia eu levava pras repetições no caixote; uma vez voltei um Nollie flip nosegrind pra noseblunt, estilão Mark Johnson, a postura de arco e fluidez do skate. O que faz de você um excelente skater, mas, não resolve os bremas temporais. Notei que aqueles que possuem os melhores carros possuem profissões que não surgem nos sonhos, aliás o dinheiro não fica exatamente localizado com o amor. Há cafés bons nessa vida, há cafés melhores e mais caros também, de opção pra opção eu voltava no tempo e riscaria um futuro diversificado, igual manobras, tentativa e erro, entre dividir o skateboard com mais desfrutar da vida.

Penso sempre em evitar que o café seja o motivador, como se não fosse, entretanto nos momentos que pedem motivação o café está lá pedindo tempo de preparo e oferecendo energia aos próximos combos no caixote; aliás, gosto muito do caixote simples, afinal, dá pra ter na varanda e você não precisa de muito mais que ele ``profissionais nascem e morrem no caixote``; o Shane O’neill voltou recentemente um Nollie flip noseslide nollie 270 heelflip out! O interessante é a fuga da zona de conforto, quero dizer, arrancar da borda um três meia do nada é diferente de arrancar de um noseslide que nasceu num halfcab, continuar um giro é mais fácil, fazer surgir o giro é mais difícil. Como ele consegue por uma manobra complicada desse nível na saída de uma trick? Totalmente fora da zona de conforto, algo além do raro, uns negócios que nem são possíveis, invenções que praticamente não existem, combinações de tricks que não são reais, o sujeito dobra o skate como se a borda fosse desmanchavel e tudo parece matemática pra calculadoras.

Trick A + Trick B = Trick AB, uma nomenclatura normal com valor de lógica, algo que pertence ao skate e é reinterpretado no quintal do O`neill. Se ele tá voltando essas, eu preciso treinar mais, sinto isso. O segredo vai além do caixote na varanda, ele foge da zona de conforto numa trick em função de um exemplar domínio do objeto ``skate``. Estar presente em todas as fases da trick com a visão capaz de complicar e reajustar o manobrar, representa domínio e premeditação, ele planeja uma trick alvo, impossível aos terráqueos comuns, e alcança. Eu respeito as visíveis demonstrações de habilidade que transitam fora da zona de conforto, mas, provo a Alienigenidade desse skater quando abro o instagram: Olha o que tem hoje, Switch Stance flip caindo de fakie grind (pivot) e saindo de fakie 360flip, no quintal de casa... Isso aí só dá com a mão, controle do televisor versus a almofada, surreal cara... Contudo os giros de 360 de fakie são mais fáceis, considera-se o pop mais favorável ao 360flip no ângulo de fakie, esse pra frente que tá atrás permite quando recebe a força da manobra, segue o sentido da força. Como se o fakie 360flip fosse mais fácil de por pop do que a base, considerando o combinar de direções. Essa trick significa zona de conforto porque o sentido de uma parte favorece o sentido da outra parte. Contudo, como ele chegou a essa conclusão brincando na Mini Ramp? Será que o Shane também faz o celular de skatinho?

Café pronto; largar esse instagram entristecedor; ligar o notebook; dividir meu tempo com a rotatividade do universo, o que estão dizendo por hora?
Os Flanantes mais uma vez na cemporcento, marcaram uma mostra com filmes, música e skateboard. o Murilo é boladão! O Black Media com a história da Ous, o blog tem gosto de essência skateboard, adolescência com escuridão na história. Um texto novo no Kakasp Wordpress, sou fã desse cara, ‘’20 anos sobrevivendo no inferno’’, ser negro nos anos 90 parece barra pesada... O Observar e Absorver blog do Eduardo Marinho sempre tem brainstorms, coentro versus metais pesados? o sujeito escreve todos os dias? Semelhante ao Luis Fernando e o Marcelo Gugu, os caras parecem acordar com ideias, dormir com papel e caneta. Passo pelos chargistas porque os caras fazem o surreal com os cartoons, sei como funciona isso. Os Cavaleiros do Zodíaco eram muito bons, mas, ficam muito atrás de Ghost Hound hoje, quando o desenho ganha o mundo real. Maurício Ricardo no Charges brincando com o Eminem é epicamente engraçado, hoje tem espinha e fimose; parecem o Nando e Pezão do juliofantasma, aliás, vejo feito iguais, um American Pie da liberdade da imaginação.
O Ab lançou vídeo explicando o Fs Bluntslide, fala sobre skate e anda bem de skate. Aparentemente, todos da Matrix são bons e chavosos...
Os meninos do instagram não param, é bang todo dia, como fica preparar minhas nomenclaturas de treino no caixote desse jeito? Falcatrua...

