27 de jul. de 2011

Teoria forever alone



O nome ficou meio engraçado, foi até essa a intenção, essa teoria tem muita base pessoal, porque não acredito que muita gente se assemelhe comigo nesse caso, mas, assim me vi progredi muito mais.

Particularmente gosto de andar sozinho, e sei que todo mundo gosta de um amigo lá pra trocar ideia, alguém pra rir, mas, eu não tenho total concentração assim, acredito, contudo que só me concentro mesmo quando estou sozinho.
É por isso que aprendo e acerto as manobras quase sempre quando estou sozinho, teve inclusive um dia que tava tentando flip bs nosegrind de manhã a um tempão, e quando acertei, dei um grito com as mãos pra cima, passou um carro buzinando e gritando junto, foi da hora.

Quando tem alguém andando com você, é diferente, e me distraio muito, as manobras que ele manda influenciam as manobras que eu quero mandar. Às vezes você deixa de tentar seu s/s b/s tail que ia demorar séculos pra acertar e fica tentando um blunt to fakie, porque o mano ta nessa pegada que também é bem legal. Ou você desvia o foco porque como ele acerta manobras diferentes você quer tentar algo diferente, aprender com ele. Ou você não se concentra tanto pra uma tão complexa e parte pra umas mais simples, são variáveis.

Eu acabo não acertando nada novo quando isso acontece, não progredindo. Não sei aprender manobras na distração. Raras vezes eu me vi tão concentrado que até no meio da galera, me sentia sozinho, mas não sei bem como exercitar isso, portanto, gosto de deixar pra treinar coisas difíceis no estilo forever alone.

Por isso, acredito que essa teoria vai pra quem não tem grande poder de concentração, ou grande facilidade de distração. Você pode medir seu poder de concentração lendo por exemplo. Alguém realmente concentrado, consegue ler um livro inteiro em uma pegada. Eu nunca fiz isso, no máximo metade.
Tem até uma história/estória de um cara que fazia contos, romances e quadrinhos, que ele tinha tanto poder de concentração que escrevia um romance em uma semana, e diziam as pessoas que o visitavam, que aquela energia manifestada por ele devido a concentração, se materializava no ambiente de casa, e era possível ver seus personagens de quadrinhos e romances passeando pela casa, mas, isso é um outro caso, só usei de exemplo.

Você no estilo forever alone, pode perceber, o caminho até o caixote é só um tubo, não existe mais nada, quando é só, Trajetória x Velocidade x Execução x Volta, é o caixote e já era.
A manobra fica muito mais fácil de executar, fica muito mais perfeita na execução e você aprende com muito mais clareza. E esse é um tiro no escuro, porque é algo que acontece comigo mesmo, as outras teorias eu pego com base em várias coisas, já essa, parte de mim, portanto, não sei se ela tem valor menor ou igual às outras, mas, boa sorte, sinta-se livre pra tentar e fazer o que puder pra não estagnar.

Andar solo é um contra ponto a andar com os amigos, portanto, é válido, não que seja regra.
(Nesse período da vida tinha convencido um guarda a andar todo dia em um galpão, que deu a condição ‘’sem bagunça’’, nunca evoluí tanto na borda).

19 de jul. de 2011

Teoria da lixa



A lixa é de fato extremamente essencial, claro, o Carlos Iqui em um vídeo conseguiu dar um nollie flip noseslide sem lixa, mas nem eu nem você somos o Carlos Iqui, né?

Lixa, gastar ou não, ao invés de hábito, tome a decisão. O que quer treinar? Depende muito de que tipo de manobra você quer dar. Uma lixa novinha sem gastar por cima, é boa pra dar várias, pode notar nas nacionais ou gringas. É simplesmente demais, o s/s f/s lipslide é suave com ela nova.
Quando a história já envolve manobras com flip, você tem que entender, os flips vão sair, vai exigir um pouco mais de força, mas quem vai pagar por isso, vai ser o seu tênis! Aí entra a condição financeira. Porque quem quer durabilidade no skate tem que se virar, faz de tudo com o tênis, e faz durar.

Há dois lados, o skate pra ser explorado de todas as áreas, nem sempre pode ser papel de todo mundo, mas, se o mano pode testar um flip rasgando o tênis pra ver como sai, ele tá tendo o privilégio de desenvolver o skate, é muito importante não tornar isso repetitivo e vazio, porque aí apenas consome e não acrescenta.
Então vai do que você pode ou não gastar, mas a lixa novinha assim consome o tênis. Nos demais, ela é perfeita! E é claro que não preciso falar sobre as lixas que são desgastadas, afinal, elas perdem algumas qualidades da lixa nova e isso fica bem óbvio.

Da pra apontar um exemplo legal: Ao dar um tailslide, uma lixa nova vai aderir bastante, e te dar um incentivo pra não abortar, pra manter, esse pequeno up a lixa te dá, sim.
Ao fazer o mesmo tailslide com o skate no osso, lixa no osso, você acerta, por você, pela propriedade de não depender de nada, tá ligado? Dá pra dar flip até com pá, não é mesmo?

