28 de out. de 2019

O centro de gravidade no ônibus



Antes de sair, Dexter confere a mochila, procura os trocados da passagem, segura as chaves, rapta o boné no gatilho e os pontuais livros, nada de apostilas ou falcatruas, livros lindões e pesados, conteúdo de verdade, nota dez na chapa e nada menos... - Saí com o skate embaixo do braço, mochila pesada e a certeza da casa trancada; alguns pensamentos pessoais soltos; lembro da oscilação do centro de gravidade do onibussauro: o veículo público gigante da dimensão Jurassicas. Parece o Camaradassauro, ou melhor, Camarassauro é um dinossauro de dezoito metros de comprimento, talvez semelhante a dimensão do ônibus de um ponto de vista humanóide; dá pra contextualizar o descontexto com contrastes simplórios desde o que são dragões jurassicos sem asas frente a comuns humanóides? A diferença é surreal e quanto mais repenso, menor fico frente ao Jurássico-ônibus.
O jurassicobus sempre balança o chão!... Sempre retira a noção do centro de gravidade que se orienta semelhantemente a superfície de um simples copo de água, líquidos sempre se ajustam e um skater igual. O centro de gravidade é um ponto de força gerado a partir da concentração gravitacional, gravidade é um princípio físico que diz ``toda a massa que existe possui uma força de atração``, chamo de magnética que em dimensões planetárias chama-se gravidade e é tão forte que sustenta a nossa realidade no chão, feito papeis em um imã gigante, no ponto de vista humanoide esse campo magnético é todo estruturado. Apesar dos pesares, a gravidade terrestre foi simplificada em aceleração de dez metros por segundo, podendo atingir um máximo de cinquenta metros por segundo, entretanto a força invisível não era densamente palpável à experimentação, foi provada recentemente através do estudo do colapso de buracos negros que emanavam notável força de gravidade.
Bom seria se o bussauro respeitasse a gravidade, só que não, ele possui um gingado de gravidade própria, trata-se de uma falcatrua pública entristecedora.

Vou em direção ao ponto. Algumas moedas no bolso e seguir ao ponto. ``Ae dexter! MiniRamp hoje?`` chama Calissto de skatão parando pós um ollie na guia. ``Talvez depois men! Agora vou pro ponto``. Esperar no ponto, porque ele tem que vir de ponto em ponto parando, com a minha sorte pode não parar, aí o bang fica louco, já to respirando fundo.
Quando o busgigantossauro chega, vem a tempestade de assimilações num instante: Não segurar nas barras! Equilibrar tudo no centro de gravidade! Não é um bussauro men, é igual um skate! O equilíbrio fica no centro, igual o ponto que um boardslide desliza no trilho, no meio, postura de base! Sempre dá pra sentir o balanço, entretanto reiterar sempre pro equilibrio gravitacional! Olho ao fundo do saurobus vendo-o de maneira inteira, dá pra ir andando até o final?... Só vai!

Moedas na mão do cobrador, passos orgulhosos fazem do chão do trasportessauro uma reinterpretação: é um Skate! A questão é o quanto eu consigo pensar nisso, afinal, o centro de gravidade é uma concentração da força gravitacional, pensando na maleabilidade, sempre vai ficar instantaneamente calculado no centro da massa, sempre imagino eu que o centrar é um arredondado ponto de concentração no chão.
Algumas gatinhas satisfazem os olhos, postura elegante e o balanço dos ônibus golpeia o centro de gravidade. Equilibrar men! Não é um saurobus, é um skate! ou melhor, um skate de toneladas! o plano horizontal (chão) é bem maior, assim como o resto da estrutura, logo aquela caixa-jurassico-metalica-gigante é meio afrouxada em parafusos, balança e requebra nas curvas e nos ziguezaguear das vias, as diversas camadas horizontais do bussauro reagem em tempos diferentes; Numa curva o chão entra primeiro e depois os acentos, respeitando a física ``um corpo em inércia permanece em inércia, um corpo em movimento retilíneo permanece retilíneo``; os passageiros são arremessados na direção da curva, jamais em fluidez. Quando ele vira à direita, os passageiros tendem a continuar indo reto, é quando vale comparar com um skate, em toda curva os dois viram juntos. Toda vez que entra o bicãossauro na avenida o resto desengonça recheado de pessoas; é igual remar um skate quando, de repente, o lado direito puxa! e você continuar num sentido retilíneo.

