Num momento em queu vinha do banho, de berma em quarto meia luz, vejo um alado preto, do tamanho de um palmo, vir do horizonte de estrelas ao cômodo.
O bixo entrou de razante e me intimou pro box; veio pela direita! Ginguei pra esquerda! Quando ele deu com a parede, um golpe de asas deixou-o em slow motion posto ao ar em frenesi, batendo asas, dentro dum duelo!
Toalha em punho, avisto o tail do board embaixo da cama e com um toque ele sai de baixo do móvel do dormitório cúbico, outro pop faz o skate subir no punho enquanto drácula dá vários três meias em uma procura às cegas. Assimilo um plano rápido: ``um golpe relâmpago! Ele nem verá o que o atingiu!``
Quando em um bote rápido ele me dá um murro no peito, o skateboard corta só o vento, meu másculo grito com tremilique o assusta, se bem me recordo, enquanto ele encontra o chão e só corre por terra em direção a entrada do par de Ous, entre o guarda roupas e o pé da cama. ``Seu futuro caixão!`` Grito, calma e masculamente, enquanto pego o board e posiciono o corpo à trás, em uma posição de gangorra, onde um só golpe daria a visão das estrelas ao morcego.
...
''Que que foi exatamente cara?``, avisto-o encolhido em um vibrante temor, pós presenciar notórias habilidades de ginga. ``Seguinte! Eu vou ali pegar uma sacola. Só você não morder que prometo não te matar na truckada, ok?``... Encontro uma sacola grossa, volto e posiciono-a com a boca do Ous, primeiro passo-o do casulo, numa firmeza cem porcento, de maneira segura e sequencialmente aproximo-me da janela; Entre pensamentos soltos de guarda-lo num pote para sempre, chama-lo de ``Melhor amigo`` e trocar umas ideias sobre frutas vermelhas, sei que ele não é bebedor de sangue. Melhor deixa-lo ir, ele pode ter amigos, esposa e família, uma crew de morcegos e desfrutes noturnos. Fecho um pouco a janela metálica, igual colheres, seguro o truck no punho direito de plano B, coloco a mão esquerda masculamente segurando a sacola com o morcego. Movimentos esparançosos tentam livrar o alado noturno. Pra um lado e pro outro! Pra um lado e pro outro! Pra um lado e pro outro! enquanto ele debate-se feito quem deseja voltar pro calçado. Pra um lado e pro outro! Ele e a sacola entram em frenesi! Dá-se um box com as paredes! Pra uma lado e pro outro! Quando ele sai, descarnado e furioso, ganhando a noite e pronto pra brindar a vida, rumo ao bar dos morangos noturnos.
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