Agora a teoria funciona nas condições do que você prefere, pode, sabe. Imagine: Torey Pudwill nunca subiria daquele jeito sem uma lixa rasgando o tênis, ou um tênis rasgando a lixa, jamais! Aquilo não é somente pop, aquilo é precisão na força da lixa que soma com a sua. E aí você entende a importância de uma lixa que proporcione as condições para você fazer oque deseja.
Acredito, que essas lixas mais ''grossas'' interrompem por mais tempo (fração de segundo) a velocidade do chute, deixando então mais difícil fazer uma manobra colar na sola no resultado final. Logo indo pela lógica de que para o skate ficar no pé exige um movimento sequencial e rápido associado a tênis, lixa e shape que respondam à altura. Portanto, lixas grossas são um tanto desconfortáveis à execução da manobra. Já àquelas lixas mais finas, que geralmente são as gringas, parecem ser realmente feitas pra skate, não uma parada áspera com cola e já era, entende?

Se você quer saber marcas, é melhor fazer testes, mesmo que só subindo no skate dos outros.

11 de jul. de 2011

Teoria do ambiente



É triste, mas é verdade, pelo menos no que tenho visto, em praticamente todas as pistas públicas, vão pessoas que não andam de skate. O problema não é não andarem de skate, afinal, skate é uma coisa interessante e qualquer um pode ir assistir. O problema está em ir para tentar roubar um skate ou alguma outra coisa, ou simplesmente levarem bebidas ou drogas para ficarem ''curtindo'' por lá.

O grande problema é o clima que é gerado devido a essas circunstâncias. Eu ando lendo um livro que fala sobre ''energias''. Mesmo que subjetivo essas energias ficam no ambiente. Ele mesmo dá um exemplo: Quando você chega em um lugar que teve uma briga tensa, você sente um clima muito pesado, assim que entra. Dá mesma forma, outro exemplo dessas energias, é quando você entra em casa, e mesmo sem ver ou ouvir nada, você sabe se tem alguém em casa.

Partindo disso, você pode concluir que pessoas que vivem alteradas devido a drogas e álcool, podem gerar efeito no clima de uma pista. Não adianta dizer que é cada um no seu canto quando um grupo cai na gargalhada por algo interno, e você tá quase chorando porque torceu o pé. Realmente afeta quem ali anda de skate, se o cara chega putasso com a vida, usa suas drogas, e manifesta aquilo de maneira descontrolada, pode realmente atingir alguém que está treinando um b/s boardslide, e após umas tentativas frustradas, ele pode abraçar todo aquele momento e detestar treinar o boardslide, simplesmente sair derrotado dali.

Risadas altas e conversas estridentes sobre putas e festas, estão totalmente fora de questão quanto á concentração de quem ali anda de skate, isso realmente atrapalha, não é uma opinião tão pessoal assim, há concordância de várias pessoas diferentes.

O skate fica mal visto pelas pessoas que ali passam, que a onde tem skatistas o ambiente é daquele jeito, e se os skatistas permitem aquilo, é porque são assim.
Por isso com essa teoria, eu sugiro que você procure andar em meio a bons ambientes, e mesmo que isso não seja possível, tente ver como exemplo Luan de Oliveira que aparentemente anda sempre feliz e não se deixa afetar pelo negativismo dos outros.
Uma boa coisa é ter um caxotinho na rua com pouco movimento, e estar com os amigos.

É mais um problema social, não do skate propriamente dito.

7 de jul. de 2011

Teoria da simplicidade



Skate é bastante simples, tem inclusive um comercial do Pj Ladd dizendo que skate é simples e têm fundamentos simples. Essa é a mais extrema verdade, não só o skate é simples, a vida.
Entretanto, não deixa de ser apenas uma maneira de ver as coisas, mas pode melhorar muito a sua vida no skate.

Por exemplo, se você sabe um flip na base e não sabe de switch, você pode se perguntar, de modo retórico: por que eu não sei de switch? Eu sei o movimento certo, basta reproduzir a mesma coisa no switch! É claro que as suas pernas não são igualmente treinadas, mas por que então você não treinar? Nada pode te limitar no skate. Se você não sabe heelflip direito, é porque nunca se dedicou a treinar heelflip suficiente, assim deixa de ser porque não consegue e passa a ser, porque não fez o suficiente.
Se não sabe alguma manobra após ter treinado ela muito, é porque tentou e errou muito da mesma maneira, o que provava tentativas sem progresso. É tudo muito simples, em todas as bases, não tem segredo, em todos os obstáculos também não.
Por exemplo, se você quer aprender tail de back, basta prestar atenção, que é primeiramente o ollie, depois uma empurradinho pro backside, enquanto o corpo permanece na mesma direção sem acompanhar o backside (só as pernas), aí você encaixa o tail e continua olhando ''para trás'' enquanto ele desliza, em seguida faz um movimento de ''alavanca'' juntando ao ollie e concerta o skate até chegar no chão. Pronto, é só seguir esse processo e já era.

Realmente, meu amigo, não tem segredo. As pessoas deixam de evoluir porque não concertam problemas que elas mesmas têm: Postura, momento de jogar manobra, sequencia e entender a manobra superando o medo.
A melhor coisa é aprender com quem sabe, afinal, você provávelmente está tentando algo que alguém já sabe, um caminho que alguém já fez. Aí você nem precisa perguntar, basta observar e tirar cada detalhe do que é pra fazer. Se você sabe o que é pra fazer, por que não faz? Entende? E skate trata-se de uma jornada, um backside flip é a evolução do backside e o flip pra uma junção das duas, a gente sabe disso. Chega a ser só uma ''variação'' e não uma manobra nova, a forma como interpreta isso é fundamental.

Por fim, apenas a forma como vê a trick pode mudar o resultado.