Lá pra Fevereiro marquei umas imagens pra fazer em barça, já sem protestos e catástrofes, o Danilo de CwB chamou afim de combinar umas fotos, além de uma fase do campeonato de Guaraná na época, demorou! Por hora, vingar uns Nollie Hardheelflips fs noseslide, poucos chegam nessas junções fora da zona de conforto. O Nyjah mostra isso bem, sendo o surreal, sempre com ‘’180 + Grind na outra base’’: Nollie BS 180 to SS Grind, ou, Fakie BS 180 pra Grind. Quando exatamente o A`s do bolso no Street League resumiu-se a ‘’180 + Grind na outra base’’? Ele sempre tem essa... Complicar é fazer o que os outros não fazem, porque backside tailslide é um tal de back infinito e o tempo vale inversões complicadas além dessa!
A pegada é ligar um Mídia Prata em som ambiente, um quintal coberto com caixote de madeira e só foi... O aquecimento pede as manobras à lembrança, Shove-it nas quatro, Flip nas quatro, Heelflip nas quatro, tudo nas quatro. O Treflip de switch tá tão acostumado com um toque, que o pé de trás na concave só faz um pequeno movimento, o giro ganha tanto fluxo no ar que dá pra ver o pé da frente buscar o skate. O Cody Mcentire dá essa na mini-ramp, não é atoa, tem jeitinho... O fluxo sempre facilita a manobra, igual tentar um Flip dentro da piscina, a água permite sentir o fluir dos movimentos, fora dela não é diferente, só que é vento...

Algumas repetições no caixote de FS Noseslide, e não adianta variar ao Switch Back Tail, porque tricks no caixote são semelhantes mas não iguais. No caixote todas as tricks travam, ou melhor, só o Nosegrind não trava, enquanto todos os outros encaixes se conformam com a borda. Quando você encaixa um Tailslide, o Tailslide encaixa geometricamente na cantoneira, o equilíbrio no momento significa só amortecer o encaixe e manter a postura. A postura mantida, o BS Tailslide desliza até o final, bastando saber a postura... Entretanto, de um Switch Back Tail a um FS Noseslide, a postura se difere porque a entrada é diferente. Tricks no caixote resumem-se em encaixes e posturas, quando a postura é um intervalo entre o flexionar do corpo, entre o em pé reto e abaixado, uma espécie de equilíbrio de forças, onde cada encaixe exige uma direção de cintura e ombros, braços e pernas, assim como a cabeça e o que os olhos veem durante a trick, o skate ou a direção?

Após algumas repetições, passar na skateshop encontrar o Chapa, fazer umas imagens numa escadinha entre os prédios do centrão. Hoje eu tenho que passar no disk bebidas ainda, a noite tem esquenta e baladinha. Os meninos do rock in rio vão aparecer lá no Hell Blade Bar. Fiquei de encontrar uma gata ruiva e pegar a espaço nave na Mecânica dos Morcegos. Dá pra acreditar que deu problema na engenharia do motor? Vou ver melhor essa engenhosidade... Fazer um almoço, frango e arroz integral, umas batatas fritas e já era... Um café pra acompanhar o fantástico sofá pós refeição, pré missão skateshop, só foi, [go].

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