Quando a caixassaurometálica, igual colheres, maior do que os simples carros raptores (dinossauros menores, que andam sobre duas patas, dois bracinhos, gangorrentos e carnívoros), começa a ziguezaguear sua oscilação gravitacional, reitera-se o conceber do equilíbrio de maneira simples: é um skate! Sempre que ele vai pra direita, eu vou pra direita, sempre que ele vai pra esquerda, eu vou pra esquerda! Do contrário, ele fica desengonçadão e eu tomo um golpe de vento no estômago... Aliás, manter o centro de gravidade seria suficiente, se os jurassicobus não desrespeitassem as leis da física, isto é, a segunda lei de Newton diz: Sempre que uma força atua sobre um corpo, o corpo segue o sentido dessa força; se uma força diz pra direita, o passageiro skater vai pra direita, seguindo a força, não é?... Piada.

Surreal como as pessoas balançam no desengonçar dos jurassicobus, ele passa nos quebra-molas que nem todos os veículossauros, mas, ele é grande demais; a estrutura sempre parece lata solta; o motorista sempre dá tranquinho; sempre tem mais gente pra um lado que noutro; os velinhos sempre inventam de trocar ideia com o motorista; o cobrador sempre dá gritão na janela ``De qual que é men?``; A gata de pranchinha soa a não me rele com não me toque e sempre tem uns papos sem mais sem menos de uns autômatos pregões sentados ``Até que não sei se fui, mas, não sei se vou, sei lá``; skatar o bus e uma brincadeira com o magnético espacial. Concentração e gravidade. Bus passa o quebra molas, subindo com a roda da frente e a sensação faz encolher as pernas, quando ele desce as pernas empurram ele pra baixo, igual pegar impulso em uma transição comum.

Sempre penso que ao sentir e observar do centro de gravidade é possível prever e guiar-se no ziguezaguear do ônibus, igual um skate, sem ser arremessado e requebrar cutuveladas e ombradas entre tumultos e gatinhas. É um skate! Possuí um sentido, uma fluidez, a primeira lei de Newton é o manter de um sentido, a segunda lei de Newton é uma força de sentido vetorial que dá o mesmo sentido vetorial, e a terceira? Trata da reação da força... Forças sempre se dissipam no espaço, enquanto eu fico de pé aqui no ônibus o meu peso de equilíbrio se dissipa em pulso-força à gravidade, enquanto o saurobus dissipa em movimento um condensado peso ao asfalto, os quatro pneus exercem uma força de toneladas em movimento no asfalto, certo? Essa área de asfalto responde com a mesma força igual e contrária ``à frente!`` A terceira lei responde com a mesma força, mas ela considera uma redistribuição e um dissipar de forças... A questão chega a níveis de surrealismo que se uma força toca uma área, todo o resto sente o vibrar da mesma força, isto é, se você em uma pista inteiramente de madeira der um 3flip em um ponto, essa força vibra e pode ser sentida minimamente por todo o chão da pista...

Ponto fim da viagem, chega de ônibus, vez do skatão sentido curso: Gastronomia. Cozinhar um sorvete natalino lindão!; na saída passar na plaza dar uns backsides Smithgrinds de passagem na descida; ver se hoje eu encanto a Letícia ou se paro encantado; não dá pra esquecer de conferir a segurança na escadaria do edifício comercial; passar no Mat tomar um mate; passar na skateshop dar uma vista, avaliar as novidades tecnológica da Ous, porque dinheiro eu não tenho, ``dessa vez será o material ou o designe?`` Visualizar as revistas de skateboard e almanaques no canto da loja... e... só foi!

O quanto o dexter viaja numa viagem...

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